LEÃO: 22 de Julho a 23 de Agosto.
O signo de Leão governa a Intuição. Devemos libertar nossa Mente de toda classe de escolas, teorias, partidos políticos, conceitos, desejos, emoções, paixões, etc.
Do intelectualismo sem espiritualidade, resultam os patifes. Os patifes passeiam pelos elegantes salões, bebem licores de toda espécie, e todo mundo os aplaude e os admira. Os patifes chamam-se doutores, bacharéis, intelectuais, etc. Os patifes se apropriaram do mundo, e todos os governos da Terra caíram em suas garras. Os patifes são os pedantes intelectuais da época. Os patifes foram sempre os inimigos dos sábios.
Nossos discípulos devem abandonar toda classe de velhacarias. Nossos discípulos devem cultivar a Intuição, que reside no Coração. A Intuição é percepção direta da verdade, sem o processo deprimente dos raciocínios e das opiniões.
Os nativos de Leão são como o leão: bondosos e valentes.
Os nativos de Leão são místicos e gostam de mandar.
Os nativos de Leão sofrem muito.
Os nativos de Leão são magnânimos e bondosos.
Os nativos de Leão se irritam com facilidade e se encolerizam facilmente.
As plantas de Leão têm seus frutos em forma de coração, bem como suas folhas; são de fogo.
Defeitos comuns de Leão: altaneiro, orgulhoso, infiel, tirano, iracundo, sentimental...

Orgulho, majestade e o mando são os atributos do Rei dos animais, que é honrado e digno, mesmo estando no cativeiro; isto é manifesto nos nativos deste signo, como se vê na pintura correspondente. Assim como o leão da lâmina (dominando todo o cenário, mesmo quase sem pertencer a ele), os leoninos desejam ser admirados, notados. Gostam de chamar a atenção, e não gostam de obedecer, pois sempre querem ser os cabeças, os chefes.
O quinto signo zodiacal corresponde à força solar, à vontade, ao fogo, à luminosidade que vem desde Gêmeos até Câncer. Está ligado aos sentimentos e emoções.
Na Alquimia, corresponde à fixação do enxofre, resultando assim, como o fogo filosófico; tanto é que o metal dos leoninos, o OURO, é denominado de “o leão dos metais”. Essa transição do enxofre fixo ao enxofre volatilizado, é chamado de passagem da terra que se transforma em fogo: assim, o leão simples corresponde a terra, e o leão alado, ao fogo.
O doador da vida e de tudo (o SOL), é seu regente. É formidável o conúbio mostrado por JOHFRA, do Sol com o Plexo Solar do leão, pois o Plexo Solar é a grande central biológico-eletro-magnética do organismo humano. Um plexo solar débil, denota fraqueza em todos os cinco centros do organismo, ou da máquina humana; se é poderoso, tudo funcionará efetivamente, em altas voltagens.
A atração de Leão pelo sexo oposto é muito notável, daí a luta ser necessária para consigo mesmo, como o lutador que enfrenta corpo a corpo um leão, sem armas.
“O Sol ilumina a todos, Justiça é Liberdade”, parecem ser os emblemas de tais nativos, pois amam muito a verdade.
Leão governa o CORAÇÃO, habitáculo do ÍNTIMO, e a meta de todo Iniciado é coroá-lo com a Coroa de KETHER, tal como se vê acima, na lâmina. Porém, isso só se logra, após a passagem pela “prova da coroa de espinhos”: o coração, que reveste o Íntimo, ascendendo com o discípulo, é um coração sangrando, pois ao final da senda se chega com os pés banhados com o sangue do coração.
A luta é tenaz e não termina senão com a MORTE QUE VENCE A PRÓPRIA MORTE. A Lira de Orfeu, que apazigua o coração, não é outra coisa que a persuasão com as palavras, e este é um atributo de Leão tem a facilidade de expressão, e pode convencer de que “mesmo sendo dia há escuridão”.
Como as palavras são a expressão de Deus em nós, e Deus é o Verbo, toda a falsidade nas palavras é uma afronta ao Pai; por isso, O QUE MENTE, PECA CONTRA O PAI, que é a Verdade.
Ao fundo, o grande rio das Águas Vivas, que mostram duas sendas: a SENDA ÚMIDA, na Castidade Cientifica, ou seja, a união entre os dois sexos, e a SENDA SECA, que é o trabalho dos solteiros (o casado sabe usar sabiamente as duas sendas). Aqui, recordamos que O QUE FORNICA PECA CONTRA O ESPÍRITO SANTO, que é a Fonte da Vida.
As notas da Lira têm que ser tocadas com amor, para que suas vibrações sejam totalmente harmônicas, pois o Amor é a força mais poderosa do Cosmos, posto que emana do coração do Logos Solar (e também do Logos Cósmico mais elevado); então, O QUE ODEIA, PECA CONTRA O FILHO, que é Amor.
A intrínseca relação que se vê entre o Sol e o Leão é vista na tradição alquímica do “leão jovem”, que é o Sol Nascente, e do “leão velho”, que é o Sol em seu ocaso.
O “leão selvagem” representa os instintos soltos e incontrolados; o “leão vitorioso” representa a virilidade exaltada; e o “leão domado”, a vida existencial e civilizada.
Segundo Jung, o leão selvagem é o indicio de nossas paixões latentes, e pode aparecer também como o indicio de ser devorado pelo inconsciente. A leoa selvagem representa a MAGNA MATER.
O uso de insultos, maledicências, difamações, desafios, etc., desenvolve a ação de um impulso centrifugo, que, ao ir de dentro para fora, faz contato com a Energia Criadora que responde de imediato no Plexo Solar, irradiando essa força, de maneira que toda ela é expelida para fora, resultando que toda pessoa que usa mal o seu verbo, para ameaçar, insultar, é sempre um fornicário irredento, pois as Águas da Vida são compelidas a sair. O ódio é “expulsor” por excelência e se se guarda qualquer tipo de rancor, vai-se expelir mais ainda a Essência Vital.
Os GIRASSÓIS são os elementos de Leão e do Sol; eles estão sempre apontando para o astro rei. Invoquemos aos elementais dos girassóis para que nos ensinem a irradiar nossa atenção, de segundo em segundo, ao nosso Sol Interior.
N. do E.: Bem, além deste, que é o símbolo mais óbvio do sol, também temos as palmeiras e a outra árvore que acho que é uma laranjeira.
O importante nessa vida não é sonhar com a mais alta “magistratura”, por amor a si mesmo, senão em converter-se em um melhor servidor, aniquilando dentro de si toda a perversidade. O leonino para acabar com seus defeitos deve invocar a Michael, ao elemento fogo e sentir-se rodeado de uma aura ígnea dourada.
N. do E.: O Fogo, como é dito, é o elemento característico do Signo de Leão e contorna toda a pintura criando uma moldura. No canto Inferior direito temos uma árvore oca que possui uma criança em seu interior, um símbolo que abre caminho para diversas interpretações, entre elas, o nascimento alquímico. De fato, o fogo, nesta obra, parece representar o fogo sexual que realiza o nascimento alquímico, note que em meio ao fogo estão diversas figuras femininas, que corroboram para a interpretação sexual deste simbolismo.
N. do E.: O simbolismo do sol aparece em diversas partes neste quadro, assim como o selo do sol, o símbolo do sol, símbolo de Michael, símbolo de Och (espírito olímpico), o símbolo de Leão e muitos outros.
DEFEITOS
(entre eles, citamos alguns):
Ambição; persistência nas opiniões; fanfarronice; despotismo; caráter dominante; infidelidade no matrimonio e na amizade; falta de escrúpulos; impulsividade.
LEÃO E O AMOR:
O pomposo e solar Leão é tão orgulhoso que nem sequer à ternura se rende; requer, para seu companheiro, alguém que se tenha distinguido em algo. São generosos, extrovertidos, apaixonados, isso tudo quando encontram aspectos de configurações superiores; pelo contrário, serão grosseiros, sensuais e passionais. De qualquer maneira, sua força passional é forte, grande, e só lhes importa a si mesmos. Infiel por natureza, desde o âmbito profissional até o amoroso e de amizades. Quando se entrega a algum amor, o faz desmedidamente, com toda sua força vital solar: tomará e dará tudo a sua amada.
Quando falha no amor, sente-se muito infeliz.
O HOMEM DE LEÃO
Tem tudo muito bem calculado, é inflexível, e se enaltece por isso, pois o Rei, “com ou sem fortuna”, permanecerá sendo Rei. Todos são seus súditos, mesmo os seres mais queridos; tudo deve sair do modo que mandou e exige respeito, adaptação e obediência, onde quer que seja. Nada do que recebe é o suficiente para este monarca, nem mesmo o amor.
O triunfo é seu anelo, e quer desfrutar dos próprios êxitos, “até mesmo aqueles que não são seus”. É um homem bastante generoso, e que pode se exceder nessa e em outras coisas mais; não é traiçoeiro, e se surpreende com tais atos. Pode e sabe perdoar com facilidade, mesmo que a fúria em seu passo pareça aniquilar tudo. Pode ter suas pequenas aventuras, as quais estão definitivamente proibidas para seu cônjuge, pois não pode manchar sua honra leonina com escândalos.
A MULHER DE LEÃO
Intensamente felina em seu rosto, nas suas ações, no seu andar, denota por toda parte graça, discrição, altivez e majestade leoninos. Apreciadora de tudo o que realce seu porte de rainha, agrada-a rodear-se de pessoas, e andar em lugares onde possa ser admirada. Aprecia em seu natural ambiente de vida social, os banquetes, as cerimônias, o conforto e a luxuosa estética.
Sabe dominar a seu cônjuge com todas as armas femininas de que dispõe, pois, ela é a que sempre manda, o que invariavelmente o faz. Requer que seu marido professe sua máxima admiração (e, claro, tem que poder admirá-lo muito, do contrário, tudo se acabará). O orgulho poderá obscurecer sua dignidade senhorial, e sempre evitará ofuscar sua presença galharda, admirada e magnífica, de tal modo, que cada passo o tem dado muito bem. O marido necessita ser forte e fiel; do contrário tudo se acabará.
Seu estado de ânimo, geralmente alegre e simpático, pode ver-se de pronto arrebatado por um impetuoso ataque de ira, devastador e cruel, a ponto de poder levá-la a intensas crises nervosas. Enfim, é esposa amorosíssima, formidável mãe e dona-de-casa, de onde irradiará um ambiente principesco.
LEÃO E OS DEMAIS SIGNOS:
COM ÁRIES: Ambos têm repentinos ataques de ira intensa, que afetarão suas relações, dada a agressividade dos dois; porém, como é um casal que gosta de se destacar perante os outros, nesse aspecto progredirão muito bem. Ambas as paixões se complementam, mas, para que o casal seja completo, é melhor que o homem seja do signo de Leão, e que mande no lar.
COM TOURO: Quando tais signos se encontram, homem e mulher se amam avassaladoramente: a atração e o complemento sexual são muito intensos, e o único inimigo que pode levá-los Às ruínas são os CIÚMES. No entanto, Leão não encontra em Touro a satisfação de suas ambições totais, de poder, etc., o que pode entorpecer a harmonia, a não ser que Touro seja ressonante a esses “anseios”.
COM GÊMEOS: Aqui se manifesta no casal a luta entre coração e cérebro; se se desejar o inteiramento nesse matrimonio, Gêmeos deve ceder a Leão, deixando-se cativar.
COM CÂNCER: Aqui se unem a Lua e o Sol, o passivo e o ativo; mesmo que o Rei leonino não alcance o entendimento do recôndito romantismo, do canceriano, como um verdadeiro pai saberá, bondosamente acolher ao necessitado Câncer. Boa dupla, especialmente se o leonino for homem.
COM LEÃO: São dois que lutam pelo trono, possessão e mando; necessitam ceder, cada um, um pouco, e pôr cada coisa em seu lugar, para que o coração de ambos obtenha as melhores relações matrimoniais. Serão de um êxito total, se conseguirem admirar-se mutuamente.
COM VIRGEM: Grande união; Virgem tem o porte digno que encanta a Leão; a inteligência de Virgem e a potência de Leão os farão alcançar as posições que satisfaçam a ambos, em especial ao Rei leonino. Urge que Virgem aquiete sua língua, cheia de críticas, para não molestar a seu Leão.
COM LIBRA: Bom casal, dão e recebem elogios, identificam-se no amor, Às honras e ao formoso e belo. Libra dá entusiasmo sentimental, o que modifica as “loucuras espontâneas” de Leão. Para o bom êxito do casal, o leonino necessita acabar com o defeito do “eu” possessivo.
COM ESCORPIÃO: Difícil união, pois ambos são ciumentos e críticos; porém, quando juntos, são sensuais e apaixonados, suas relações amorosas serão fortes. Porém, Escorpião deve acabar com o defeito de ser exigente e absorvente, não pretender amoldar o companheiro (ou companheira), a seu modo.
COM SAGITÁRIO: Boa combinação; harmoniosos, extrovertidos, brilhantes, afáveis, magnéticos, etc., dotes estes que podem acabar com a monotonia de qualquer casal. Convém que se estudem e acabem com o ego do “mando”, para assegurar sua felicidade.
COM CAPRICÓRNIO: Mau casal; a tenacidade, a frieza e a lentidão capricorniana molestam em excesso ao ágil Leão. Ademais, Leão quer alguém que seja sua “cópia”, que brilhe e se destaque, o que não é especialidade do capricorniano. Difícil compenetração, por terem caracteres diferentes.
COM AQUÁRIO: São os opostos que, uma vez unidos, resultam altamente afins; formidável compenetração sexual. Leão necessita acabar com seu ego da crítica, da exigência, e renunciar a que o aquariano se entregue mentalmente a ele. Aquário poderá apoiar-se na segurança do leonino e o fará com muito gosto.
COM PEIXES: Péssima união; há profundas diferenças, mas ambos tem a suficiente coragem para acabar com os defeitos que produzem as divergências e lograr uma união muito boa, porque o romantismo de Peixes, sua etérea e fluídica imaginação, podem admirar a ousadia de Leão.
Querido discípulo, hoje entramos no período da constelação de Leão, que é o coração do Zodíaco e o trono do Sol. Leão é a morada dos “Filhos da Chama”, mencionados na Bíblia como Tronos. Leão é a casa dos quatro Kumarás, a casa do Sol, e governa o coração.
As forças que descem e que sobem da terra em forma de triângulo encontram-se no coração. Elas se misturam e se entrelaçam, formando o Selo de Salomão. O coração é a sagrada câmara da bendita Deusa Mãe do Mundo e até ele chega a princesa inefável da Kundalini, “Hadit”, a Serpente Alada do deserto.
A cruz da Iniciação é entregue no Templo-Coração. A Kundalini é o laboratório onde trabalha o coração. Os fogos desse órgão servem para controlar aos fogos espinhais. A Kundalini ascende de acordo com os méritos do coração e evolui e progride dentro da aura do Logos Solar.
O coração é o órgão mais sensível de nosso organismo. Dentro de suas finas membranas, registram-se até os movimentos sísmicos mais longínquos do mundo.
O coração é o sagrado templo do Mestre Interno. O Mestre Interno nos fala em forma de intuições. Se o homem obedecesse a esses pressentimentos ou intuições, viveria sem problemas. O homem rebela-se contra a voz do Mestre Interno e cria problemas para si mesmo.
Dentro de nós há dois homens que vivem em eterna luta, um contra o outro. Dentro de nós há um homem-celestial e um homem-animal. Este quer resolver todas as coisas por conta própria e atua como melhor lhe parece. Aquele fala através de intuições, por meio da voz do silêncio e seus atos sempre são retos e geram felicidade. O homem-animal é a mente, que reside na cabeça, com seus sete portais. O homem-celeste é o Mestre Interno.
O Mestre Interno ordena e a mente não lhe obedece, querendo resolver todas as coisas por sua própria conta e atuar como melhor lhe parece, sem levar em conta, para nada, as ordens do Mestre Interno. Como consequência disso, surgem, necessariamente, a dor e a amargura, que são o resultado da ação errada e do esforço inútil.
Ditosos aqueles que só se movem através da voz do silêncio. Para eles nunca faltará pão, abrigo e refúgio, viverão sem problemas e terão a bem-aventurança. O cocheiro deve dominar bem o potro errante da mente, para que ela não lance seu carro ao abismo.
O Mestre Interno é a divina testemunha que está sentada no trono do Templo-Coração. A Essência interna do Mestre é a felicidade absoluta e a onisciência ilimitada. O Mestre Interno é “simples”, tudo mais é composto.
A natureza eterna vive mudando, mas o Mestre Interno é imutável. Por isso, o Mestre pode se livrar da natureza. A natureza lança suas sombras sobre o Mestre Interno que está além de todas as sombras. Quando a Alma e o Mestre Interno se fusionam, então, se liberta da natureza e penetra na suprema felicidade da existência absoluta. Esse estado de felicidade é chamado de Nirvana. Chega-se ao Nirvana através de milhões de nascimentos e de mortes, mas também por meio de um caminho mais curto, que é o caminho da Iniciação. O iniciado, quando quer, chega ao
Nirvana em apenas uma vida. “Apertada é a porta e estreito é o caminho que conduz à Luz, e são muito poucos os que o encontram”.
Existem sete santuários iniciáticos no mundo astral, e, se o discípulo quiser progredir nesta senda, tem que procurar um Mestre.
“Quando o discípulo está preparado, o Mestre aparece. “Cuidai-vos dos falsos profetas”. Não aceite mestres externos, do plano físico. Aprendam a sair em corpo astral e, quando estiverem práticos no astral, escolham um autêntico Mestre de Mistérios Maiores da Branca Irmandade consagrando-lhe a mais absoluta devoção e o mais profundo respeito. No mundo físico, vocês devem ter com muito cuidado, pois existem muitos falsos profetas. “Não aceitem ordens externas de ninguém. Obedeçam somente às ordens que damos desde o mundo astral”.
No mundo físico, existem muitos iniciados em mistérios menores, bons e sinceros, mas, como, ainda, não se fusionaram com seus Mestres Internos, são também “mortos-vivos”. Consequentemente, cometem até gravíssimos erros que podem extraviar o estudante, levando-o ao Abismo.
Quando nós queremos ser reconhecidos no mundo físico para algum estudante, primeiro damos “sinais” e “provas” no mundo astral. Todavia, tomem muito cuidado, vivam alerta e vigilantes como o vigia em época de guerra, porque nestes tempos, o Anticristo faz sinais e prodígios enganosos.
“Sede simples como as pombas e maliciosos como as “serpentes”. Sede mansos e humildes, mas, quando se tratar da verdade, sedes fortes em pensamento, palavra e obra. Quanto mais alto estejais, mais terrível será uma queda. Cuidai-vos, pois, de não cair, porque o discípulo que se deixar cair, posteriormente, terá que lutar muito para recuperar o que foi perdido”. Estas regras são muito simples, mas tremendamente importantes.
Eu conheci muitos iniciados de mistérios menores que conheceram e aceitaram falsos profetas do mundo físico e, por isso, caíram no terrível Abismo.
Eu ensino o estudante a viajar em corpo astral para que não se deixe enganar. O estudante que se deixa enganar é porque não sabe “sair em corpo astral”.
Todo aquele que trata de ridicularizar nossos sagrados templos e nossas sagradas iniciações ainda é um “morto-vivo”. Não o escute, pois é muito perigoso.
Muitos pensam que podem chegar ao Nirvana sem passar por nenhuma Iniciação. Esses são os “mortos-vivos”, seguidores da senda espiral da vida. Somente através de milhões de vidas e de mortes chegarão ao Nirvana. Porém, há outros “mortos-vivos”, que querem se fusionar, rapidamente, com seus Íntimos, mas vivem zombando de nossas sagradas iniciações. Eles são os mais perigosos, porque pisaram na senda e depois vivem zombando da senda. Essa é a classe de insultadores mencionada por Victor Hugo como os profanadores dos templos.
Eles querem rapidamente a integração com o Íntimo, sem terem passado pelas nove iniciações de mistérios menores. É como alguém querendo se formar em Medicina, sem ter cursado todos os anos regulamentares da Universidade de Medicina; ou querendo ser general, sem ter passado por todos os graus militares. Todas as Iniciações são recebidas nos templos do mundo astral, mas a escola é a própria vida.
Durante o período do signo de Leão devemos atuar sobre o coração, por meio da meditação. A meditação interna possui três fases:
1.ª) Concentração perfeita;
2.ª) Meditação perfeita;
3.ª) Samadhi perfeito.
É preciso concentrar a mente no Mestre Interno e meditar na sua majestade. É essencial que se fale com o Mestre Interno, até ouvir sua voz e dialogar com ele sobre coisas inefáveis... Isto é denominado de “Samadhi”. A concentração é uma técnica. A Mestra Helena Blavatsky, na página 17 de sua obra “Voz do Silêncio”, diz textualmente o seguinte:
“Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) deverá ser tão surda aos rugidos, como aos murmúrios, aos bramidos do elefante e ao argênteo zumbir do vaga-lume dourado. Antes que a Alma possa compreender e recordar, deve estar unida ao „falante silêncio ‟, da mesma maneira que a forma dada pela argila que é unida primeiramente à mente do oleiro. Nesse caso, então, a Alma ouvirá e recordará. Então, a voz do silêncio falará ao seu ouvido interno”.
Portanto, durante este período do signo de Leão devemos praticar, especialmente, a meditação interna. Eu aconselho a vocês, meus discípulos, a praticarem a meditação interior, naqueles instantes em que se sintam mais predispostos ao sono. Vocês devem dominar totalmente o potro errante da mente, controlando toda e qualquer reação da mente, diante das coisas e dos sons produzidos no mundo físico.
O Mestre Interno não é a mente. O Mestre Interno não é a emoção. O Mestre Interno não é a vontade; o Mestre Interno não é a Consciência, nem sequer a inteligência. O Mestre Interno é a divina testemunha. O Mestre Interno é o Ser. O Mestre Interno é o Íntimo. Por isso, mergulhado em profunda meditação interna, diga:
NÃO ISTO! NÃO ISTO! NÃO ISTO! SOU ELE! SOU ELE! SOU ELE!
Seja exigente com seu Mestre Interno, pois Ele deve lhe ensinar as coisas mais inefáveis. Se a concentração for intensa, então, você penetrará nas maravilhas do Cosmo e aprenderá coisas impossíveis de serem descritas com palavras.
Durante este período do signo de Leão, vocalize diariamente a vogal O para despertar o chacra do coração.
Entre o Sol e Mercúrio, existe um planeta secreto de onde emana a vida de tudo o que palpita no mundo físico. As hierarquias azuis do Sol são a fonte de toda a vida. Os nativos de Leão são enérgicos e bondosos ao mesmo tempo, magnânimos, místicos e autoritários. Os leoninos têm tendência para a ira, e devem lutar muito para dominar esse defeito.
Sendo o signo de Leão o Trono do Sol, anuncia fortuna e posição elevada. O significado oculto de Leão é a intuição. O metal desse signo é o ouro, e a pedra, o diamante. Os nativos de Leão são autoritários e só querem mandar. Esse signo promove algumas viagens. Moralmente, os leoninos sofrem muito.
Annie Besant conta um caso a respeito do Mestre Nanak, que bem vale a pena transcrever:
Naquele dia de terça-feira, ao chegar o momento da oração, amo e criado encaminharam-se para a mesquita. Quando o kari (sacerdote muçulmano) começou as orações, o nabab e seu séquito se ajoelharam, segundo prescreve o rito maometano. No entanto, Nanak permaneceu de pé, imóvel e silencioso. Terminada a oração, o nabab encarou o jovem e perguntou-lhe indignado:
- Por que não tens cumprido as cerimônias da lei? És um embusteiro, um farsante. Não devias ter vindo aqui para ficar como um poste.
Nanak, então, replicou:
- Prostraste o rosto no solo, enquanto a tua mente vagava pelas nuvens, porque estiveste pensando em trazer cavalos de Candar, e não em recitar a prece. Por outro lado, o sacerdote praticava automaticamente as cerimônias de prosternação, ao passo que colocava seu pensamento, imaginando como salvar a burrica que pariu dias atrás. Como eu poderia orar com as pessoas que se ajoelham por rotina e repetem as palavras como um papagaio?
O nabab confessou que, em realidade, estivera pensando, durante toda a cerimônia, projetando a compra dos cavalos. Por outro lado, no tocante ao kari, ele manifestou abertamente o seu desgosto e constrangeu o jovem fazendo-lhe muitas perguntas.
Realmente, é necessário aprender a orar cientificamente. Quem aprender a combinar, inteligentemente, a oração com a meditação obterá resultados objetivos e maravilhosos. No entanto, é urgente compreender que existem diferentes orações e que seus resultados são diferentes. Existem orações acompanhadas de petições, mas nem todas as orações vêm acompanhadas de súplicas. Existem orações antigas que são verdadeiras recapitulações de acontecimentos cósmicos e podemos experimentar todo seu conteúdo, se meditarmos em cada palavra, em cada frase, com verdadeira devoção consciente.
O Pai-Nosso é uma fórmula mágica de imenso poder sacerdotal, contudo é urgente compreendermos profunda e totalmente, o significado profundo de cada palavra, de cada frase e de cada súplica. O Pai-Nosso é uma oração petitória que pretendia falar com o Pai que está em segredo. O Pai-Nosso combinado com a meditação profunda produz resultados objetivos maravilhosos.
Os rituais gnósticos e as cerimônias religiosas são verdadeiros tratados de sabedoria oculta para quem sabe meditar e também para os que compreendem com o coração.
Quem quiser percorrer a senda do coração tranquilo deve fixar o prana, a vida ou força sexual no cérebro, fixando a mente no coração.
É urgente aprender a pensar com o coração e depositar a mente no Templo-Coração. A cruz da iniciação se recebe sempre no templo maravilhoso do coração.
Nanak, o Mestre fundador da religião Sikh na terra sagrada dos vedas, ensinou o caminho do coração. Nanak ensinou a fraternidade entre todas as religiões, escolas, seitas, etc. Quando atacamos as religiões, ou, em particular, alguma religião, cometemos o delito de violar a lei do coração. No Templo-Coração, há lugar para todas as religiões, seitas, ordens, etc. Todas as religiões são pérolas preciosas engastadas no colar de ouro da Divindade.
Nosso Movimento Gnóstico está constituído por pessoas de todas as religiões, escolas, seitas, sociedades espirituais, etc. No Templo-Coração, há lugar para todas as religiões e para todos os cultos. Jesus disse:
Em que vos ameis uns aos outros, provareis que sois meus discípulos.
As Escrituras Sikhs, tais como as de todas as religiões, são realmente inefáveis. Entre os sikhs, Omkara é o Primário Ser Divinal que criou o Céu, a Terra, as águas e tudo o que existe. Omkara é o Espírito Primário Imanifestado e Imperecível, sem princípio nem fim de dias, cuja luz ilumina as quatorze moradas. Ele é o conhecedor instantâneo e o regulador interno de todo coração.
O espaço és tu, Potestade. O Sol e a Lua são tuas lâmpadas. O exército de estrelas, tuas pérolas, ó Pai! A odorífica brisa dos Himalaias é teu incenso. O vento te areja e o reino vegetal te oferece flores. Ó luz! Para ti, os hinos de louvor, ó destruidor do medo! O anatal shadbha (som virgem) ressoa como teus tambores. Não tens olhos, e aos milhares os tens; não tens pés, e aos milhares os tens; não tens nariz, e aos milhares os tens. Esta tua maravilhosa obra nos perturba a razão. Tua luz, ó Glória, está em todas as coisas. De todos os seres, irradia a luz de tua luz. Dos ensinamentos do Mestre, irradia esta luz. És um Arati.
O grande Mestre Nanak, de acordo com os Upanishads, compreende que Brahma (o Pai), é Uno, e que os deuses inefáveis são, tão somente, suas manifestações parciais, reflexos da absoluta beleza.
O “Guru-Deva” é aquele que já é Uno com o Pai (Brahma). Ditoso aquele que tem um “Guru-Deva” por guia e orientador. Bem-aventurado quem encontrou o Mestre de Perfeição. O caminho é apertado, estreito e espantosamente difícil. Necessita-se do “Guru-Deva”, o orientador, o guia. No Templo-Coração, encontraremos Hari, o Ser e o “Guru-Deva”. Agora transcreveremos algumas estrofes sikhs sobre a devoção ao “Guru-Deva”:
Ó Nanak! Reconheça-o como verdadeiro Guru, o bem-amado que te une ao todo... Oxalá que eu pudesse me sacrificar cem vezes ao dia por meu Guru que me converteu em um deus em pouco tempo. Ainda que luzissem cem luas e mil sóis, sem o Guru, reinariam profundas trevas. Bendito seja meu venerável Guru que conhece Hari (o Ser) e nos ensinou a tratar, de igual forma, tanto os amigos como os inimigos.
Ó Senhor! Favorece-nos com a companhia do Guru-Deva, para que, juntamente com ele, possamos nós, pecadores extraviados, fazer a travessia a nado. O Guru-Deva, o verdadeiro Guru, é Parabrahman o Senhor Supremo. Nanak se prosterna ante o Guru-Deva Hari.
No Hindustão, um sanyasin do pensamento é quem serve ao verdadeiro “Guru-Deva” e quem já o encontrou no coração e trabalha na dissolução do ego lunar.
Quem quiser acabar com o ego ou eu deve aniquilar a ira, a cobiça, a luxúria, a inveja, o orgulho, a preguiça e a gula. Só eliminando todos esses defeitos, em todos os níveis da mente, o eu morre de forma radical, total e definitiva.
A meditação no nome de Hari (o Ser) permite-nos experimentar o Real, o Verdadeiro.
É necessário que se aprenda a orar o Pai-Nosso e falar com Brahma (o Pai), que está em segredo. Apenas um Pai-Nosso, bem orado e sabiamente combinado com a meditação, constitui-se numa obra completa de alta magia. Um único Pai-Nosso bem orado é feito ao longo de uma hora ou mais. Depois da oração, é preciso saber aguardar a resposta do Pai e isso significa saber meditar, ter a mente quieta, em silêncio, vazia de todo pensamento, aguardando a resposta do Pai.
Quando a mente está quieta, por dentro e por fora, em absoluto silêncio, depois de se libertar do dualismo, então, advém o “novo”. É necessário esvaziar a mente de toda classe de pensamentos, desejos, paixões, apetências, temores, etc., para que surja em nós a experiência do Real. A irrupção do vazio e a experiência no vazio iluminador só são possíveis, quando a Essência, a Alma ou o Budhata se liberta da “garrafa intelectual”.
A Essência está engarrafada em meio ao tremendo batalhar dos opostos: frio e calor, gosto e desgosto, sim e não, bem e mal, agradável e desagradável.
Quando a mente está quieta e em silêncio, então, a Essência se liberta, proporcionando a experiência do Real no vazio iluminador.
Bom discípulo, ore e, depois, com a mente bem quieta e em silêncio, vazia de toda classe de pensamentos, aguarde a resposta do Pai: Pedi e dar-se-vos-á, batei e abrir-se-vos-á.
Orar é conversar com Deus, e certamente há que se aprender a conversar com o Pai, com Brahma.
O Templo-Coração é casa de oração. No Templo-Coração, as forças que vêm de cima se encontram com as forças que vêm de baixo, formando o selo de Salomão.
É necessário orar e meditar profundamente. É urgente saber relaxar o corpo físico para que a meditação seja correta.
PRÁTICA
Antes de começar as práticas de oração e meditação combinadas, deve relaxar bem o corpo. O discípulo gnóstico deve deitar-se em posição de decúbito dorsal, quer dizer, tendo as costas apoiadas no solo ou numa cama; as pernas e os braços abertos, à direita e à esquerda, em forma de estrela-de-cinco-pontas.
Essa posição de estrela pentagonal é formidável por sua profunda significação, mas as pessoas que, por alguma circunstância, não podem meditar desse modo, que meditem colocando o corpo na posição do homem-morto: calcanhares juntos, pontas dos pés abrindo-se em forma de leque, braços não dobrados, colocados ao longo do tronco. Os olhos devem estar fechados para que as impressões do mundo físico não provoquem distrações. O sono devidamente combinado com a meditação resulta indispensável para o bom êxito da meditação.
É necessário relaxar totalmente todos os músculos do corpo, e depois concentrar a atenção na ponta do nariz, até sentir plenamente o pulso do coração nessa parte do corpo. Depois seguirá com a concentração na orelha direita até sentir a pulsação do coração sobre ela. Em seguida continuará com a mão direita, pé direito, pé esquerdo, mão esquerda, orelha esquerda e, novamente, sentir plenamente a pulsação do coração, separadamente, em cada um desses órgãos onde foi fixada a atenção.
O controle sobre o corpo físico começa com o controle sobre a pulsação. A pulsação do coração tranquilo é sentida, em sua totalidade, dentro do organismo, mas os gnósticos podem senti-la voluntariamente em qualquer parte do corpo, quer na ponta do nariz, em uma orelha, em um braço, em um pé, etc.
Está demonstrado pela prática que, em se adquirindo a possibilidade de regular, apressar ou diminuir a pulsação, pode-se acelerar ou diminuir os batimentos do coração. O controle sobre as palpitações do coração não pode, jamais, vir dos músculos do coração, pois depende totalmente do controle do pulso. Tudo isso se constitui, indubitavelmente, na segunda pulsação ou “grande-coração”. O controle da pulsação ou do “segundo-coração” é adquirido totalmente mediante o absoluto relaxamento de todos os músculos. Através da atenção, podemos acelerar ou diminuir as pulsações do “segundo coração” e as pulsações do “primeiro coração”.
Durante o Samadhi, a Essência ou Budhata escapa da personalidade e se fusiona com o Ser, advindo a experiência do Real no vazio iluminador. Só na ausência do eu, podemos conversar com o Pai, Brahma. Ore e medite para que você escute a voz do silêncio.
Leão é o Trono do Sol, o coração do Zodíaco. Leão governa o coração humano. O Sol do organismo é o coração, onde as forças de cima se misturam com as forças de baixo, para que estas se libertem.
O metal de Leão é o ouro puro. A sua pedra é o diamante e a cor é a amarela. Na prática, pudemos verificar que os leoninos são como o leão: valentes, iracundos, nobres, dignos e constantes. Porém há, também, entre os nativos de Leão, muitas pessoas altaneiras, orgulhosas, infiéis, tiranas, etc.
Os leoninos possuem aptidões para organização, e desenvolvem o sentimento e a bravura do leão. Os seres desenvolvidos deste signo tornaram-se grandes paladinos. O tipo medíocre é muito sentimental e iracundo, e superestima suas próprias capacidades.
No leonino, existe sempre a mística já elevada em estado incipiente, mas tudo depende do tipo de pessoa. Eles estão sempre predispostos a sofrerem acidentes nos braços e nas mãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário