GÊMEOS: 20 de Maio à 21 de Junho.
Os nativos de Gêmeos são de robusta vontade, possuem grande valor, são versáteis e gostam muito de viajar. Suas vidas são uma mescla de êxitos e fracassos. Às vezes vivem com comodidade, e por tempo têm que suportar muita miséria. São muito inteligentes e se irritam facilmente. O defeito dos nascidos em Gêmeos, é querer resolver todas as coisas com a cabeça: querem sempre sossegar a sábia voz do Coração, e então criam-se problemas e dificuldades de toda índole.
As plantas de Gêmeos parecem-se com os braços, costas do ser humano e são do signo do ar. Defeitos comuns de Gêmeos: falsos testemunhos, volúvel, duas caras, mentalista, passional, instável, etc.

Gêmeos e o mistério da dualidade são uma magnífica e mesma coisa. Os pares de opostos (branco e negro, mortal e imortal, etc) se dividem e se separam pela primeira vez; ao iniciar em Áries, logo se intensificando em Touro, as forças se dividem agora pela primeira vezes no zodíaco. As famosas colunas que guardam as portas de entrada dos templos, JAKIN e BOHAZ, os pilares de Hermes, sem dúvida alguma pertencem a estes mistérios. Assim forma-se a Lei do Triângulo, de maneira que este processo voltará de qualquer maneira a incidir sobre o cérebro, no que se relaciona à regência do intelecto e das funções cerebrais em geral.
Os pares de opostos no fundo regem tudo, são o conúbio da força criadora-destrutora da Natureza, do nascimento-morte que se manifesta em toda Criação.
Tal diferença tão marcante faz os geminianos possuidores de uma dupla personalidade, desconcertantes e absolutamente opostas uma da outra. Nos brasões e demais símbolos aparecem as águias (e outros animais) de dupla cabeça; são representantes destes mistérios: tese e antítese, amor e ódio, paz e guerra, nascimento e morte, etc.
MERCÚRIO dá a estes nativos, grande lucidez mental, facilidade de expressão, e são muito diligentes em todas as coisas. O planeta regente, ainda que comande a mente, dando inteligente clara é também símbolo da Energia Criadora Seminal, pelo qual esta lâmina é definitivamente sexual: nus, marido e mulher, ela indicando com usa mão direita à terra, mostrando possessão e necessidade de “baixar”; ele, com a esquerda, indica os céus, mostrando que, após o processo de baixar, há que se ascender, subir; e os dois, com as demais mãos sustentam o Caduceu de Mercúrio, vara sobre a qual se elevam duas Serpentes Aladas de Luz, com as cores alquímicas AZUL e VERMELHO.
Um espelho reflete um figura, se reduzirmos o todo (a multiplicidade) à unidade primordial, regressaremos ao óvulo e ao espermatozoide, às Águas da Vida, das quais somos seu reflexo; eis seu mistério.
No primeiro plano, à nossa esquerda, encontramos o UNICÓRNIO; além de simbolizar a Espada, ou a Palavra de Deus, é o símbolo antiquíssimo da Castidade Cientifica. Normalmente se desenha um cavalo de alva cor, porém uma ou outra forma, a forma simbolizada pelos gnósticos, vai mostrá-lo com corpo branco, cabeça vermelha e olhos azuis (Quem tiver entendimento, que entenda, pois aqui há sabedoria). É o Unicórnio a representação da pura e penetrante força vital, viril, o “SPIRITUS MERCURIALIS”. Mas, mesmo a ambivalência geminiana o mostrará como o símbolo do “MONSTRUM HERMAPHRODITUM”; este símbolo é posto na lâmina com grande sabedoria por JOHFRA, de tal maneira que diga muito.
N. do E.: Bem, além disso, o leão e o unicórnio também representam a duplicidade de Gêmeos na antiga Índia, que aparecem como guardiões dos portões da Cidade Sagrada. Notamos que Johfra simbolizou Gêmeos em diversas culturas e mitologias diferentes em seu quadro. Fonte: “Hein Steehouwer – Simbolismo del Zodíaco de Johfra”
O Leão da Lei é bem conhecido pelos gnósticos, porém não o é muito o CINOCÉFALO, o “símio com cabeça de cão”: este representa, como se afirma na obra “PEDRA FUNDAMENTAL VIVA”, os extratos contidos no interior da terra, as 49 regiões do subconsciente, e a sabedoria da qual se extrai delas. Por isso é um macaco sábio que mede a Terra com o compasso maçônico.
N. do E.: Bem, vamos explicar um pouco melhor essa parte. O CINOCÉFALO, do grego kunoképhalos: "que tem cabeça ou face de cão", é uma representação mitológica, porém não é tão simples entender isso se seguirmos por esse caminho. Vamos nos guiar pelo “macaco que mede o mundo”; Na mitologia egípcia temos Thoth, Deus do Conhecimento e da Sabedoria, que normalmente é representado por um humano com cabeça de íbis (um pássaro). Porém este deus possui outras diversas representações e uma delas é um macaco, e não é qualquer macaco, é um babuíno, com cabeça de cachorro. Daí temos o tal CINOCÉFALO, pois Thoth também é representado como um homem com cabeça de cachorro. Thoth quase sempre é representado escrevendo algo, tomando notas, como na imagem ao lado.
Fontes: “Hein Steehouwer - SIMBOLISMO DEL ZODÍACO DE JOHFRA”; http://www.crystalinks.com/thoth.html; http://en.wikipedia.org/wiki/Thoth; entre outras.
Sobre a coluna da esquerda, rematada pelo Sol, aparece o Louco do Tarô, com os atributos do alquimista perfeito; na outra coluna, à direita da esposa sacerdotisa, a Temperança mescla os elixires sexuais, além de ter em seu peito o emblema da LEI DO TRIÂNGULO.
N. do E.: Note também as cores dos cálices, não é à toa que um é solar e outro é lunar e a lua recebe as águas do sol.
Os dois Dragões Alados de Sabedoria, com as cores alquímicas das serpentes do caduceu, entrelaçam-se formando o Sacro Oito com seus pescoços, enquanto contrapõe suas cabeças (atração e repulsão, duas leis fundamentais cósmicas de toda a Criação); estes Dragões que formam o emblema da Santa Igreja Gnóstica são uma oitava superior das duas serpentes; e, noutra oitava além, haverá a manifestação da Águia de duas cabeças que, com suas asas estendidas protege o Divino ANDRÓGINO formado pelos casais que praticam a Alquimia Sexual. Este divinal Querubim leva o símbolo universal que está representando a Venerável Loja Maçônica; mas é tão antigo que os milenares chineses e nossos antepassados indígenas o conheceram: esse duplo símbolo são o esquadro (a quadratura) e o compasso (o círculo). A quadratura do círculo se resolve no homem e na mulher, unidos em alquímica posição tântrica, quando praticam sabiamente o Arcano e levantam o Templo do Deus Vivo em si mesmos. A Sabedoria do “raio egípcio” resolveu formidavelmente tal problema nas PIRÂMIDES (Pira = Fogo; Mide = medida; PIRA+MIDE=medida do fogo).
Aproveitamos o momento para render honra a um de nossos heróis mais admirados: O V.M. IMHOTEP, ou o ESCULÁPIO dos egípcios, Mestre em Medicina e Construtor das Pirâmides, foi ele quem deixou os cânones para posteriores construções, como aquelas levadas a cabo no Antigo Império pelo faraó SENEPHERUS, pai e Mestre de KHEOPS. IMHOTEP, o muito Venerável e Adorável ser, Imortal e Iluminado, supera abismalmente aos mais elevados engenheiros da atualidade, contando somente com o conhecimento puramente matemático.
Gêmeos, a dualidade, mostra dois quadrados configurando uma estrela de oito pontas. PI (3,1416) resolve a quadratura do círculo; PI duplicado (PI-PI) nos leva iniludivelmente aos mistérios do Sexo.
O elemento dos geminianos é o AR; suas cores são o ALARANJADO e o AMARELO dourado (brilhante); RAFAEL é o seu Regente e MERCÚRIO o seu planeta, de maneira que, com esses elementos combinados em sábia meditação, pode ajudar ao nativo do signo em questão para a autorrealização.
N. do E.: Bem, tem mais algumas representações neste quadro. Temos a dualidade expressa em diferentes culturas, mitologias e crenças. Como o lado negativo ou feminino temos a mulher, a coluna azul Boaz, o Unicórnio, o Dragão Azul, e, acima da coluna, a Lua e o Cálice. Como o lado positivo ou masculino temos o homem, a coluna vermelha Jakin, o Leão, o Dragão Vermelho e, acima da coluna, o Sol e o galho com folhas. A Lua e o Sol são símbolos bem conhecidos e o cálice, símbolo do útero, e o galho, símbolo do falo, também. Além disso, nota-se que todas as figuras neste quadro estão nas nuvens e sustentadas por elas.
N. do E.: Além do que já foi esclarecido, sabemos que o símbolo pi que foi citado é também o símbolo de Gêmeos, note que todos os quadros tem o símbolo do signo naquela mesma região, inferior central. O Caduceu de Hermes é o próprio símbolo dele, que é Mercúrio (na Mitologia Romana). Bem, na parte superior, da esquerda para a direita do quadro, temos o selo mágico de Mercúrio, o símbolo de Rafael (que é o próprio regente de Mercúrio) e o símbolo de Ophiel (que é o espirito olímpico de Mercúrio).
A seguir, embaixo dos dragões, temos o símbolo de Tiriel, espírito de Mercúrio a esquerda e um símbolo que desconheço a direita.
No caduceu temos vários símbolos que acredito que representem o Mercúrio Alquímico ou Mercúrio sublimado. O primeiro deles é pro próprio símbolo de Mercúrio, os dois últimos são símbolos que Mercúrio Sublimado, mas os três do meio eu não sei, acredito que também representem Mercúrio.
DEFEITOS:
(somente alguns deles)
Charlatanice; monopólio nas conversações; divagação (e não-constância) na mente e nos atos; excesso de nervosismo, fácil irritabilidade; facilidade para cair como vítima da adulação.
GÊMEOS E O AMOR
A natureza dual do geminiano o faz um amante muito difícil, pois quem se enamorar dele, de pronto se encontrará frente a outra personalidade totalmente distinta da conquistada (e muito difícil voltar a sê-la).
Resulta também muito contrariante seu raciocínio excessivo, já que querem resolver tudo cerebralmente, e não com o coração. Talvez seja esta atitude que o desconcerte, a tal ponto que busca e necessita constantemente de muita compreensão e proteção; por isso necessita de muito amor, ainda que não o dê por igual; e sua necessidade é tal que pode ser facilmente enganado.
Necessita estar sempre acompanhado, ainda que de alguém que com quem não esteja totalmente satisfeito, a fim de sentir-se protegido.
Volúvel e cambiante, pode deixar de pronto um amor que parecia ser definitivo, como se nada jamais houvesse acontecido. Seu principal complemento é o mercuriano, pelo que estará satisfeito e será fiel, desde que ache afinidade de mentalidades. Como é demasiado volúvel e inquieto por dentro, por fora exige repouso, segurança e tranquilidade; assim, pois, uma pessoa que lhe dê essa pacifica e constante segurança, pode fazê-lo sentir-se feliz, especialmente se a pessoa escolhida souber lhe dar compreensão; mesmo assim, será volúvel várias vezes, e até infiel.
O HOMEM DE GÊMEOS
Sua dupla personalidade e caráter cambiante não o dão de forma alguma a característica de homem fiel; assim, martiriza sua esposa no matrimonio ou sua companheira; ainda assim, quando voltar à anterior personalidade, novamente jurará fidelidade e amor eterno, o que durará até que apareça de novo o outro “eu”, que inclusive desfruta não somente com seu caso, ou romance, senão também com os “preliminares”. No entanto, nesse dualismo, anseiam encontrar uma companheira perfeita. Sua arma de conquista, naturalmente, é sua intensa intelectualidade, pois Mercúrio lhe dá uma mente muito fecunda e capaz de grandes façanhas. Sua grande mobilidade o impede de ficar em um ponto de equilíbrio, não pode estar circunscrito, limitado nem impedido, e bem no fundo seu “outro eu” sempre o chamará e transbordante paixão. É hábil nos flertes, galanteios e adulações, com a agilidade da palavra; muito ciumento para com seu amor, devido ao machismo.
Seu sistema nervoso “tão móvel” necessita de uma companheira de matrimonio demasiado compreensiva, que não o exaspere, que lhe dê a sensação de segurança e firmeza, coisas que ele não tem; é tanta a necessidade disso que pode pedi-la com contrariedade. Pretende ser tratado como homem, porém se comporta como um jovem inseguro.
A MULHER DE GÊMEOS
Mercúrio dá o brilho intelectual, a vivacidade, a sensibilidade e o mistério que outorga também ao homem, fazendo da geminiana uma agradável companheira, porém má dona-de-casa. Agrada-lhe muito o racional, destacando-se em tudo o que se relaciona com a “papelada” e o uso da inteligência; seu critério é muito unilateral e totalmente racional, pelo que, como geralmente acontece, acaba em desavenças com o companheiro de matrimonio. Necessita controlar muito esse “eu” (defeito) de exclusividade e de independência, o que exige ao mesmo tempo uma elevada dose de compreensão de que é demasiado egoísta, no aspecto pessoal, ou seja, que exige sem dar. O volátil mercúrio filosofal, o “áureo azougue”, dá à feminina geminiana muita graça e discrição em seus movimentos, resultando, portanto, muito atrativa para o sexo oposto. Necessita amar bastante a seu marido para adaptar-se às necessidades do lar.
Como o varão, é inclinada a ir “à conquista”, porém, por ser regular, conserva sempre sua dignidade.
Definitivamente não pode estar só, de tal maneira que convém a ela buscar uma tarefa fora de seu lar, coisa que pode fazer sem se descuidar dele.
GÊMEOS E OS DEMAIS SIGNOS
COM ÁRIES: Signos muito volúveis. Necessitam de muita cautela na sua primeira fase, especialmente na adaptação de Gêmeos ao fogoso Áries. Os filhos e mesmo o matrimonio os obrigam a corrigir seus desvios, ou o fracasso será evidente; porém, ao final, tudo já se pode equilibrar.
COM TOURO: São muito diferentes; a Touro não lhe interessam as especulações geminianas, e a Gêmeos resulta difícil responder às necessidades “físicas” do taurino. Para harmonizar, Touro necessita abandonar sua lentidão, e Gêmeos, a sua rapidez; assim, Gêmeos pode aproveitar o aspecto concreto e realista de Touro e vice-versa, Touro agilizar-se e regozijar-se com a originalidade geminiana.
COM GEMEOS: Dois volúveis que dificilmente se complementam se cada um não estudar a si próprio, para entender o outro. Como são pouco apegados às circunstancias, posses, estatutos, etc., ambos podem empreender arriscadas empresas que possam alegrá-los como casal; vão se regozijar mais com a aventura e o sentido de humor que com a paixão em si mesma.
COM CÂNCER: O sentimental e inseguro Câncer, buscará proteção no instável Gêmeos, especialmente, se ele for mulher; porém dificilmente se sentirá satisfeita. Câncer, ávido de compreensão e carinho, achará o geminiano muito cerebral, frio, desapaixonado, o que o decepcionará; como ambos são volúveis, ainda que cada um a seu molde astrológico, se acharão em difíceis períodos que poderão resultar fatais.
COM LEÃO: Estas duas correntes astrológicas são muito afins. Leão pode liberar amplamente seu espírito protetor, ainda que possa sobrepassar e sufocar o pobre Gêmeos, com suas pretensões e exigências, Leão por usa parte se achará um pouco decepcionado por não achar ressonância no seu intenso afeto e paixão; tendo em conta a chave de mudarem a si mesmos e não ao outro, tudo poderá marchar às mil maravilhas.
COM VIRGEM: Mercúrio, aqui, governante de ambos os signos acentuará diferenças em cada um de seus governados: Virgem achará Gêmeos inflexível, demasiadamente meticuloso, perfeccionista em extremo; e este, por sua vez, verá o virginiano com um austero e seco aprisionador. Virgem não poderá suportar o instável Gêmeos e sua mobilidade.
COM LIBRA: Este é um dos casos interessante em que os opostos se conjugam, complementando-se para o mútuo benefício. Sabem sair da rotina e fazer do novo algo fecundo e decididamente criador. Libra será como um delicioso campo “antiestresse” (distensionador), e receberá de seu companheiro, grande dose de fantasia, o que lhe será útil.
COM ESCORPIÃO: O terrível Escorpião não quererá de maneira algum se entender com o volúvel geminiano e indisporá seu companheiro com sua inconsciente maneira de ser, precipitada e aguda. O que é mais descontrolado nessa possível união, é Gêmeos, que sairá perdendo.
COM CAPRICÓRNIO: Bons como esposos, para negócios, associações intelectuais, ou algo assim. Ambos podem formar um matrimonio que possa compensar debilidades e equilibrar qualidades; assim o disciplinado capricorniano dará solidez à brilhante mentalidade do geminiano. Gêmeos necessita moderar sua impaciência e Capricórnio precisa tornar-se flexível.
COM AQUÁRIO: Formam uma dupla decididamente extravagante ou, pelo menos, bastante original: compartilham com diversas afinidades, pois ambos os signos se dão muito bem às constantes mudanças, viagens, transformações, etc...
COM PEIXES: O sensível Peixes, necessitado de compreensão, vai se unir prazerosamente a Gêmeos, que se sentira atrapalhado em sua mobilidade, contraindo problemas, por isso, são signos bastante diferentes e de acoplamento difícil. Não se aconselha a formação de tal par, pois são signos duplos e distintos.
Você já praticou os exercícios de Touro, agora entraremos na brilhante constelação de Gêmeos.
Este signo governa os braços, pulmões e pernas e é de natureza essencialmente mercuriana. Gêmeos é casa de Mercúrio, e o seu metal é o mercúrio. A pedra é o berilo ouro e a cor é a amarela.
Os Senhores de Mercúrio já estão ensinando à humanidade a viajar em corpo astral. Cabe ao discípulo, necessariamente, a tarefa de aprender a viajar em corpo astral. As autênticas escolas de mistérios encontram-se no plano astral. Por isso, é necessário que o discípulo aprenda a “sair em corpo astral”. É preciso que o estudante aprenda a penetrar nesses santuários de instrução interna para receber instrução direta dos Mestres da Grande Loja Branca.
Já chegou o tempo em que os estudantes precisam aprender a entrar à vontade nesses “santuários do astral” para receber ensinamentos diretos dos grandes instrutores. Já chegou a hora de abandonar as teorias e de ir diretamente à prática. Os Senhores de Mercúrio ajudam a todo aquele que solicitar ajuda.
Na futura Era, o homem já não mais estará encerrado dentro do corpo como num calabouço. O corpo humano se converterá em um templo confortável e luxuoso e o ser humano aprenderá a entrar e a sair dele sempre que quiser.
Atualmente, Mercúrio está saindo de uma “noite cósmica”, mas, conforme o tempo for passando, sentiremos cada vez mais intensamente os efeitos cósmicos das cintilações de Mercúrio.
É também indispensável que o discípulo aprenda a “penetrar” pelas portas desses templos siderais em corpo astral. Os exercícios principais de Gêmeos têm por objetivo possibilitar o uso e o manejo do corpo astral. Também ensinamos a nossos discípulos, durante o período deste signo, a arte secreta dos “estados de Jinas”. Isso lhes permitirá “transportar” os seus corpos físicos aos lugares mais longínquos e remotos da Terra em poucos instantes. Daremos várias chaves de forma enumerada:
1ª) Você deve deitar-se em sua cama e relaxar o corpo para que nenhum músculo faça pressão sobre o corpo astral. Depois deve adormecer pronunciando o mantra RUSTI, assim:
RUUUUUUUUSSSSSSSSTTTTTTIIIIIIIII.
Este mantra deve ser pronunciado mentalmente. O discípulo deve converter-se, nesses instantes, em um “espião” do seu próprio sono. Quando estiver nesse estado de torpor ou sonolência, que precede o sono, levantará da cama e sairá do quarto. Você não deve se preocupar com o seu corpo físico nesses momentos. Levante-se de sua cama e saia de seu quarto. Como? De que maneira? Quase todos os estudantes supõem que se trata de uma prática de magnetismo ou de autossugestão, etc. No entanto, lamentavelmente, equivocam-se, pois aqui não se trata de praticar autossugestão ou Hipnotismo. Simplesmente, deve levantar-se da cama, pois a natureza fará o restante. A natureza saberá como vai separar o corpo astral do corpo físico. Ao discípulo, só lhe cabe levantar-se e sair de seu quarto, posto que a natureza fará tudo mais.
Já fora do quarto, você dará um pequeno saltinho com a intenção de flutuar no espaço; se caso você flutuar, então, poderá se transportar para a Igreja Gnóstica em poucos segundos. Mas, se não flutuar, retorne novamente a sua cama e repita o experimento. Alguns triunfam imediatamente, outros demoram meses e até anos para aprender. Todavia, aquele que for “tenaz”, ao final, triunfará.
2ª) Dentro do cérebro dos seres vivos, ressoa sempre uma nota chave em forma quase imperceptível. Essa nota chave é correspondente ao raio ao qual cada ser pertence e parece sair das células do cerebelo. Uns escutarão o som de pífaro e flautas do raio egípcio; outros escutarão o “gongo” do raio oriental; outros mais escutarão o som do mar, do raio lunar, etc. Se você silencia todos os seus pensamentos, na tranquilidade da noite, escutará sua nota chave. Nesse caso, você deverá fazer vibrar mais fortemente essa nota por meio da vontade, e quando a nota estiver bem forte, a ponto de invadir e paralisar todo o seu corpo físico, então, você deve levantar-se de sua cama, sair do quarto e se dirigir à Igreja Gnóstica. Ali, nós, os Mestres da Branca Irmandade, receberemos você com muita alegria.
3ª) Quando você estiver sonhando que se encontra em determinado lugar e, logo depois, começar a despertar, não se mova; procure adormecer novamente colocando a imaginação no respectivo lugar, sentindo-se outra vez ali. É como tratar de seguir o sonho tal como acontecia, ao tempo em que, com a sua vontade, persistirá nesse local do sonho. Imaginação e vontade unidas em vibrante harmonia é o segredo dessa chave.
4ª) Quando você estiver adormecendo, concentre intensamente sua imaginação e sua vontade unidas em vibrante harmonia em um determinado lugar. A concentração deve ser perfeita. Depois, procure “caminhar com fé” pelo “lugar imaginado”, mas você não deve pensar que “está imaginando”, porque, nesse caso, o experimento fracassará. Você precisa sentir-se, realmente, no lugar imaginado, esquecendo-se totalmente do seu quarto de dormir. Esse experimento deve ser feito durante o estado de transição entre a vigília e o sono. Uma vez naquele lugar, ajoelhe-se e peça a seu próprio Deus Interno que o (a) leve até a Santa Igreja Gnóstica, que é a grande Catedral da Alma, o templo onde oficia o Logos Solar, nosso Senhor, o Cristo.
5ª) Tendo em conta que, durante o sono comum, a Alma vaga por todos os lugares familiares e que, num estado de torpor, você se ocupa dos mesmos trabalhos e afazeres do dia, então, deve acostumar-se, durante todo o dia, a perguntar a si mesmo: “Onde eu estou? Estou dentro ou fora do meu corpo?” Depois, deve dar um pequeno saltinho com a intenção de flutuar. Se isso ocorrer, significa que você está fora do seu corpo. Se não flutuar é porque está em carne e osso e, então, deve seguir seu caminho. Porém, se você flutuar, rogue a seu Íntimo que o (a) leve à Santa Igreja Gnóstica.
Esta pergunta deve ser feita em presença de algo que chame à atenção, como um tumulto de pessoas, um cortejo fúnebre, um objeto curioso, etc. Muitos despertarão suas Consciências com esta formidável chave, porque, ao se perguntar, flutuará no ar, dando-se conta de que está fora do corpo que ficou adormecido na cama. Quando o corpo dorme, a Alma vaga, mas a Alma pode sair de seu torpor inconsciente por meio desta chave. Você deve se acostumar, durante o dia, a esta prática para que ela se grave no subconsciente e atue durante o sonho.
6ª) Antes de dormir em sua cama, você deve fazer a seguinte prática de autossugestão:
“Vou dormir, e, onde quer que eu esteja, significa que estarei em corpo astral. Reconhecer-me-ei, reconhecer-me-ei, reconhecer-me-ei e me dirigirei à Igreja Gnóstica”. Esta autossugestão pode ser feita por meia hora, e depois poderá adormecer tranquilamente. No plano astral, você reconhecerá tudo matematicamente, e, quando acordar, não se deve mover antes de fazer o exercício retrospectivo para recordar onde esteve.
7ª) Adormeça pronunciando o mantra: OMNIS BAUM IGNEOS, que é vocalizado assim:
OMMMMMMMISSSSSSSBAAAAAAUUUUUUUMMMMMMIIIIIII
GNNNNEEEEEEEOOOOOOOSSSSSSS
Procure silabar o mantra alongando o som de cada vogal, rogando ao seu Íntimo que lhe retire do corpo físico. Depois você deverá levantar suavemente de sua cama, flutuar no espaço e se dirigir à Igreja Gnóstica.
Estas são as sete chaves para se poder viajar em corpo astral. É urgente que o Teurgo aprenda a viajar para outras estrelas do infinito, aprendendo a entrar pelas portas dos templos siderais para manipular raios e provocar faíscas cósmicas.
Quando o Teurgo “sai” do corpo físico, transporta-se aos templos siderais da seguinte forma: o corpo astral começa a caminhar em forma de círculos concêntricos com o propósito de chegar ao Templo-Coração de uma determinada estrela. O panorama das coisas começa a mudar e, em poucos instantes, o Teurgo se encontra no templo sideral, diante dos guardiões das colunas J e B. Então, fará as saudações de praxe, tal como já ensinamos nas páginas precedentes; dará os sete passos para o interior do Templo-Coração da estrela. Depois, se prostrará aos pés do gênio sideral, pondo os joelhos no piso do templo, as mãos sobre o piso e a cabeça sobre o dorso das mãos. A seguir, colocar-se-á de pé e fará a súplica que quiser ao gênio sideral. Se o gênio disser que concede, o discípulo deve pedir “coro”. Então, o gênio fará um sinal, e o Exército da Voz começará a cantar em linguagem sagrada para realizar o “trabalho” solicitado. O Exército da Voz cria por meio da palavra. Nesses sublimes instantes, entramos em êxtase, a natureza inteira ajoelha-se diante dos deuses siderais, e seu cântico inefável eleva-nos ao pleroma da luz.
As mais divinas e comovedoras melodias saturam os espaços infinitos e as águas dos rios murmuram em silêncio: “Assim é Deus”. É impossível descrever, nesses instantes de felicidade em que a Alma se desprende. Então, o passado e o futuro se irmanam dentro de um eterno “agora” e sentimos a voz do Bem-Aventurado que, do mais recôndito profundo de nosso Ser, convida-nos à “boda eterna”.
Quando o discípulo já é prático na Astroteurgia, então, os Deuses Siderais o aceitam como leigo, entregando a ele uma túnica cinza e uma vara. É a túnica do astrólogo esoterista, a túnica inefável do Teurgo e do autêntico alquimista. Conforme ele vai progredindo em sua sabedoria, vai recebendo distintos graus.
O discípulo aprenderá a combinar as mais diversas substâncias alquímicas para produzir diferentes acontecimentos nos diferentes planos cósmicos.
Uma pessoa pode ficar abismada ao contemplar esses “meninos gênios das estrelas” trabalhando nos laboratórios alquimistas de seus templos para provocar os mais diversos acontecimentos do plano físico.
Samael é o obreiro do ferro e trabalha nas fráguas de Marte.
Anael, o gênio do amor e da arte, dentro de seu laboratório de amor, parece um menino de doze anos com cabelo loiro e seu rosto rosado pelo brilho da estrela Vênus.
Miguel é o gênio indescritível e inefável do coração do Sol e governa a criação. Um espantoso abismo conduz ao coração do Sol. Qual de vocês tem o valor de descer a esse abismo, em cujo fundo palpita a vida do Sistema Solar?
Rafael é o gênio de Mercúrio. Parece um ancião de longa barba e rosto cor de fogo. Tem em suas mãos o tridente dos átomos transformativos. Dentro de seu templo, Mercúrio parece um monarca terrível fazendo estremecer a mente cósmica. Quem ousaria desobedecer às suas sagradas ordens?
E quem é esse outro, de túnica e capa brancas diante do qual tremem as colunas dos anjos e dos demônios? Olhe-o ali no templo de Júpiter, dando o cetro aos reis e dirigindo a economia dos homens. Diante desse gênio, os tiranos tremem. Zachariel é o gênio de Júpiter.
No centro da pálida Lua, está o templo de Gabriel, o pescador. Gabriel dirige a vida dos mares e as lágrimas das mulheres. Vocês querem aprender a se tornar invisíveis? Chamem Gabriel noite após noite, para que ele “prepare” seus corpos. É preciso que vocês tenham devoção diária a Gabriel. Um corpo físico bem “preparado” é o instrumento mais extraordinário para o exercício da magia prática. Um corpo bem preparado pode tornar-se invisível, onde não penetre nem bala e nem punhal.
E o que diremos agora do Ancião do Céu, o Senhor da Lei, o Velho Orifiel? Ah! Saturno! Tu és a Espada da Justiça que nos atinge desde o céu! Em tua mão, está a vida e os afazeres de todos os humanos. Ouça-me bem, discípulo, e escolha sempre o planeta com que irá trabalhar.
Marte é guerreiro.
Vênus é amoroso.
Mercúrio é sábio.
Saturno é melancólico e “concreto”.
A Lua é maternal.
O Sol é dirigente.
Júpiter é o senhor dos altos personagens.
Nunca entre em nenhuma dessas moradas, sem primeiro bater à porta. Os magos negros assaltam as mansões do céu. Os magos brancos, primeiro batem à porta. A porta de toda estrela é o Templo-Coração. Os visitantes intrusos entram nas estrelas como ladrões em casa alheia. Os filhos da luz entram pela porta do Templo-Coração. Os filhos da luz primeiro pedem a permissão ao “senhor da casa” para conhecer sua morada. O Templo-Coração de uma estrela é a sua porta de entrada e de saída.
Nosso planeta também tem um Templo-Coração que é a morada do Gênio da Terra. Por ali, entram e saem os visitantes de outras estrelas. Você sabe quem é o gênio da Terra? É nosso Senhor, o Cristo. Nossa Terra é um pequeno luzeiro de cor azul, pertencente à Via Láctea. “Na casa de meu pai, há muitas moradas”. Cada estrela do céu é uma morada celestial, cuja porta é o Templo-Coração.
Quando você invocar, “fora” do corpo físico, um habitante de outro planeta, então, o verá sair de dentro da Terra. Logo após ele se despedir, você o verá penetrar nas profundidades da Terra. É que ele entrou e saiu pela porta do interior da Terra. Você também pode invocar o seu corpo físico de longe. Você deverá ajoelhar-se na terra e rogar ao Íntimo desse modo: “Meu Pai traga meu corpo”.
Então, seu Íntimo trará o seu corpo físico e os seus átomos lhe dirão: “Sou teu corpo físico, não me conheces?” Você ficará assombrado quando observar o seu próprio corpo físico frente a frente, com roupa de dormir, tal como o deixou na cama. Depois ordene ao corpo físico assim:
“Salte sobre minha cabeça e penetre através de minha glândula pineal”.
O corpo físico obedecerá e você terá o corpo físico em qualquer lugar remoto da Terra. Se nesses instantes, alguém entrasse em seu quarto, não o encontraria, pois sua cama estaria vazia.
É indispensável levar o corpo físico à Igreja Gnóstica na aurora de todas as sextas-feiras e domingos, para receber em carne e osso a Santa Unção Gnóstica. Você também pode transportar o corpo físico de sua cama, sem necessidade de invocá-lo de longe. Para tanto, adormeça vocalizando o seguinte mantra:
MIÑA PICA FRASCO
Depois, levante-se de sua cama, bem devagar, conservando o estado de sono. A seguir, dê um pequeno saltinho. No caso de sentir-se inflar e flutuar, saia de sua casa e dirija-se à Igreja Gnóstica.
As forças do subconsciente entram em atividade durante o sonho, e são precisamente essas poderosas energias que nos permitem “colocar o corpo físico dentro do plano astral”. Isso é o que se chama “estado de Jinas”.
O sublime Guru Huiracocha, Mestre Arnoldo Krumm-Heller, fala-nos em sua Novela Rosa-Cruz dos “estados de Jinas”. Ele nos fala que o comandante Montenero recebeu das mãos de um “hugier” ou servidor, uma mensagem. O comandante Montenero, depois de suspirar disse: “Até que enfim”. Depois, saiu do castelo de Chapultépec, e dando voltas pelo caminho da montanha de Chapultépec, assobiou várias vezes. Então, um indígena conduziu o comandante Montenero até o templo de Chapultépec.
O comandante, então, perguntou: “Este é um fenômeno da quarta dimensão?” Respondeu o indígena: “Sim, meu comandante, o vulgo não se dá conta destas coisas”. Assim, com o corpo físico em estado de Jinas, Montenero recebeu sua Iniciação.
Todas as obras do insigne Krumm-Heller (Mestre Huiracocha) são como um poço de sabedoria iniciática, que muitos poucos compreenderam. Agora ficou conosco seu filho, Parsival Krumm-Heller, que se regozijou sinceramente conosco, quando estudou nossas obras “O Matrimônio Perfeito” e “A Revolução de Bel”. Parsival Krumm Heller segue fielmente o sábio caminho de seu pai. Na obra “Curso Zodiacal” de Huiracocha, encerra-se a mais profunda sabedoria iniciática dos séculos.
Gêmeos é um signo do Ar e a casa de Mercúrio. Os Senhores de Mercúrio deram ao homem o corpo búdico ou Alma-Espírito. As hierarquias de Mercúrio são de cor amarela ou amarelo-ouro.
O signo dos gêmeos nos recorda as almas gêmeas. A primeira mulher que o homem conheceu no Éden foi sua alma gêmea. As almas gêmeas, vida após vida, vivem sempre se encontrando. Juntas saem do Éden e devem voltar juntas ao Éden. Quando o carma separa as almas gêmeas, elas sofrem o indizível. A verdadeira felicidade do casal só é possível entre duas almas gêmeas. Quando o casal não se realiza com a alma gêmea, é um casal kármico e sofre o indizível.
Os nativos de Gêmeos possuem uma forte vontade e um grande valor. São versáteis e gostam de viajar. Suas vidas mesclam sucessos e fracassos. Às vezes, vivem com comodidade, e noutras épocas têm que suportar muita miséria. São muito inteligentes e se irritam facilmente. O defeito dos nativos de Gêmeos é querer resolver todas as coisas com a cabeça. Querem sempre calar a sábia voz do coração, criando, assim, problemas e dificuldades de todo tipo. As práticas do período de Gêmeos são as seguintes:
PRÁTICA
O discípulo deve deitar-se em sua cama e relaxar todo o corpo. Fazer cinco inalações com a intenção de que a luz penetre, agora, em seus brônquios e pulmões. Deve abrir os braços e as pernas em cada inalação e fechá-los em cada exalação. Depois, sentado numa cômoda poltrona, deve rogar a seu Íntimo que se translade até a Constelação de Gêmeos. Então, pedirá ao Íntimo que traga os Deuses Siderais desses templos a fim de que preparem seu organismo para a magia prática.
A identificação e a fascinação conduzem ao sono da Consciência. Exemplo: Você vai muito tranquilo pela rua, de repente ele se junta a uma manifestação pública; vociferam as multidões, falam os líderes do povo, tremulam, ao ar, as bandeiras, todas as pessoas parecem loucas, pois falam e gritam.
Aquela manifestação pública vai ficando muito “interessante” a ponto de você já se esquecer de tudo o que tinha que fazer. Identifica-se com a multidão e com as palavras dos oradores, que lhe convencem. Chega a ponto de levá-lo ao esquecimento de si mesmo. Você está tão identificado com a manifestação que já não pensa em outra coisa, está tão fascinado que cai no sono da Consciência... Misturado com a turbamulta que vocifera, você também grita, profere insultos e até apedreja... está mergulhado em sono profundo, já nem sabe quem é, esqueceu-se de tudo.
Agora vamos colocá-lo em outro exemplo mais simples: Você está na sala de sua casa, sentado diante da televisão, onde aparecem cenas de caubóis, tiroteios, dramas de namorados, etc. O filme fica muito interessante e chama totalmente sua atenção; com isso, você já se esqueceu tanto de si mesmo que grita entusiasmado... ficou identificado com os caubóis e com o casal de namorados. A fascinação é agora terrível e já, nem remotamente, recorda-se de si mesmo, pois você entrou em um estado de sono muito profundo. Nesse ponto, só quer ver o triunfo do herói do filme, alegra-se com isso e até se preocupa com o que pode ocorrer com o herói.
São milhares de circunstâncias que produzem a identificação, a fascinação e o sonho. O povo se identifica com as pessoas, com as coisas, com as ideias. A todo tipo de identificação, segue-se a fascinação e depois, o sonho.
As pessoas vivem com a Consciência adormecida; trabalham sonhando, conduzem carros sonhando e matam os pedestres que também vão sonhando pelas ruas, absorvidos em seus próprios pensamentos.
Durante as horas de repouso do corpo físico, o ego (ou eu) sai do corpo físico e leva seus sonhos aonde quer que vá. Ao voltar ao corpo físico, ao entrar novamente no estado de vigília, continua com os mesmos sonhos e assim passa toda a vida sonhando. As pessoas que morrem deixam de existir, mas o ego, o eu, continua nas regiões suprassensíveis, mais além da morte. Na hora da morte, o ego leva consigo seus sonhos e mundanidades, permanecendo no mundo dos mortos, com a Consciência adormecida, perambulando como um sonâmbulo inconsciente.
Quem quiser despertar a Consciência deve trabalhar aqui e agora. Temos a Consciência encarnada e por ela devemos trabalhar aqui e agora. Quem despertar a Consciência aqui, neste mundo, despertará também em todos os mundos. Quem despertar a Consciência neste mundo tridimensional despertará na quarta, quinta, sexta e sétima dimensões. Quem quiser viver conscientemente nos mundos superiores deve despertar aqui e agora.
Os quatro Evangelhos insistem na necessidade de despertar, mas as pessoas não entendem isso. As pessoas dormem profundamente, porém creem que estão despertas. Quando alguém aceita que está adormecido, é um sinal claro de que já começa a despertar. É muito difícil fazer outras pessoas compreenderem que estão com a Consciência adormecida; as pessoas não aceitam jamais a tremenda verdade de que estão adormecidas. Quem quiser despertar a Consciência deve praticar, de momento a momento, a íntima recordação de si mesmo.
Isso de estar se recordando de si mesmo de momento em momento é, de fato, um trabalho intensivo. Basta um instante de esquecimento para se começar a sonhar profundamente. Necessitamos, com urgência, vigiar todos os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, hábitos, instintos, impulsos sexuais, etc. Todo pensamento, emoção, movimento, ato instintivo ou qualquer impulso sexual, deve ser observado imediatamente conforme vai surgindo em nossa psique; qualquer descuido na atenção é suficiente para cairmos no sono da Consciência.
Muitas vezes você caminha por uma rua, absorto em seus próprios pensamentos, identificado, fascinado e sonhando intensivamente com eles. De repente, passa um amigo por perto de você e lhe cumprimenta. No entanto, você não responde ao aceno porque não o vê... está sonhando; o amigo se ofende e supõe que você é uma pessoa sem educação ou que, possivelmente, você está aborrecido; o amigo também vai sonhando, porque se estivesse desperto, não faria semelhante conjectura, e se daria conta, de imediato, que você está adormecido.
Diversas vezes você se equivoca e bate numa porta errada porque está adormecido. Você vai num veículo de transporte coletivo e tem que descer em determinada rua, porém como segue identificado, fascinado, e sonhando profundamente com um negócio em sua mente, ou com uma recordação ou com um afeto, de repente, dá-se conta de que passou da rua. Com isso, tem que parar o ônibus para imediatamente voltar a pé algumas ruas.
É muito difícil manter-se desperto de momento em momento, porém é indispensável. Quando aprendemos a viver despertos, de instante a instante, deixamos de sonhar aqui e também fora do corpo físico. É necessário saber que as pessoas, ao dormirem, saem de seus corpos, levando seus sonhos e vivendo nos mundos internos sonhando. Ao voltarem aos seus corpos físicos, continuam no mesmo estado, ou seja, permanecem sonhando. Quando alguém aprende a viver desperto de instante a instante, deixa de sonhar aqui e também nos mundos internos.
É necessário saber que o ego (ou eu), envolto em seus corpos lunares, sai do corpo físico quando o corpo adormece. Desgraçadamente, o ego vive dormindo nos mundos internos. Dentro dos corpos lunares, existe, além do ego, isso que se chama Essência, Alma, fração de Alma, Budhata ou Consciência. É essa Consciência que devemos despertar aqui e agora.
Aqui, neste mundo, temos a Consciência e é aqui que devemos despertá-la, se é que, de verdade, queremos deixar de sonhar para vivermos conscientemente nos mundos superiores. A pessoa com Consciência desperta, enquanto seu corpo descansa na cama, vive, trabalha e atua conscientemente nos mundos superiores.
A pessoa consciente não tem dificuldade com o desdobramento astral, pois o problema de aprender a se desdobrar à vontade é somente para os adormecidos. A pessoa desperta nem sequer se preocupa em aprender a se desdobrar porque vive conscientemente nos mundos superiores, enquanto seu corpo físico dorme na cama. Nesse estado, a pessoa desperta já não sonha, e, durante o repouso do corpo, vive conscientemente nas regiões onde as pessoas vivem sonhando, porém, ela permanece com a Consciência desperta. Ela desperta está em contato com a Loja Branca, visita os templos da Grande Fraternidade Universal Branca, conversa com seu “Guru-Deva”, enquanto seu corpo dorme.
O sentido espacial inclui, em si mesmo, visão, audição, olfato, paladar, tato, etc. O sentido espacial é um funcionalismo da Consciência desperta. Os chacras, sobre os quais falam a literatura ocultista, com relação ao sentido espacial, são equivalentes a um pavio em comparação com o Sol.
Da mesma forma como é certo que a íntima recordação de si mesmo, de momento a momento, é fundamental para despertar a Consciência, não é menos certo também o fato de se ter que aprender a manejar a atenção.
Os estudantes gnósticos devem aprender a dividir a atenção em três partes: sujeito, objeto e lugar.
Sujeito. Não cair no esquecimento de si mesmo diante de nenhuma representação.
Objeto. Observar detalhadamente toda coisa, toda representação, fato ou sucesso, por mais insignificante que pareça, sem o autoesquecimento de si mesmo.
Lugar. Observação rigorosa do lugar onde estejamos, perguntando-nos a nós mesmos: Que lugar é este? Por que estou aqui?
Dentro deste fator “lugar”, devemos incluir a questão dimensional, pois poderia dar-se o caso de nos encontrarmos na quarta ou na quinta dimensão da natureza durante o momento da observação. Recordemos que a natureza tem sete dimensões. No mundo tridimensional reina a lei da gravidade. Dentro das dimensões superiores da natureza existe a lei da levitação.
Ao observarmos um lugar, não devemos esquecer, jamais, a questão das sete dimensões da natureza. Convém, então, nos perguntarmos em qual dimensão estamos. Logo, é necessário verificar isso dando um salto, o mais longo possível, com a intenção de flutuar no ambiente circundante. É lógico que, se flutuarmos, significa que estamos fora do corpo físico. Jamais devemos esquecer que quando o corpo físico “adormece”, o ego, junto com os corpos lunares e a Essência embutida, perambula inconscientemente como um sonâmbulo no mundo molecular.
A divisão da atenção em sujeito, objeto e lugar nos conduz ao despertar da Consciência. Muitos estudantes gnósticos, depois de se acostumarem com esse exercício, dividindo a atenção em três partes, formulando essas perguntas, efetuando o salto, etc., (durante o estado de vigília, de momento a momento) terminaram repetindo o mesmo exercício durante o sono do corpo físico, quando realmente estão nos mundos superiores. Ao darem o famoso salto experimental, flutuam deliciosamente no ambiente circundante e, então, despertam a Consciência, recordam que o corpo físico ficou adormecido na cama. Com isso, cheios de prazer, eles podem se dedicar ao estudo dos mistérios da vida e da morte, nas dimensões superiores.
É lógico dizer que um exercício que se pratica diariamente, de momento a momento, converte-se em um hábito e fica bem gravado nas distintas zonas da mente. Por conta disso, depois é repetido automaticamente durante o sono, quando a pessoa estiver fora do corpo físico. O resultado é o despertar da Consciência.
Gêmeos é um signo do ar governado pelo planeta Mercúrio. Gêmeos é o signo que governa os pulmões, os braços e as pernas.
PRÁTICA
Durante o signo zodiacal de Gêmeos, o estudante gnóstico deve deitar-se de costas e relaxar o corpo. Depois deve inalar o ar cinco vezes exalando-o outras cinco; ao inalar o ar é preciso imaginar que a luz, antes acumulada na laringe, atua agora nos brônquios e nos pulmões. Ao inalar, deve abrir as pernas e os braços para a direita e para a esquerda; ao exalar o ar, fechará as pernas e os braços.
O metal de Gêmeos é o mercúrio, a pedra é o berílio ouro e a cor é a amarela. Os nativos de Gêmeos amam muito as viagens; cometem o erro de menosprezarem a sábia voz do coração, pois querem resolver tudo com a mente; zangam-se facilmente, são muito dinâmicos, versáteis, volúveis, irritáveis, inteligentes e suas vidas estão cheias de êxitos e de fracassos; os geminianos possuem um valor além do extraordinário.
Os nativos de Gêmeos são problemáticos por seu raro dualismo, por essa dupla personalidade que os caracteriza e que é simbolizada entre os gregos por esses misteriosos irmãos chamados de Castor e Pólux. Ninguém pode prever jamais como o nativo de Gêmeos vai proceder em tal ou qual situação devido, precisamente, à sua dupla personalidade.
Em determinado momento, o nativo de Gêmeos é um amigo sincero capaz de sacrificar até a sua própria vida por uma amizade ou pela pessoa a qual tenha oferecido seu carinho; no entanto, em outro momento, é capaz das piores infâmias contra essa mesma pessoa amada.
O tipo inferior de Gêmeos é muito perigoso e, por isso, não é aconselhável ter amizade. O defeito mais grave dos geminianos é a tendência de julgar falsamente todas as pessoas.
Os gêmeos denominados de Castor e Pólux nos convidam à reflexão. É sabido, na realidade, que a natureza da matéria manifestada e a oculta energia simbolizada pelo calor, pela luz, pela eletricidade, pelas forças químicas e por outras forças superiores (que ainda são para nós desconhecidas) processam-se sempre em forma inversa. Quando do aparecimento de uma, presume-se sempre entropia ou desaparecimento da outra. Isso não é outra coisa senão os misteriosos irmãos Castor e Pólux simbolizando tal fenômeno entre os gregos. Os irmãos Castor e Pólux viviam e morriam; alternadamente, nascem e morrem, aparecem e desaparecem em qualquer parte em que exista a matéria e a energia.
O processo de Gêmeos é vital na Cosmogênese. A Terra original foi o Sol que se condensou gradualmente, à custa de um anel nebuloso, até o estado lamentável de planeta obscurecido, quando se determinou por irradiação ou esfriamento da primeira película sólida de nosso globo. Tudo isso, mediante o fenômeno químico de dissipação ou entropia da energia, constituindo-se nos estados grosseiros da matéria aos quais denominamos sólidos e líquidos.
Todas essas mudanças da natureza realizam-se de acordo com os íntimos processos de Castor e Pólux. Por estes tempos do século XX, a vida já iniciou seu retorno ao Absoluto e a matéria grosseira começa a se transformar em energia. Disseram-nos que na “quinta ronda” a Terra será um cadáver, uma nova lua, e que a vida se desenvolverá com todos os seus processos construtivos e destrutivos dentro do mundo etérico.
Do ponto de vista esotérico, podemos assegurar que Castor e Pólux são almas gêmeas. O Ser, o Íntimo de cada um de nós, tem duas almas gêmeas: uma espiritual e outra humana.
No “animal intelectual” comum e corrente, o Ser, o Íntimo, não nasce, não morre e nem se reencarna. Ele envia a cada nova personalidade, a Essência que é uma fração da Alma humana, o Budhata. É urgente saber que o Budhata, a Essência, está depositada dentro dos corpos lunares com os quais se veste o ego.
Falando de forma um pouco mais clara, diremos que a Essência está, desgraçadamente, engarrafada no ego lunar. Por isso, os seres “perdidos” descem. A descida aos mundos infernais tem, por objetivo único, a destruição dos corpos lunares e do ego mediante a involução submersa.
Todas essas incessantes mudanças de matéria em energia e de energia em matéria nos convidam sempre à reflexão durante o período do signo de Gêmeos, que está intimamente relacionado com os brônquios, com os pulmões e com a respiração. O microcosmo-homem está feito à imagem e semelhança do macrocosmo.
A Terra também respira, pois “inala” o enxofre vital do Sol, e o “exala” já transformado em enxofre terrestre. Isso é análogo ao homem que inala o oxigênio e depois o exala convertido em anidrido carbônico. Essa onda vital subindo e descendo alternativamente, verdadeira sístole e diástole, inspiração e expiração, emerge do mais profundo seio da Terra.
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