CURSO DE ESOTERISMO - ABERTURA


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ESOTERISMO HERMÉTICO

O que é?

Desde os primórdios das civilizações, o homem busca agonizantemente respostas: O que é a vida? O que é a realidade? O que nós somos? Qual é a razão de existir? O que há além da morte? Dentre muitas outras questões.

Porém, surgiram seres com respostas, seres que diziam sobre aquilo que está além do alcance dos olhos e das mãos. Mas havia aqueles que não acreditavam e havia muitos que não queriam acreditar e então esses mistérios da vida e da morte foram ocultados da vista das populações, ainda que tudo estivesse plenamente visível.

Foram ocultados, mas não escondidos, pois estava tudo plenamente visível. Foram ocultados sob a forma de símbolos, parábolas, metáforas... para que os indignos “enxergando, não vejam, e escutando não ouçam e nem compreendam”. E tudo foi deixado apenas para uma classe seleta conhecida entre os cultos como “iniciados”.

Tudo estava ao alcance dos olhos, mas raros conseguiam ver. E, à medida que surgiam templos que entregavam as chaves para enxergar, também surgiam histórias e mitos de homens e deuses realizando feitos heroicos por todos os cantos do mundo. E todas as histórias guardavam certa similaridade. Todas guiavam para os mesmos lugares, ainda que os nomes desses lugares mudassem de região para região. E aquele que guardava os segredos estava em todas as histórias e era adorado em todos os lugares.

Este foi Hermes e a doutrina que ensinava seus conhecimentos arcanos foi chamada de Esoterismo Hermético.

Enquanto que hermético é uma palavra que define algo fechado, selado, vedado, etc., esoterismo atualmente é uma palavra que define qualquer doutrina com bases na mística.

Porém, na origem dessas palavras, temos um significado muito mais profundo. Esoterismo vem de esotérico, do grego ἐσωτερικός (esôterikós) que significa “interno, que pertence ao interior”, que era usado se referindo aos conhecimentos que eram exclusivos dos iniciados, daqueles que compunham a parte interna da congregação.

Por outro lado, hermético vem de Hermes, significando “aquilo que provém ou se refere a Hermes”. E Hermes aqui é o Deus grego muito conhecido como o mensageiro dos deuses e patrono das trocas, do comércio, das ruas e estradas, das viagens e viajantes, dos esportes e dos atletas, etc. Mas nesse ponto vamos fazer uma diferenciação drástica, pois vamos uma mitologia mais antiga que a grega e também mais esquecida, que é a mitologia egípcia.

Acontece que, com a mescla das culturas greco-romana e egípcia, muitas comparações foram feitas entres os deuses, incluindo a relação de Hermes e Thoth. Thoth originalmente teria atributos muito diferentes de Hermes, pois Thoth era o deus declarado como autor de muitas ciências, como matemática, geométrica, astronomia, etc., e também autor de todas as obras de ciência, filosofia, religião, da época. Thoth pode ser considerado o deus das ciências, enquanto que Hermes estava mais ligado às viagens. Porém, no mito grego, Hermes é retratado como um deus tremendamente esperto e astuto. Então, se formos considerar que Hermes era o mensageiro dos deuses não por ele ser ágil, mas sim porque ele carrega consigo o conhecimento, a escrita, a mensagem, estaremos muito mais próximos de entender essa relação entre os dois deuses. Thoth é retrataro como o escriba dos deuses e Hermes o mensageiro, ambos portam o conhecimento.

Então, para ficar mais claro, o Esoterismo Hermético que estamos abordando não é apenas o conhecimento dedicado a Hermes, mas sim o “conhecimento secreto dos antigos patriarcas que era passado exclusivamente aos iniciados.

A doutrina de Thoth

Segundo os conhecimentos que diversos dos grandes esoteristas trazem em seus livros, Mercúrio (entre os romanos), ou Hermes (entre os gregos), ou Thoth (entre os egípcios), é o mesmo Enoch do Antigo Testamento e o mesmo anjo Metraton da tradição judaica. Este seria o primeiro grande Iniciado a estruturar uma escola de mistérios na Terra, revelando para nós diversos conhecimentos sagrados e formas para a ascensão do homem no plano espiritual.

Apesar da grande maioria das origens das obras ser desconhecida, entre os diversos trabalhos e tratados atribuídos ao Deus do Conhecimento, alguns dos mais conhecidos são:

• A Tábua de Esmeralda: um texto bem curto que apresenta algumas Leis Cósmicas para o ocultismo e, segundo o próprio texto, o que foi dito sobre o trabalho solar é realizado e terminado. Foi usado como base para o desenvolvimento dos princípios que mais tarde seriam estrutura e fundamento para a alquimia medieval.

• O Kybalion: primeiramente publicado em 1908 pela Yogi Publication Society, é um texto cujo(s) autor(es) se denominam “os três Iniciados” e se diz que é um livro com a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto. Fala sobre os 7 princípios cósmicos que fundamentam toda a criação. A lei do 7, ou lei do Heptaparaparshinock, é o termo que George Gurdjieff (1866/1872/1877? – 29 de outubro de 1949) usa para apresentar a lei de organização cósmica. A ideia parece demasiadamente similar, mas, se houve, não se sabe quem teve inspiração em quem.

• O Livro de Thoth: coletânea de textos que se diz ter origem egípcia e serem atribuídos ao Deus Thoth. Devido ao fato de Thoth-Hermes ter a característica de ser o Deus do conhecimento, escrita, ciências, etc., diversos livros eram afirmados como seus trabalhos. Novamente muita incerteza e obscuridade no assunto, por isso não irei me aprofundar.

• As Letras Hebraicas com seu simbolismo, significado e interpretação.

• As 78 lâminas do Tarot, sendo que se afirma que os 22 arcanos maiores forma talhados em pedra nas paredes de um templo egípcio ocultado há muitos séculos pelos mestres maiores.

Esoterismo Contemporâneo

Atualmente existe uma infinidade de formas e doutrinas ditas herméticas e parece que cada vez mais o homem cria maneiras diferentes de reexplicar os conhecimentos antigos. Mas as doutrinas que explicam métodos claros para que o homem consiga por si mesmo entrar em contato com os deuses e receber conhecimentos deles não são tão variadas. Todas as doutrinas costumam ensinar certos métodos bem conhecidos, como a oração, a meditação, os exercícios físicos e psíquicos, entre outros.

Por isso, falar de várias doutrinas para entender o mesmo assunto é uma tarefa tremendamente redundante, apesar de que o conhecimento que elas trazem pode ser ricamente complementar.

Citando o ocidente temos duas grandes vertentes religiosas que surgiram da coletânea de livros conhecida entre os cristãos por Bíblia e entre os judeus por Tanakh. E olhando para o oriente poderíamos citar o Hinduísmo e o Budismo para alegorizar o esoterismo. É claro que eu não quero resumir as religiões mundiais nessas quatro vertentes e nem irei me limitar as elas, mas podemos usá-las como guia na busca pela sabedoria que reúna todos os mistérios investigados pela humanidade.

E a doutrina que poderíamos dizer que triunfou ao reunir os mistérios guardados a leste e a oeste foi a Teosofia. A Teosofia a que me refiro é a criada pela russa Helena Petrovna Blavatsky no século XIX. Nela podemos ver com rica apresentação de cultura e termos ocidentais e orientais diversos conhecimentos relativos ao homem e à divindade.

Apesar disso, decidi não revestir a estrutura deste curso com a roupagem teosófica para não trazer aqui o cabedal de termos orientais que tanto afloram nela. E, para se adequar melhor à visão ocidental dos alunos deste curso, escolhi a Kabbalah como tema.

Porém, a Kabbalah muitas vezes traz consigo os mesmos problemas com os quais nos deparamos no hinduísmo, que são os diversos termos intraduzíveis. Em um caso podemos citar o Hebraico, em outro caso temos o Sânscrito, ambas línguas arcaicas e com formas estranhas ao estudante baseado em línguas originadas do Latim.

Então, para amenizar esse problema e tentar tornar mais simples possível o que é muitas vezes complexo e abstrato demais para entender, nos servimos de todas as ferramentas ao nosso alcance e nos estabelecemos principalmente nas mitologias grega e egípcia.

O que é Kabbalah?

A palavra Kabbalah (קבלה) vem da raiz קבל, que significa "receber". Kabbalah significa "aquilo que foi recebido", um termo que pode ser traduzido como "tradição". Os kabbalistas são aqueles que compreenderam as tradições antigas, podendo assim aplicar as fórmulas arcaicas, cujas origens remetem tempos imemoriais de antigos profetas. O propósito desse conhecimento é que sirva de guia para que o homem se harmonize com o universo e com a divindade.

Kabbalah é uma doutrina esotérica originada no judaísmo, porém, atualmente, dizer que a Kabbalah é uma doutrina judaica ou chamá-la de misticismo judeu talvez não seja uma definição tão precisa. [Se você se ofendeu com o que eu acabei de escrever, aconselho que pare de ler essa apostila, pois vai piorar]

Para entender melhor isso, vamos ver sua origem.

O judaísmo tem sua base nos escritos do Tanakh, os livros que, se utilizarmos a doutrina cristã, entenderemos como o Antigo Testamento da Bíblia.

O Tanakh, também chamado de Mikra ou Bíblia hebraica é dividido em três seções, o Torah, o Nevi’im e o Ketuvim. O termo Tanakh é a junção da primeira sílaba de cada seção. Sua divisão interna é a seguinte:

• Torah:
- Gênesis, Êxodos, Levíticos, Números, Deuteronômios
• Nevi’im:
Primeiros Profetas: Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel
Profetas posteriores:- Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias

• Ketuvim:
Livros da Verdade (poéticos): Salmos, Provérbios, Jó
5 pergaminhos: Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester
Outros: Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas

Para os estudos da Kabbalah, a parte que mais se utiliza é o Torah e sua interpretação é baseada em outros escritos, sendo que o principal deles é o Sefer ha-Zohar (livro do esplendor). Mas vamos entender de onde isso surgiu.

Muitos kabbalistas, principalmente aqueles das linhas mais tradicionalistas, dirão que a Kabbalah é um conhecimento muito antigo, que remete a épocas narradas no Gênesis. Alguns dizem que esse conhecimento surgiu com Moisés, quando Deus o instruiu no monte Sinai, outros estudiosos remetem a épocas anteriores, afirmando que ele surgiu com Abraão ou até mesmo com Adão. Apesar disso, talvez seus textos não sejam tão antigos.

Um escrito que poderíamos chamar de proto-kabbalístico, pois muitas ideias da Kabbalah clássica surgiram junto com a difusão desse texto, é o Sefer Yetzirah (livro da Formação ou livro da Criação). Novamente muitos dirão que seu autor foi Abraão, enquanto outros darão uma autoria muito mais recente. Estudiosos utilizam a tese de que a escrita hebraica se encaixa no período da criação do Mishná, séculos I e II d.C. Principalmente a partir do séc. VIII, seus estudos se espalharam entre os pequenos grupos de judeus na Europa e se intensificaram com escolas kabbalistas a partir do séc. XIII. Estudaremos algumas partes dele em nosso curso.

As origens dos escritos kabbalistas são tema de intensa discussão entre os historiadores, mas apesar disso muitos concordam que o primeiro livro que trouxe alguns dos principais conceitos da Kabbalah clássica foi escrito no século XII. O Bahir ou Sefer ha-Bahir (livro da Clareza ou livro do Brilho) tem sua primeira publicação datada no ano de 1174 em Provença, Itália, e alguns atribuem a autoria a Nehunya ben ha-Kanah, um rabino que viveu por volta do primeiro século, que disseminou seus discursos de forma oral e foram repassados em forma de manuscritos até serem compilados no séc. XII. Outros atribuem a autoria ao rabino Yitzhak Saggi Nehor, também conhecido como Isaac o Cego, (1160 – 1235, Posquière, França).

Como nosso foco não é a Kabbalah tradicional, mas sim a Esotérica, não vamos entrar na discussão da autoria e originalidade dos textos. Entretanto, consideramos importante saber que existe essa discussão para não cairmos em fanatismos infrutíferos.

O próximo escrito de extrema importância para os estudos da Kabbalah, normalmente tido como o texto fundamental de toda a doutrina kabbalística e que, novamente, trará discussões de autoria é o Sefer ha-Zohar. O Zohar é uma coletânea de livros publicados no século XIII pelo escritor judeu Moisés de León (Moshe ben Shem-Tov) (c. 1240 – 1305) e teve autoria atribuída ao rabino Shimon bar Yochai, que viveu no século II. Apesar disso, modernas análises acadêmicas do Zohar apontam que Moisés de León foi seu verdadeiro autor.

Nessa época, séc. XIII, a Kabbalah era estudada principalmente por pequenos grupos da elite judaica que residiam na Espanha e em seus arredores.

Nos séculos XIV e XV pouco se desenvolveu o conhecimento kabbalístico, poucos grandes kabbalistas e pouco livros foram lançados.

Isso durou até surgir, em 1492, o Decreto de Alhambra, também conhecido como Édito de Granada, que ordenava a expulsão ou conversão forçada da população judaica da Espanha. Fugindo da inquisição espanhola, os judeus se refugiaram no norte da África, Itália, Grécia, Turquia e Israel e novos centros de estudos foram estabelecidos nessas regiões.

A expulsão inquisitorial teve um efeito muito distinto do que era planejado e serviu para disseminar [à força] os conhecimentos kabbalísticos, assim como criar novos grupos de não-judeus estudantes de Kabbalah. Novos escritos e muitos kabbalistas começaram a se destacar. Começou-se a criar uma forma cristã da Kabbalah e hoje podemos encontrar escolas que associam, por exemplo, Kether-Chokmah-Binah (a tríade superior de Sefirot) com Pai-Filho-Espírito Santo (a trindade cristã).

Obviamente os grupos mais ortodoxos discordarão de que o que eu afirmei acima seja Kabbalah e usarão palavras como “deturpação” para se referir a esses estudos. Mas aqui apenas estamos expondo uma narrativa de fatos históricos.

A Visão Acadêmica

As principais discussões quanto das origens da Kabbalah, da autoria de seus livros e do que concerne a doutrina kabbalística e o que não é Kabbalah ocorrem entre os grupos judaicos mais ortodoxos e os estudiosos acadêmicos.

Principalmente entre os grupos ortodoxos, a visão de que a Kabbalah é um ensinamento muito antigo e veio trazido por Moisés, Abraão ou até mesmo Adão é defendida. Acadêmicos não compartilham dessas crenças e se apoiam nos dados de que os escritos que primeiro trouxeram muitas das principais ideias da Kabbalah clássica surgiram no séc. XII com o Sefer ha-Bahir e a partir de então foram criados os textos que comporiam o Zohar. O termo Sefirot, que é considerado por muitos kabbalistas a estrutura do centro doutrinal da Kabbalah, foi tirado do Sefer Yetzirah, outro livro que teve seu expoente em nossa era atual.

De acordo com o filósofo e historiador Gershom Scholem, considerado o fundador do moderno acadêmico estudo da Kabbalah, as raízes da Kabbalah residem em antigos círculos judeu-gnósticos muito anteriores às doutrinas trazidas no século XIII e anteriores ao cristianismo gnóstico.

Relacionar Kabbalah com Gnosis não é algo que ajuda a entender a origem da doutrina, principalmente pelo fato de que o gnosticismo é outra linha com origens obscuras. Além disso muitos estudiosos irão discordar dessa associação, mas há alguns pontos interessantes de serem vistos.

Um desses pontos é a base central das crenças, tanto o judaísmo, quanto o cristianismo se autodefinem como sistemas monoteístas, enquanto o gnosticismo é dualista. Apesar disso, o dualismo gnóstico não é uma luta entre o bem e o mal, visto que esses são conceitos judaico-cristãos e não gnósticos. A luta se realiza entre a ignorância e a sabedoria e o que pode libertar a alma aprisionada na matéria é o conhecimento ou, do grego, Gnosis.

Similarmente, a Kabbalah fala sobre outra emanação além dos 10 sefirot, Sitrah Achra (O Outro Lado) e, de acordo com o Zohar, é constituído de poderes similares ao sistema divino.

Outro ponto é o fato de os seis sefirot superiores habitarem zonas ao redor de uma região “vazia” no símbolo da árvore da vida. A esta região se atribui o abismo de Da’at (conhecimento), que por alguns é representado como um sefirah oculto e outros a união de todos os sefirot.

E se alguém ainda não entendeu o logo que nós usamos, talvez a imagem ao lado explique melhor.


As bases dos estudos dos Sefirot

Dentre muitos kabbalistas que estudaram e escreveram sobre a Kabbalah Prática, temos uma consideração especial por Dion Fortune, pela visão clara e simples com que ela apresentou seus conceitos, pela sua mente aberta para novas teorias e pela vasta gama de doutrinas que ela estudou e reuniu em seus livros sem distorcer o que já estava criado.

Então vamos apresentar aqui o resumo de características dos Sefirot que ela traz em seu livro The Mystical Qabalah (A Kabbalah Mística). Como nota de prestígio à autora e para entender um pouco da fonte da qual estamos extraindo esses dados, vamos falar um pouco sobre ela.

Dion Fortune

Nascida sob nome de Violet Mary Firth Evans (6 de dezembro de 1890 - 8 de janeiro de 1946) em uma rica família cristã inglesa em Llandudno, País de Gales, foi uma autora britânica especializada em psicologia, ocultismo, Kabbalah, magia cerimonial e magia arcana. Estudou Psicologia e Psicanálise na Universidade de Londres. Mas obviamente estamos pouco interessados na vida pública e pessoal dela e mais interessados na vida oculta.

Em organizações de ocultismo, seu primeiro contado parece ter sido com a Sociedade Teosófica, além de obviamente a Igreja Cristã, apesar de não se saber se lá ela pôde aprender algo de ocultismo. Iniciou-se na Ordem Rosacruz de Alpha et Omega, uma das instituições que surgiram após a fragmentação da Ordem Hermética da Aurora Dourada. Adotou o nome Dion Fortune baseado no lema de sua família: “Deo, non fortuna” (Deus, não sorte). Se envolveu fortemente com o mediunismo, o que se tornou um guia para sua busca no ocultismo. Neste ponto, alega-se que ela teve contato com os Mestres Ascensionados, incluindo o mestre Jesus. Ingressou na Loja Mística Cristã da Sociedade Teosófica, na qual ela logo se tornou presidente. Devido à sua fortíssima influência cristã, entrou em choques doutrinais com a Sociedade Teosófica, que acarretaram sua separação da ordem e tornou sua Loja Mística Cristã (agora não afiliada à Sociedade Teosófica) na "Fraternidade da Luz Interior", mais tarde renomeada como "Sociedade da Luz Interior". Se envolveu com a Loja Unida de Teosofistas, mas a abandonou. Teve contato com a maçonaria através de mentores e com o gnosticismo por meio de diversos autores, como Carl Jung.

Bem, isso era apenas para dar alguma ideia sobre quem foi Dion Fortune para aqueles que não a conheciam. É claro que em alguns pontos de sua biografia iremos encontrar fatos que farão a maioria dos gnósticos, principalmente os que seguem a linha samaeliana, questionarem se ela realmente teria um desenvolvimento interno elevado. Porém a dependência de um mestre exaltado é vista por nós como uma necessidade daqueles que se sustentam nas crenças e nossa linhagem gnóstica está pouco interessada neste ponto e muito mais voltada na investigação dos conhecimentos deixados e na comprovação (ou não) de sua autenticidade.

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