AQUÁRIO: 21 de janeiro a 19 de fevereiro.
Os nativos de Aquário são de robusta vontade, e possuem uma formidável Intuição.
Os nativos de Aquário são amigos da independência e amam entranhavelmente as polêmicas e as discussões filosóficas. Os grandes líderes de Aquário são os revolucionários da época.
Os Aquarianos têm grande disposição para todos os estudos da Sabedoria Oculta.
As plantas de Aquário parecem-se com as panturrilhas e são aéreas. Defeitos comuns de Aquário: desconfiado, materialista, independente, etc.

É o décimo primeiro signo zodiacal, é melhor representado no famoso zodíaco egípcio de Denderah, como a um sábio que derrama duas ânforas de água e não uma só, como se desenha atualmente, pois os elixires da vida são dois, um BRANCO e outro VERMELHO, homem e mulher.
As águas da vida estão aqui representadas por todas as partes. O aguadeiro tomba o cântaro do fluídico e radiante elemento no campo interno; é por essa razão que a emanação da Neblina Radiante não se dispersa, senão que se encerra.
Aqui já se representa o ideal do Homem na Era de Aquário, com os seus sete Chacras, ou flores de Lótus, completamente acesos, plenamente autorrealizados. Parecem pairar no ar graças a que eles se alimentam da energia derramada no interior de cada qual.
Ao fundo, atrás da caveira, a Aniquilação Budista, divisa-se a MONTANHA da AUTO-REALIZAÇÃO, toda ela feita de fogo; a ela se encaminha o EREMITA, porém, previamente, este tem que ultrapassar o portal da DESINTEGRAÇÃO de santo André, a MORTE ESOTÉRICA, pelo caminho que vai sendo mais Luz, à medida que se acerca mais e mais da Montanha. É por isso que aquele que mais tem, mais lhe será dado.
URANO é um planeta inteiramente sexual, e é o regente deste signo, o qual confirma amplamente o que viemos afirmando.
O majestoso e simpático Sol se alegra por toda a cena, enquanto irradia a Cruz dos braços iguais.
É terrível a SOLIDÃO do eremita em meio ao grande cenário, diminuto ante a terra em que pisa; atravessando ao duro caminho da vida e da senda, enquanto que, como São Paulo, está morrendo dia após dia; as estrelas ao fundo também lhe sorriem, pois seu caminho se eleva para mais além da montanha, até o infinito.
A natureza reservada vista na lâmina, manifesta-se no caráter dos nativos de Aquário, sendo muito retraídos, preferindo ir sozinhos, mesmo que possam ser acompanhados, e seguir seus próprios conselhos e sua maneira pacifica, os quais lhe proporcionam popularidade, especialmente pela sua maneira de ser doce e de sua grande bondade.
Como Aquário é um dos signos fixos, estáveis, são constantes em seus afetos. A caveira representa também a Saturno, que aqui rege especialmente; Urano dá uma elevada mentalidade e especial talento e particularidade e que, ao se unir a Saturno, dá ao aquariano grande seriedade e profundidade aos seus conceitos. Aquário é um dos signos mais sensitivos, de tal maneira que as relações e acontecimentos com as outras pessoas os afetam muito profundamente, mais ainda do que eles podem perceber. Os sete Lótus nos mostram a estreita relação que existe entre o Verbo e a autorrealização. Se o leitor estudante meditar com cuidado sobre o livro “O MATRIMÔNIO PERFEITO”, do V.M. SAMAEL AUN WEOR, referente ao estudo dos Chacras, vai se dar conta de que cada pétala é incidida por uma letra sagrada, de tal maneira que todas e cada uma das palavras que pronunciamos têm ressonância imediata sobre os Chacras e sobre a Kundalini.
“Das vossas palavras vãs, tereis que prestar contas”; e isto é escandalosamente muito pouco tido em conta; ninguém jamais logrará avançar na senda usando mal o Verbo, senão, pelo contrário, poderá retroceder, involuindo até o “inferior”.
O Verbo é a manifestação de Deus em nós. Qualquer um que fizer maledicências, ou bem ou mal intencionadas, pecará contra WEOR ou o verbo de Deus, mesmo que se proclame seu discípulo, porque em verdade é seu inimigo.
Uma pessoa que insulta, que calunia, faz desafios a punhos, ou seja lá o que for, é um elemento que anda mal na senda.
O SILÊNCIO é uma arma formidável do sábio, pois é preferível CALAR, como o Cristo, mesmo que nos esbofeteiem, do que pronunciar uma palavra inarmônica, dado o dano imediato que produz, pois é através dos Chacras (ou o Lótus que estão na base da pintura), os pilares de tudo, que se percebe aquilo que se chama de VERDADE.
A maior grau de INICIAÇÃO, mais capacidade de compreensão se terá, e esta se percebe por meio do Lótus, de tal maneira que uma pessoa que é suja em sua linguagem é suja nos Chacras, e será assim sempre enganada e enganadora; seus conhecimentos serão falsos e indignos de crédito, pois tudo nela será sujeira.
Sendo a água um dissolvente universal, todas as tradições, tanto no Oriente como no Ocidente, relacionam esse arquétipo com o Dilúvio, como símbolo da dissolução de uma organização, para o início de uma nova Era, reformada, sem os vícios da anterior, coisa essa que se está realizando desde já para o início dessa Era de Aquário, quando estão aparecendo vulcões, aumentando o número de furacões, terremoto, e já se desencadeiam conflitos que conflagrarão a terceira guerra mundial.
Assim, por meio da Dissolução, retorna-se ao Akasha original (Peixes).
É assim que em cada final existe o gérmen renovador que atrai novas e superiores condições; este é o mistério do OUROBORUS. Os egípcios, sempre sábios, identificam Aquário com HAPI, a personificação do rio Nilo, que ao se transbordar em suas famosas inundações, deixava o limo vital, tão necessário para o novo período de colheitas.
Aquário é o princípio da dissolução aniquiladora, isso pela decomposição de determinadas formas.
DEFEITOS
(podemos citar alguns)
São retraídos e reservados; não seguem conselhos; nunca dão o braço a torcer, são muito orgulhosos e zelosos na amizade; melancólicos; teimosos em extremo; não gostam de ser mandados; fixação nas atitudes tomadas; susceptibilidade.
AQUÁRIO E O AMOR
Urano lhes dá uma mentalidade estranha, porém são tradicionalistas no amor; são coisas que parecem ser incompatíveis, liberalidade e conservadorismo, porém os unem muito bem.
De fria mentalidade, são pouco dados aos mistérios do romantismo e junto com um conceito de liberdade incondicional, impede-os por completo de serem “aprisionados”; preferem encontrar mais uma amizade que agitações amorosas em seu companheiro.
A compreensão recíproca, junto com uníssona vibração de mentalidades, são algo muito importante para eles.
No amor, querem ser constantes e duradouros, sempre e quando não se lhes submeterem, e é pelo qual fogem da paixão e suas malhar; preferem o companheirismo e a amizade dentro do matrimônio, que o perigo aprisionador da sedução amorosa, tanto é que às vezes preferem formar fortes vínculos com um companheiro, sem o uso de formulários e papeis matrimoniais.
A amizade é o primeiro de tudo, não podem viver sem a alegria de compartilhar a fraternidade.
Urano os faz impulsivos e errantes.
O HOMEM DE AQUÁRIO
Feito para se movimentar especialmente dentro da sociedade, é de natureza pacifica, embora o explosivo Urano lhe dê intempestivos ataques nervosos, indispensavelmente, exige da companheira compreensão e fraternidade. Como aspira a ser livre, dá À sua companheira grande mobilidade; ainda que ame verdadeiramente à sua família, poderá esquecê-la momentaneamente, se um outro agrupamento requerer sua atenção.
Sua volubilidade intempestiva deixa sempre atrás de si amores frustrados e intensos, pois em um momento de impulso, mostra um incrível ardor, emitindo promessas que posteriormente resultam falsas. Sendo muito irmanável e dadivoso, jamais se deixará enredar em um círculo estreito.
A MULHER DE AQUÁRIO
De acentuada beleza e especial magnetismo, nunca passa desapercebida.
Urano dá um especial encanto ao seu olhar, que é profundo e impactante. Se há um planeta instável e explosivo, esse é Urano, de tal modo que assim será o caráter de sua nativa, tão diversa, atrativa e misteriosa, que parece ser várias mulheres em uma só. Ademais, Urano é a oitava superior de Vênus; assim, pois, o amor não só vai para mais além do idealismo, senão que definitivamente, sobrepassando o centro emocional, se torna bem controlado. Sua constante mobilidade está muito longe da banalidade: acerca-se mais de uma constante inquietude.
Em seu lar, nas habilidades caseiras, sabe manipular sua constante inquietude nervosa, sem ser histérica. Longe de ser ostentosa, prefere a simplicidade sobre qualquer coisa. Como a liberdade é seu lema, jamais enquadrará seu marido em moldes restritivos e ciumentos, pois nele deposita toda a sua confiança e exigirá dele o mesmo. Seu amor superior está muito distante da infidelidade, e irradia um afeto muito grande por seus filhos, sobre os quais é mais uma amiga que outra coisa. Só pode se ligar a um marido que saiba se sobrepor e retê-la por meio de uma refinada e elevada intelectualidade.
AQUÁRIO E OS DEMAIS SIGNOS
COM ÁRIES: O marciano Áries, fogoso, empreendedor e independente, pelo seu individualismo se verá em dificuldades para se unir a um Aquário tão fraterno e altruísta. Áries quer monopolizá-lo, e o aguadeiro lhe escapa como água entre as mãos. Áries precisa desintegrar os defeitos do monopolismo e da manipulação.
COM TOURO: Má união; o possessivo e sentimental Touro desejará ter sempre seu companheiro no mesmo “curral” que ele; porém, para o aquariano, lhe agrada correr pelos campos livres e não suporta o seu encerramento. São dois pontos de vista sobre a vida diametralmente opostos.
COM GÊMEOS: Complementam-se, porém serão sempre uma dupla de hábitos um tanto particulares, dados a excentricidades e rupturas do convencionalismo; vão se tornar felizes com as continuas mudanças e desfrutes variados da vida.
COM CÂNCER: Necessitam esforçar-se para dar e receber; Aquário poderá aplacar-se um pouco e ser mais estável, aprumado. Câncer precisa aprender a ser altruísta e polir seu exagerado sentimentalismo, tanto quanto Aquário deve ter tato para não machucar a acentuada susceptibilidade do canceriano.
COM LEÃO: Muito boa dupla, vão se amar com intensidade. Porém, Leão necessita acabar com o eu mandão e tirano; achará, assim, apoio e impulso para seus projetos. Além disso, farão um bom complemento físico, mental e sexual.
COM VIRGEM: Com um pouco de tato e muita perspicácia, lograrão uma harmonia, em especial ao que se refere ao altruísmo que os dois compartilham, e que (principalmente) faz avivar o aguadeiro; Virgem precisa avivar mais o seu espírito aventureiro ara que os dois possam se encaixar bem.
COM LIBRA: Bom matrimônio, harmonizam-se na estética da vida e no sentido nitidamente espiritual. Sociáveis, carinhosos, generosos, necessitam cultivar o Centro Intelectual.
COM ESCORPIÃO: O escorpiônico precisa se adaptar ao espírito livre do aquariano, e se esforçar em entendê-lo; assim, a dupla será feliz.
COM SAGITÁRIO: União harmônica; compartilham de seu espírito aventureiro, pelas variações e pelas viagens. Sagitário deve moderar sua demasiada introversão.
COM CAPRICÓRNIO: Matrimônio um tanto difícil; são muito desiguais em seus gostos e aspirações, capricórnio precisa agilizar-se, intelectual e fisicamente, além de também se ajustar nas necessidades materiais.
COM AQUÁRIO: O intempestivo e conflitante Urano pode causar sérias divergências se ambos se deixarem levara pelo nervosismo nas dificuldades, ou então, ambos incorrerão ao mesmo tempo em alterações de ânimo.
COM PEIXES: Será boa, sempre e quando o pisciano for menos sonhador e se ativar à realidade, e se Aquário moderar sua irritabilidade e tolerar o mistério de Peixes.
Querido discípulo, hoje chegamos ao período da Constelação de Aquário e temos que ser francos.
A cristificação vai-se processando por partes, corpo a corpo. Quem primeiro se cristifica é a Alma-Consciência, que extraímos do corpo físico através da Kundalini do corpo físico para enriquecer a Alma-Espírito ou o chamado corpo búdico. Um corpo búdico cristificado e estigmatizado, inevitavelmente, fusiona-se com o Íntimo. Depois, vem a cristificação e a estigmatização do corpo etérico. Isso acontece mediante o processo de progressão, evolução e ascensão da Kundalini do corpo etérico.
Cada corpo tem seu próprio sistema nervoso cérebro-espinhal, sua medula e sua Kundalini. Cada corpo é um organismo completo. Existem sete corpos, sete medulas e sete kundalinis.
Quando, depois de difíceis esforços, de terríveis e dolorosas provas, conseguimos a ascensão total da dourada Kundalini do corpo etérico, então, brilha o Sol do Pai entre a chuva da noite. A estrela-de-cinco-pontas sobre a cabeça do sábio indica que ele foi aprovado em todas as dolorosas provas.
Em seguida, marcam a data da segunda Iniciação de Mistérios Maiores do sábio que, feliz e vitorioso, entra no templo para receber a segunda Iniciação de Mistérios Maiores. Essa Iniciação confere-lhe o poder de viajar em corpo etérico através de todos os planos cósmicos.
A Kundalini do corpo etérico desperta todas as faculdades do corpo etérico. O extrato anímico do corpo etérico vai sendo absorvido, pouco a pouco, pelo Íntimo.
Em seguida, vem a cristificação e a estigmatização do corpo astral. A Kundalini do corpo astral é da cor do “raio” e só é despertada sob a direção de um especialista.
A Kundalini do corpo astral abre os chacras do corpo astral. Por conseguinte, o desenvolvimento pleno e total dos chacras do corpo astral só é conseguido com a terceira Kundalini, a do corpo astral.
A ascensão da Kundalini do corpo astral pelo finíssimo canal de sushumná, pertencente à medula do astral, é um labor sumamente árduo e difícil, porque, para se conquistar cada “câmara” do astral, é preciso suportar e vencer as tentações mais terríveis e indescritíveis.
Depois de conseguirmos a ascensão total da Kundalini do corpo astral, então, vem a terceira Iniciação de Mistérios Maiores, onde todas as rodas ou discos magnéticos do corpo astral do sábio se abrem e resplandecem totalmente.
Mais tarde, vem a cristificação da mente, que nos converte em Arhat. Esse labor é realizado mediante a Kundalini do corpo mental, a quarta Kundalini. A quinta Serpente pertence ao corpo causal ou Manas Superior, da qual extraímos a Alma humana para depois fusioná-la com o Mestre Interno. Desse modo, o setenário é sintetizado na tríade: “Atman-Buddhi-Manas”.
As duas “serpentes” superiores pertencem ao corpo búdico e ao “corpo átmico”. Elas nos conferem a suprema felicidade e a sabedoria do Nirvana.
A oitava e a nona iniciações de mistérios maiores são praticamente macrocósmicas. O importante está na “cristificação” dos sete corpos, cujo segredo total encontra-se no membro viril e na “vulva”. Do sêmen ascende o Fogo do Espírito Santo, que nos converte em deuses, mas o Fogo do Espírito Santo tem sete graus de poder, os sete Graus de Poder do Fogo.
Todas as narrações simbólicas dos livros espiritualistas, quando nos falam da Iniciação, são totalmente alegóricas, porque jamais outra pessoa, antes de mim, havia revelado os sete Graus de Poder do Fogo.
Até pouco tempo, a maior parte dos espiritualistas pensava que, ao acordar a Kundalini, ela ascendia instantaneamente até a cabeça. Pensavam que com isso, efetivamente, a pessoa ficava unida instantaneamente com seu Íntimo, seu Deus interno, instantaneamente, tornando-se mahatma. Que cômodo! Esses teosofistas, rosacrucianos, espiritistas, etc. imaginaram a Alta Iniciação dessa forma. Coube-me rasgar o véu da cristificação e, por isso, falo claramente para que me entendam.
A ascensão de cada uma das sete kundalinis é lenta e difícil. Cada “câmara” ou vértebra representa determinados poderes ocultos e, por essa razão, a conquista de cada câmara custa terríveis provas.
São sete “serpentes” e sete portais terríveis. E, através desses sete portais, só reina o terror de Amor e Lei. Não só é preciso matar o desejo, senão e até o próprio conhecimento do desejo. Todo o segredo do poder reside no sexo. A força sexual é só “Una”, “Única”, de caráter absolutamente universal cujo depósito principal reside no Absoluto.
Ao se iniciar o Mahamvantara, essa força sexual se expressa através dos sete Graus de Poder do Fogo. Esses sete Graus de Poder do Fogo residem em nossos sete corpos, e são nossas sete kundalinis. Estas, por sua vez, precisam ser despertadas, uma após a outra, em ordem sucessiva, através dos sete portais. Por isso, Buda disse: “Ouça-me bem, ó mendicante! Em cada Buda humano há sete Budas”. Esses são os sete extratos anímicos dos sete corpos e as sete “serpentes”.
Os órgãos sexuais de todas as espécies vivas são somente os instrumentos dessa força sexual única, universal. Na magia sexual, está a chave de todos os impérios e de todos os poderes.
Temos que levantar nossa “serpente metálica”, ou melhor, nossas sete “serpentes” sobre a vara, tal como o fez Moisés no deserto, para nos convertermos em terríveis potestades do Nirvana felizes.
O signo de Aquário governa as panturrilhas. Os brasileiros chamam as panturrilhas de “barrigas das pernas” ou “matrizes das pernas”. Traduzido ao espanhol significa: “ventres das pernas” ou “matrizes das pernas”.
Os homens hermafroditas primitivos se reproduziam por “esporos” que se desprendiam das panturrilhas. As panturrilhas são extremamente eróticas e, por isso, todo homem se sente atraído sexualmente pela mulher que tem belas panturrilhas. Nelas, as forças terrestres e celestes se encontram, combinando-se mutuamente.
Durante o período do signo de Aquário, deve-se fazer a seguinte prática:
O discípulo massageará as panturrilhas de baixo para cima, orando da seguinte forma:
ORAÇÃO
Força passa! Força passa! Penetra em meu organismo. Corrente que vem de baixo, ascende e une-te com tua irmã, a corrente que vem de cima, do Céu, de “Urânia”.
Depois, o discípulo se entregará à meditação interna, rogando ao seu Íntimo que entre nos templos siderais de Aquário para que traga os gênios dessa constelação a fim de conseguir a iluminação.
Aquário é a casa de Urano, que traz a castidade, a originalidade do “gênio” e a sabedoria. Os aquarianos são independentes e possuem grande força de vontade. São intuitivos e gostam de viajar muito, amam a ciência e a sabedoria e têm disposição para as ciências naturais.
O significado oculto de Aquário é saber. Aquário, o signo do aguador, é um signo zodiacal eminentemente revolucionário.
Existem quatro classes de conhecimento ou ciência secreta. Necessitamos saber quais são essas quatro classes de conhecimento.
Primeiro: Yajna Vidya que é o conhecimento que se adquire com certos poderes ocultos despertos dentro de nossa própria natureza interior mediante certos rituais mágicos.
Segundo: Maha Vidya cabalística, que é a Ciência da Cabala com todas suas invocações, matemáticas, símbolos e liturgia, podendo ser angelical ou diabólica, tudo depende do tipo de pessoa que a use.
Terceiro: Guhya Vidya, a ciência dos mantras, a magia do Verbo que se fundamenta nos poderes místicos do som e na ciência da harmonia.
Quarto: Atma Vidya é a real sabedoria do Ser, de Atman, da Mônada superior.
Todas essas formas de conhecimento, exceto a quarta, constituem-se na raiz de todas as Ciências Ocultas. De todas essas formas de conhecimento, excetuando-se a quarta, advém a Cabala, a Quiromancia, a Astrologia, a Fisiologia Oculta, a Cartomancia Científica, etc.
De todas essas formas de conhecimento e ramos ocultistas, a Ciência já descobriu alguns segredos, mas o sentido espacial desenvolvido não é representado pelo Hipnotismo e nem pode ser adquirido por essas artes.
Este livro astrológico-hermético-esotérico nada tem que ver com a Astrologia de feira mencionada pelos jornais. Aqui ensinamos a ciência do Atma Vidya. O fundamental é o Atma Vidya que inclui as demais ciências em seu aspecto essencial, e até pode valer-se delas ocasionalmente. No entanto, só utiliza seus extratos sintéticos, depurados de toda escória.
A porta de ouro da sabedoria pode se transformar na ampla porta e no largo caminho que conduz à destruição: a porta das artes mágicas praticadas com fins egoístas.
Estamos na Idade de Kali Yuga, a Idade Negra ou de Ferro, e todos os estudantes de Ocultismo estão predispostos a se extraviarem pelo caminho negro.
Assombra-nos vermos esse conceito tão equivocado que os “irmãozinhos” têm sobre o Ocultismo. Causa-nos espanto ver a facilidade com que eles creem que podem chegar até a porta e traspassarem o umbral do mistério, sem um grande sacrifício.
Resulta impossível lograr o Atma Vidya sem os Três Fatores da Revolução da Consciência e sem se ter chegado ao “segundo-nascimento”. É impossível o Atma Vidya sem a morte do eu pluralizado e sem o sacrifício pela humanidade. Não é a Lei da Evolução e nem a Lei da Involução que nos conferem o Atma Vidya. Só à base de tremendas e espantosas revoluções íntimas, chegamos ao Atma Vidya.
O caminho da Revolução da Consciência é a Senda do Fio da Navalha, terrivelmente difícil, cheia de perigos por dentro e por fora.
Agora vamos estudar, neste capítulo, cada um dos Três Fatores da Revolução da Consciência em forma ordenada e separadamente, a fim de que os estudantes gnósticos possam orientar-se corretamente.
Nossos leitores devem prestar muita atenção ao estudo de cada um dos Três Fatores da Revolução da Consciência, porque, do pleno entendimento de cada um deles, depende o sucesso nesse trabalho.
NASCER
O “segundo-nascimento” é uma questão totalmente sexual. O sagrado touro Apis, entre os antigos egípcios, devia ser jovem, são e forte para simbolizar a pedra filosofal (o sexo).
Os gregos que foram instruídos pelos hierofantes egípcios representavam a pedra filosofal com um ou vários touros como se vê também na fábula do minotauro cretense.
Tiveram igual significado alquímico os touros que Hércules roubou de Gerión. O mesmo simbolismo é encontrado na lenda dos sagrados bois do Sol, que passeavam calmamente na ilha da Sicília e que foram roubados por Mercúrio.
Nem todos os touros sagrados eram negros ou brancos; alguns eram vermelhos como os de Gerión ou como aqueles sacrificados pelo sacerdote israelita, porque a pedra filosofal, em certo momento alquímico, é vermelha, e isso é sabido por todo alquimista.
O famoso boi Apis, tão adorado nos mistérios egípcios, era o criador e também o fiscal das Almas. O boi Apis simbólico foi consagrado a Ísis, porque, efetivamente, ele está relacionado com a Vaca Sagrada, a Mãe Divina, Ísis, de quem nenhum mortal levantou o véu.
Para que um boi tivesse a alta honra de ser ascendido a tal categoria, era preciso que fosse negro e que tivesse, na testa ou no dorso, uma mancha branca em forma de lua crescente. Também é verdadeiro que o boi sagrado devia ter sido concebido sob a impressão do raio, tendo, sob a língua, a marca do escaravelho sagrado.
Apis era o símbolo da Lua, tanto por causa de seus cornos em forma de lua crescente como também durante os seus períodos, exceto nos ciclos de lua cheia, quando a Lua tem sempre uma parte tenebrosa indicada na pele pela cor negra; a outra parte é resplandecente e está simbolizada pela mancha branca.
Apis é a matéria filosofal, o Ens Seminis (sêmen), essa substância semissólida, semilíquida, o vitriolo dos alquimistas. Dentro do Ens Seminis encontra-se todo o Ens Virtutis do fogo. É necessário transformar a Lua em Sol, quer dizer, fabricar os corpos solares.
Esses são os mistérios de Ísis, os mistérios do boi Apis. No velho Egito dos faraós, quando se estudava a runa IS, analisavam-se seus dois aspectos, o masculino e o feminino. A sagrada palavra Ísis é decomposta em duas sílabas IS-IS. A primeira sílaba é masculina e a segunda é feminina.
O boi Apis é o boi de Ísis, a pedra filosofal. O homem e a mulher devem trabalhar no Laboratorium Oratorium com essa matéria filosofal para transformar a Lua em Sol.
É urgente adquirir esse poder mágico que se chama Kriya-Shakti, o poder da vontade e da Ioga; o poder mágico dos homens solares, o poder supremo de criação, sem geração, e isto só é possível através do maithuna (ver o capítulo oito).
É necessário aprender a combinar inteligentemente as águas da vida nas duas ânforas de Aquário, o signo zodiacal do aguador. É indispensável combinar o elixir vermelho com o elixir branco, quando se quer chegar ao “segundo-nascimento”.
A Lua simboliza Ísis, a Mãe Divina, a Prakriti inefável. O boi Apis representa a matéria filosofal, a pedra sagrada do alquimista. No boi Apis está representada a Lua, Ísis, a substância primordial, a pedra filosofal, o maithuna.
O signo de Aquário está governado por Urano, planeta que controla as glândulas sexuais. Resulta impossível chegar ao “segundo-nascimento”, ao adeptado, à autorrealização íntima do Ser, se não estudarmos os mistérios de Ísis. Se desprezarmos o culto ao boi Apis e não aprendermos a combinar o elixir vermelho com o elixir branco, nas duas ânforas de Aquário.
Na terminologia cristã, fala-se de quatro corpos humanos. O primeiro é o corpo carnal; o segundo é o corpo natural; o terceiro é o corpo espiritual; o quarto, segundo a terminologia esotérica cristã, é o corpo divino. Falando em linguagem teosófica, diremos que o primeiro é o corpo físico; o segundo é o corpo astral; o terceiro é o corpo mental; o quarto é o corpo causal ou corpo da vontade consciente.
Nossos críticos ficarão irritados porque não citamos o lingam sarira, o corpo vital, também chamado duplo etérico. Certamente, não mencionamos esse corpo, devido ao fato concreto de que ele é somente a secção superior do corpo físico, o assento básico fundamental de todas as atividades físicas, químicas, calóricas, reprodutivas, perceptivas, etc.
O “animal intelectual”, comum e corrente, não nasce nem com o corpo astral, nem com o corpo mental e muito menos com o corpo causal. Esses corpos só podem ser formados “artificialmente” por meio da frágua acesa de Vulcano (o sexo).
O veículo astral não é um corpo indispensável para o “animal intelectual”. É um grande luxo a que muitos poucos podem se dar. Apesar disso, o “animal intelectual” tem um corpo molecular, um corpo de desejos semelhante ao corpo astral, mas de tipo lunar, frio, fantasmal, espectral.
O “animal intelectual” não tem corpo mental, mas possui um veículo intelectual animal, sutil, lunar, muito similar ao corpo mental, mas de natureza fria e fantasmagórica.
O “animal intelectual” não tem corpo causal ou corpo da vontade consciente, mas tem a Essência, o Budhata, o embrião de Alma, que é facilmente confundido com o corpo causal. Os corpos sutis que Leadbeater, Annie Besant, Steiner e muitos outros clarividentes estudaram no pobre “animal intelectual”, comum e corrente, são os veículos lunares.
Quem quiser chegar ao “segundo-nascimento” deve fabricar os corpos solares, o autêntico corpo astral, o legítimo corpo mental e o verdadeiro corpo causal ou corpo da vontade consciente.
Há algo que pode surpreender aos estudantes gnósticos: os corpos astral, mental e causal são de carne e osso, e depois de ter nascido do ventre imaculado da Mãe Divina, necessitam de alimento para seu crescimento e desenvolvimento.
Existem dois tipos de carne: a primeira é carne que vem de Adão; a segunda é carne que não vem de Adão. Os corpos solares são de carne que não vem de Adão. Resulta interessante saber que o hidrogênio sexual Si-12 sempre se cristaliza em carne e osso. O corpo físico e também os corpos solares são de carne e osso.
O alimento básico do corpo físico é o hidrogênio quarenta e oito. O alimento fundamental do corpo astral é o hidrogênio vinte e quatro. O alimento indispensável do corpo mental é o hidrogênio doze. O alimento vital do corpo causal é o hidrogênio seis.
Todos os Mestres da Loja Branca, Anjos, Arcanjos, Tronos, Serafins, Virtudes, etc. estão vestidos com corpos solares. Só aqueles que possuem os corpos solares formados encarnaram o Ser. Somente aqueles que possuem o Ser são homens de verdade.
O corpo físico está controlado por quarenta e oito leis. O corpo astral está governado por vinte e quatro leis. O corpo mental está controlado por doze leis. O corpo causal depende de seis leis.
É urgente que desçamos à frágua acesa de Vulcano (o sexo) para trabalhar com o fogo e com a água, origem de mundos, bestas, homens e deuses. É urgente que baixemos à Nona Esfera para fabricar os corpos solares e conseguirmos o “segundo-nascimento”. Causa muita dor saber que muitos dos que se presumem mestres e santos estão vestidos com corpos lunares.
A MORTE
Equivoca-se completamente o conde Gabalis ao dizer que as salamandras, os gnomos, os silfos e as ninfas necessitam se casar como o ser humano para alcançarem a imortalidade. É estúpida essa afirmação do conde Gabalis, quando diz que nós precisamos renunciar completamente às mulheres para conseguirmos a imortalidade dos sílfides e das ninfas.
Os elementais dos “elementos”, das plantas, dos minerais e dos animais serão os homens do futuro sem necessidade do imundo coito recomendado pelo conde Gabalis. É uma pena que muitos médiuns do Espiritismo estejam casados com elementais, e que muitas pessoas, durante o sonho, coabitem com íncubos, súcubos e elementais de todo tipo.
Os mundos internos estão cheios de toda classe de criaturas: algumas boas, outras más e outras indiferentes. Os Devas ou Anjos jamais são inferiores ao homem. Os Devas ou Anjos são homens solares verdadeiros são seres “duas-vezes-nascidos” e isso é tudo.
Para os chineses, as duas classes mais elevadas de habitantes invisíveis são os Thien, de natureza totalmente celeste, e os Thi, Thu ou intermediários.
Nos desfiladeiros de Kuen-lun, a região central da Terra ou montes lunares, a tradição colocou todo um mundo estranho e misterioso governado por deuses. Esses seres divinos são os Ko-han ou Lohanes, deuses governadores de milhões de criaturas.
Os Thi vestem roupagem amarela e habitam criptas ou cavernas subterrâneas; alimentam-se de gergelim, coriandro e outras flores e frutos da árvore da vida. Eles são seres “duas-vezes-nascidos”, estudam a Alquimia, a Botânica Oculta e a pedra filosofal, ao modo do Mestre Zanoni e de seu sábio colega, o grande Mejnour.
Uma terceira classe de habitantes invisíveis são os fabulosos Shen ou Shain, nascidos aqui embaixo, no mundo sublunar, quer para trabalhar para o bem, quer para pagar seu carma ancestral.
A quarta classe de habitantes dos mundos internos citados pelos chineses são os tenebrosos Maha-Shan, gigantes feiticeiros da magia negra.
Os seres mais raros e mais incompreensíveis são os terríveis Marut ou Turam, mencionados pelo Rig Veda como legiões de hanasmussianos. A letra h se pronuncia com som de r assim: ranasmussianos.
Essas legiões constam de trezentas e quarenta e três famílias, apesar de certos cálculos elevarem a quantidade para 543 ou 823 famílias.
É lamentável que esses hanasmussens sejam adorados por certos muçulmanos e brâmanes. Os hanasmussianos têm, como já dissemos no capítulo nove deste livro, duas personalidades: uma angélica e outra diabólica.
É claro que a personalidade solar ou angelical de um hanasmussiano jamais se dispõe a instruir qualquer candidato à iniciação, sem antes lhe dizer com inteira franqueza o seguinte: Guarda-te, porque nós somos a tentação que te pode converter em um infiel.
A personalidade solar de todo marut, turam ou hanasmussiano sabe muito bem que possui outra personalidade lunar, diabólica e tenebrosa capaz de desviar o candidato da iniciação.
Diante de todo ser “duas-vezes-nascido” abrem-se dois caminhos: o da direita e o da esquerda. O caminho da direita é para os que resolvem morrer de momento em momento, dos que dissolvem o eu. O caminho da esquerda é o caminho negro, o caminho para os que, em vez de morrerem de momento em momento, de dissolverem o eu, fortificam-no dentro dos corpos lunares.
Aqueles que vão pelo “caminho da mão esquerda” convertem-se em marut ou turam, quer dizer, em hanasmussianos.
Quem quiser conseguir a libertação final deve morrer de instante em instante. Somente quando o “mim mesmo” morrer, é que nos converteremos em Anjos perfeitos.
Existem três classes de tantrismo: branco, negro e cinza. O maithuna com ejaculação do Ens Seminis caracteriza o tantrismo negro. O maithuna praticado às vezes com ejaculação do Ens Seminis e, às vezes sem ejaculação caracteriza o tantrismo cinza.
No maithuna praticado sem ejaculação, Devi Kundalini sobe pelo canal medular desenvolvendo os poderes divinos e nos convertendo em anjos. No maithuna praticado com a ejaculação do sêmen, a Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes, ao invés de subir, baixa, precipita-se desde o osso coccígeo até os infernos atômicos do homem, convertendo-se na cauda de satã. O maithuna, às vezes praticado com ejaculação e em outras vezes praticado sem ejaculação, é algo incoerente, mórbido, bestial, que só serve para fortalecer o ego lunar. Os tantristas negros desenvolvem o abominável órgão Kundartiguador. É necessário saber que esse órgão fatal caracteriza a mesma cauda de satã.
Em tempos que se perdem na noite profunda de todas as Idades, o pobre “animal intelectual” compreendeu sua triste condição de ser uma pequena máquina necessária para a economia da natureza, e, por causa disso, desejou morrer. Por causa disso, foi necessária a intervenção de certos indivíduos sagrados que cometeram o erro de dar a este triste formigueiro humano o abominável órgão Kundartiguador.
Quando o “animal intelectual” esqueceu sua triste situação de “maquininha” e se apaixonou pelas belezas deste mundo, o abominável órgão Kundartiguador foi eliminado. No entanto, desgraçadamente, as más consequências desse órgão tornaram-se indeléveis e ainda permanecem depositadas nos cinco cilindros da máquina.
O primeiro cilindro é o do intelecto e se encontra no cérebro. O segundo é o das emoções e reside no plexo solar, na altura do umbigo. O terceiro é o do movimento que tem base na parte superior da espinha dorsal. O quarto é o do instinto, que se encontra na parte inferior da espinha dorsal. O quinto é o do sexo, que reside nos órgãos sexuais.
As más consequências do abominável órgão Kundartiguador estão representadas por milhares e milhões de pequenos eus animalescos, perversos. No “animal intelectual”, não existe um centro único de comando nem tampouco um eu ou ego permanente. Cada ideia, sentimento, sensação, cada desejo, cada “eu desejo tal coisa”, cada “eu desejo outra coisa”, “eu amo”, “eu não amo” representa um eu diferente.
Todos esses pequenos e briguentos eus lutam entre si pela supremacia da máquina, eles não estão unidos entre si e também não estão coordenados. Cada um deles depende das mudanças das circunstâncias da vida e das alterações de impressões. Cada pequeno eu tem suas próprias ideias, seu próprio critério. Não existe uma verdadeira individualidade no pobre “animal intelectual”. Seus conceitos, atos e ideias dependem do eu que, no momento, esteja dominando a situação.
Quando um eu se entusiasma pela Gnosis, jura lealdade eterna a nosso Movimento Gnóstico. No entanto, esse entusiasmo dura até que outro eu, contrário a esses estudos, tenha o poder de atuação. Então, vemos, com assombro, que a pessoa se retira da Gnosis e até se volta como nossa inimiga.
O eu que hoje jura amor eterno a uma mulher, logo após, é deslocado por outro eu que nada tem a ver com tal juramento; então, a mulher sofre uma grande decepção. Depois, automaticamente, segue-se outro eu, apesar de alguns deles aparecerem sempre acompanhados de outros. Não obstante, não existe, entre os eus, nenhuma ordem ou sistema.
Cada um desses eus crê, em um momento dado, ser o todo, mas não é mais do que uma ínfima parte de nossas funções, ainda que o eu tenha a impressão de ser a totalidade, a realidade, o homem completo. O curioso é que damos crédito ao eu que atua em dado momento, mesmo que, instantes depois, seja deslocado por outro eu. O ego lunar é uma soma de eus que devem ser eliminados de forma radical.
É preciso saber que cada um dos cinco cilindros da máquina possui suas características próprias, que jamais devemos confundi-las. Entre os cinco centros da máquina, existem diferenças de velocidade. As pessoas elogiam muito o pensamento, mas, em realidade, o centro intelectual é o mais lento de todos. Depois, muito mais rápidos, temos os centros instintivo e o centro do movimento ou motriz, que possuem, entre si, mais ou menos a mesma velocidade. O mais rápido de todos é o centro sexual seguido em ordem de rapidez pelo centro emocional. Existe uma grande diferença de velocidades entre cada um dos cinco centros da máquina.
Estudando os eus em nós mesmos através da auto-observação, veremos, à simples observação, que o centro do movimento é mais veloz do que o centro do pensamento; que qualquer emoção é mais rápida do que qualquer movimento ou pensamento.
Os centros motor e instintivo são, cerca de trinta mil vezes, mais rápidos do que o centro intelectual. O centro emocional, quando trabalha na velocidade que lhe é própria, é trinta mil vezes mais rápido que os centros motor e instintivo. Cada um dos diversos centros tem um tempo completamente diferente.
A velocidade dos centros explica um grande número de fenômenos bem conhecidos que a Ciência ordinária e tradicional não pode explicar. Basta recordar a assombrosa velocidade de certos processos psicológicos, fisiológicos e mentais.
Cada centro está dividido em duas partes: uma positiva e outra negativa. Esta divisão é particularmente clara para os centros intelectual e instintivo. Todo o trabalho do centro intelectual divide-se em duas partes: afirmativa e negativa, sim e não, tese e antítese.
No centro instintivo, existe a mesma luta, porém é entre o que é agradável e o que é desagradável: sensações agradáveis e desagradáveis, que estão relacionadas com os cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. No centro motor ou do movimento, existe uma luta entre o movimento e o repouso. No centro emocional, existem emoções agradáveis e desagradáveis. A alegria, a simpatia, o afeto, a confiança em si mesmo, etc. são positivas. Quanto às emoções desagradáveis, podemos citar o aborrecimento, o ciúme, a inveja, a cólera, a irritabilidade e o medo, que são totalmente negativas. No centro sexual, existem, em eterno conflito, a atração e a repulsão, a castidade e a luxúria.
O “animal intelectual” sacrifica seus prazeres, se for necessário, mas é incapaz de sacrificar seus próprios sofrimentos. Quem quiser dissolver o eu pluralizado deve sacrificar seus próprios sofrimentos. Os ciúmes produzem sofrimentos, e, quando aniquilamos os ciúmes, acaba-se com o sofrimento, pois a dor é sacrificada. A ira produz dor. Quando eliminamos a ira, sacrificamos e destruímos a dor.
É necessário auto-observar-se de momento em momento, pois o eu pluralizado trabalha em cada um dos cinco centros da máquina. Às vezes, é um eu do centro emocional que reage colérico, ciumento ou invejoso; às vezes, são os preconceitos e as calúnias do centro intelectual, com toda fúria, atacando violentamente; noutras vezes, são os hábitos perversos e equivocados que nos levam ao fracasso, etc.
Cada centro tem quarenta e nove regiões subconscientes, e, em cada uma dessas regiões, vivem milhões de eus que precisamos descobrir através da meditação profunda. Quando nos autodescobrimos e tomamos consciência das atividades dos eus nos cinco centros da máquina e nas quarenta e nove regiões subconscientes, então, despertamos a Consciência. Conscientizar-se de todos os processos dos eus nos cinco cilindros da máquina é o mesmo que tornar consciente o subconsciente.
Resulta impossível eliminar os diferentes eus, se antes não forem compreendidos conscientemente nas quarenta e nove regiões do subconsciente. Podemos trabalhar com Prosérpina, a Rainha dos Infernos, para eliminar eus, sob a condição de, primeiramente, compreendermos o defeito que queremos extirpar (ver capítulo oito). Prosérpina só elimina os eus que personificam os nossos defeitos que foram compreendidos integralmente.
É impossível alguém atingir o Atma Vidya, sem antes se conhecer a si mesmo. Nosce te ipsum: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”. Conhecer as atividades dos cinco cilindros da máquina, em todos os quarenta e nove corredores ou regiões subconscientes de Jaldabaoth, significa conhecer-se a si mesmo, tornar consciente o subconsciente, autodescobrir-se.
Quem quiser subir deve primeiro baixar. Quem quiser chegar ao Atma Vidya deve primeiro baixar aos seus próprios infernos atômicos. O erro de muitos estudantes do Ocultismo é querer primeiro subir, sem antes haver baixado.
Na convivência com as pessoas, os nossos defeitos se afloram espontaneamente, e, se estivermos alertas, descobriremos de qual centro procedem. Então, por meio da meditação, descobriremos cada eu em todas e em cada uma das quarenta e nove regiões subconscientes. Só quando o eu morrer totalmente, atingiremos o Atma Vidya, a iluminação absoluta.
SACRIFÍCIO
O sacrifício sáttvico é feito, segundo os mandamentos divinos, concentrando-se no culto, somente pelo culto, por homens que não desejam o resultado.
O sacrifício rajásico é feito por meio da tentação, quando se desejam os resultados ou frutos.
O sacrifício tamásico é feito sempre contra os mandamentos, sem fé, sem os mantras, quando não se tem caridade com ninguém, sem amor à humanidade, sem oferecer o óbolo sagrado aos sacerdotes ou gurus, etc.
O Terceiro Fator da Revolução da Consciência é o Sacrifício, mas aqui se trata do sacrifício sáttvico, sem desejar os frutos da ação, sem desejar recompensa. Trata-se do sacrifício desinteressado, puro e sincero da pessoa que dá sua vida para que outros vivam, mas sem pedir nada como recompensa.
O leitor deve voltar a estudar a lição de Virgem, no capítulo seis, para que compreenda bem o que são as três gunas da Prakriti, denominadas de: sattva, rajas, e tamas.
A lei do Logos Solar é o Sacrifício. O Logos se crucifica no Amanhecer da Vida, em todo novo mundo que surge do Caos para que todos os seres tenham vida, e a tenham em abundância. Todo aquele que chegou ao “segundo-nascimento” deve sacrificar-se pela humanidade, deve levantar a tocha bem alto para ensinar aos outros o caminho que conduz à Luz. Aquele que se sacrifica pela humanidade atinge a “iniciação Venusta”. É urgente saber que a “iniciação Venusta” é a encarnação do Cristo no homem. Quem encarna o Cristo em si mesmo tem que viver todo o drama cósmico.
A “iniciação Venusta” tem sete graus, começa com o acontecimento de Belém e termina com a morte e a ressurreição do Senhor. Quem alcança a “iniciação Venusta” converte-se em um Cristo também. Só por meio dos Três Fatores da Revolução da Consciência, é possível se chegar à “iniciação Venusta”.
PRÁTICA
O signo de Aquário governa as panturrilhas. Os brasileiros chamam as panturrilhas de “barrigas das pernas” e não se equivocam, porque, certamente, as panturrilhas são ventres magnéticos maravilhosos.
As forças que sobem da Terra, depois de passarem pela peneira dos pés, chegam às panturrilhas, em seu caminho ascendente, onde se encontram com as forças que descem do alto, do céu, de Urano. As forças que sobem e as que baixam, quando se encontram, magnetizam de forma intensa as panturrilhas; por isso, as panturrilhas encontram-se carregadas de erotismo. Agora fica explicado o porquê de os “animais intelectuais” sentirem-se tão atraídos pelas panturrilhas bem formadas das mulheres.
Durante o signo de Aquário, os discípulos devem fazer passes magnéticos com suas duas mãos sobre as panturrilhas, de baixo para cima, com o propósito de magnetizá-las poderosamente. Devem manter o vivo anelo de carregar as panturrilhas com as forças extraordinárias da constelação de Aquário. Esses passes magnéticos devem ser combinados com a seguinte oração:
ORAÇÃO
Força passa, força passa, força passa, penetra em meu organismo, sobe para unir-te com tua irmã, a corrente que vem do alto, do céu, de Urano.
Urano e Saturno são os planetas que governam a constelação de Aquário. Urano é um planeta totalmente revolucionário. Por isso, os reacionários, conservadores, regressivos e retardatários não podem entendê-lo.
Entre os minerais de Aquário destaca-se, especialmente, o urânio e o chumbo.
As pedras de Aquário são a safira e a pérola negra, sendo que, embora esta última seja muito difícil de ser encontrada, isso não é impossível. Não aconselhamos às mulheres de Aquário que se casem com um homem taurino, porque desgraçarão todas as suas vidas(6).
Os nativos de Aquário têm grande disposição para as Ciências Naturais, Medicina, Química, Botânica, Astrologia, Biologia, Astronomia, etc.
A seus modos, os aquarianos são revolucionários, tanto em suas vidas, costumes, em seus lares, fora de suas casas, etc.
Os nativos de Aquário destacam-se como paladinos, alguns em grandes proporções, outros em pequenas proporções, mas todos têm uma marcada tendência para serem paladinos.
Aquário é o signo do Gênio, onde Saturno, o Ancião dos Céus, traz a profundidade que lhe caracteriza. Por outro lado, Urano, o planeta revolucionário, lança seus raios sobre a espécie humana.
Os aquarianos de tipo superior são altruístas, filantropos, bondosos, fiéis na amizade, sinceros e sabem selecionar suas amizades por instinto. Por intuição, eles conhecem as pessoas, querendo sempre a fraternidade e o humanitarismo.
O aquariano de tipo inferior é desconfiado por natureza, amante do retiro exagerado; dedica a sua inteligência, somente, às coisas do mundo físico, a seus problemas, seus assuntos e a tudo o que é sensível e material.
O aquarianos de tipo superior são precisos em suas coisas, concentrados, profundos, perseverantes e maravilhosos. As mulheres de Aquário são boas esposas, boas mães, porém gostam de estar fora de casa, e isso aborrece muito os maridos, sobretudo se eles forem do signo de Touro.
(6) Nota do Editor. Em obras posteriores, o Mestre deixou de insistir sobre a questão da comida, particularmente o Vegetarianismo, do qual era adepto e que, posteriormente, o abandonou. Isso, por considerar que não se deve fazer da cozinha uma religião. De igual forma, também, não insistiu sobre a incompatibilidade dos signos astrológicos para formar matrimônio. Ele falou que não se deveria fanatizar sobre a questão, pois o casal poderia lograr a felicidade, amparando-se no imenso poder de Deus, independentemente dos signos aos quais pertenciam os cônjuges.
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