LIBRA: 23 de setembro a 22 de outubro.
Antes que a Balança existisse, o rosto não olhava ao rosto. Tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será, é pesado na Balança. Todos os Reis que entraram no Absoluto, foram pesados na Balança. A balança é o vestido do Ancião dos Dias; a balança não se enreda em nada; a Balança é o traje do Absoluto. A Justiça e a Misericórdia unidas resplandecem no Mundo do Aziluth. A Espada da Justiça Cósmica está mais à frente do bem e do mal.
Os nativos de Libra têm sempre em equilíbrio o amor e suas vidas são tão instáveis como os movimentos dos pratos da balança. Os nativos de Libra sofrem no amor. Os nativos de Libra têm muitíssimas atitudes e grande habilidade para ganhar o pão de cada dia.
As plantas de Libra são quentes, úmidas e aéreas. São parecidas com rins, bexiga e umbigo. Defeitos comuns de Libra: não perdoa, cobiça, falta de caridade, exibicionista, adúltero, superficial.

O sétimo signo zodiacal, assim como a cruz e a espada flamejante, está relacionado com o número 7.
A Pedra Fundamental Viva, ou pedra cúbica de JESHOD, é protegida por duas esfinges, enquanto que dela emerge vitoriosa a rosa ígnea do Iniciado Rosacruz, cujo símbolo serve de eixo e de balança aos pratos custodiados pelo deus ÍBIS DE TOTH e pela deusa HATHOR, a que conserva as orelhas de LEOA.
Todo o conteúdo é feito para deleitar a Sabedoria dos Veneráveis Mestres Maçons, pois isto é um canto de gloria ao Grande Arquiteto do Universo.
Acima, o Sol e a Lua da Alquimia Sexual se entrelaçam num conúbio maravilhoso, graças ao enlace do Santo Oito, criador e destruidor.
A balança com a ROSA-CRUZ iniciática, indicando o caminho do Ascenso, emerge dentre as mãos do MORTO (em si mesmo) que se apresenta em juízo; é um morto que se “desintegrou” de tal maneira na aniquilação budista que se transforma em um único torvelinho tântrico, com as duas cores alquímicas, repetidas nas serpentes AZUL e VERMELHA.
A balança tem, em um de seus pratos, uma PLUMA, pois esta deve ser o peso de nossas culpas, no outro está o CORAÇÃO do “defunto”, que está dentro de um pote hermeticamente fechado; este é guardado pela deusa HATHOR, a qual era a mesma TEFNET, que vivia sob a forma de uma LEOA, no deserto da NÚBIA, despedaçando tudo o que viesse a seu alcance (aniquilação budista). Seu Pai, o deus RÁ (o Íntimo), perseguido por seus inimigos (as entidades egóicas, demônios vermelhos de SETH), desejou que sua filha o acudisse. Para tanto, enviou para ir buscá-la o seu Irmão SU e o mágico deus TOTH, metamorfoseados em MONOS (macacos), os quais se lançaram em busca de TEFNET. Uma vez encontrada, rogaram-lhe que os acompanhasse. Atravessando o Santuário de Filé, ela se banhou em Águas Sagradas (a neblina radiante da Energia Sexual Transmutada); foi aqui que a terrível e espantosa leoa (a dura lei do Karma) se transformou na bela deusa que acompanha a “balança”. Logo após sua transformação, caminhou pelo Nilo com sua BARCA SAGRADA (os veículos solares) e em meio a aclamações populares, foi a DENDERAH, donde foi adorada sob a forma benfeitora de Hathor.
Sobre si, usa uma veste amarela (solar); em sua mão carrega o SISTRO, um instrumento musical de Cobre, feito para afastar as más influencias; em sua cabeça está o SOL, sobre seus cornos (atributos); cinge-lhe na cintura o cinturão vermelho da castidade.
Pelo outro lado, junto ao prato em que se encontra a pluma, acha-se o deus ÍBIS de TOTH, o encarregado de dar contas sobre o estado interno do morto. Este porta a cruz TAU, emblema do Grande Arcano A.Z.F., enquanto que as duas serpentes (Ida e Pingala) ascendem vitoriosas sobre seu corpo, indicando que todo ele é o Caduceu de Mercúrio.
Abaixo, no umbral da lâmina, um lírio mostra a necessidade da pureza para levar a cabo a Grande Obra; o piso, como em todos os Templos Gnósticos, é uma continuidade alternada de ladrilhos brancos e pretos (a luz e as trevas, Lúcifer e Luzbel).
Os quatro animais que vimos no signo imediatamente anterior, representantes da Alquimia Sexual, unificam-se maravilhosamente na Esfinge, que aqui é masculina e feminina, pois a Natureza, e seu Criador, é dual (masculino e feminino, mais a fusão dos dois). Uma extensão sobre o significado esotérico relatado os encontrará o investigador no capítulo seguinte, que trata sobre SERKET, deusa do signo de Escorpião (que é o oposto complementar de Touro, e que pode ser visto nas ancas e patas traseiras das duas esfinges).
Os quatro braços da rosa-cruz são a mostra do ritmo tetráctico (de quatro pares), celebrado pelos sábios egípcios, ajustados às celebrações máximas dos Mistérios: os Solstícios e os Equinócios, formando assim a Cruz Cardeal do Zodíaco.
Todos estes símbolos estão sintetizados no DJED, adorado em JEDU, de que falam os rituais dos gnósticos. O Djed é um símbolo importantíssimo para o antigo Egito, no qual se combinam a Cruz e a base quadrilonga (semiquadrada).
O LIVRO DOS MORTOS (ou A SAÍDA À LUZ DO DIA) dos egípcios diz que em seu sexagésimo capítulo: “Oh, tu, grande alma, poderosa e cheia de vigor, vem cá. Chego e te contemplo. Atravessei os portais do mais-além para contemplar a Osíris, meu divino Pai. Agora disperso as brumas que te envolvem, porque te amo, Osíris, e venho contemplar tua face. Atravessei o coração de Seth, e cumpri com todos os rituais fúnebres por Osíris, meu Pai. Tenho abertos todos os caminhos no céu e na terra: porque, Osíris, sou teu filho que te ama. Tenho me convertido em um espírito puro e santificado, e as palavras de Poder me escutam!
Deuses do vasto céu! Espíritos Divinos! Tenho chegado ao fim de minha viagem; aqui me tereis perante vós!”.
Libra, por excelência, é o signo do equilíbrio, seja no Cosmos, seja na psique, representa tanto a Justiça entre as leis dos homens, como a legalidade no mundo interior. É o equilíbrio que existe nos planetas e nas moléculas, nos sistemas solares e atômicos; a balança que equilibra os planetas com os seus sóis; entre os mundos externos e os mundos internos (ou psicológicos); um dos pratos sustenta o mundo dos desejos, e o outro, o da sublimação, paixão e amor. De acordo com os astrólogos, Libra rege os RINS, que guardam o equilíbrio do organismo.
A balança é símbolo da harmonia interior e da comunicação entre o consciente e o inconsciente.
O metal que dá a boa sorte ao libriano é o COBRE, e seu Encarregado é o anjo URIEL; é a ele, pois, que deve dirigir-se o nativo para pedir ajuda na aniquilação de seus defeitos, enquanto que com a Imaginação, experimenta uma envoltura de uma áurea verde.
DEFEITOS
(entre eles, citamos):
Ardentes ao extremo, porém durável somente por pouco tempo; caprichosos; melancólicos, morosos, mutáveis e impulsivos. Passam rapidamente da alegria à melancolia.
LIBRA E O AMOR
VÊNUS em Libra é o mais amoroso e espiritual; eleva-se em muito sobre a sensualidade de Touro, outro venusiano. Aqui, seu planeta lhe dá graça, beleza e magnetismo especiais. Muito atrativos para o sexo oposto, necessitam sempre de amor, pelo qual se tornam muito graciosos, magnéticos e lisonjeiros.
Porém, às vezes, a balança se desequilibra com flertes que podem chegar verdadeiramente à infidelidade, mesmo que no zodíaco seja o mais exigente no equilíbrio da Lei; podem defender a capa e espada seu lar.
Os librianos vivem em função do amor. São sentimentais e sonhadores, fanáticos pelo legal e equilibrador, não admitem de maneira alguma que se desvie desses cânones.
O HOMEM DE LIBRA
Sendo o amor o elemento mais importante na vida de Libra, indispensavelmente sua mulher será o centro de toda sua atenção, sobre o qual tudo girará, mesmo que a sensualidade de Vênus o induza a uns quantos deslizes, regressará sempre ao seu verdadeiro lar. Gosta de dar e receber elogios e atenções, coisa que jamais lhe passa desapercebido.
A balança baixa e sobe alternada e indiscriminadamente seus pratos, razão pela qual é muito difícil compreendê-lo, especialmente quando se deixa tocar por Saturno, que incide sobre eles facilmente, fazendo-os entrar em profundos estados de depressão.
O carinho, as distrações e a alegria lhe farão sair dessas caídas, pois Libra é encantador e sociável por natureza, e por isso gosta de conviver com as demais pessoas.
Vênus lhe dá sempre sentido artístico, mais como expectador que como ator, e ao contrário de Touro, é bom ouvinte e crítico de música. A estética, a ordem e a harmonia lhe faz feliz.
A MULHER DE LIBRA
Sedutora, formosa e encantadora, envolve facilmente a seu companheiro nas “malhas” do matrimonio. Naturalmente se mostrará encantada de ser o centro das atenções de seu homem, de ser mimada e adorada, e dará tudo que estiver a seu alcance; usará toda a magia de seu encanto (dado por Vênus), para reter seu companheiro, não importando que situações hajam. Porém, tal como dá, também quer receber. Seu fanatismo pelo equilíbrio a fará desditada se somente ela for sacrificada.
Necessita de continuadas doses de surpresas e pequenos prazeres. Se tiver feito algum esforço, será para ela a “LEI DO EQUILÍBRIO”; então, que se lhe dê um pouco de ociosidade, de tempo livre, para que possa dar “corda” à sua imaginação. Requer não ser maltratada de maneira alguma, mas se existir alguns probleminhas de atritos, logo os perdoará se receber uma grande dose de calorosa e refinada gentileza.
Formidável colaboradora de seu companheiro para levá-lo ao êxito, em especial no relativo aos conflitos sociais, porém isso se o varão se comportar sempre de maneira galante, sedutora e cavalheiresca para com ela, pois do contrário se sentirá defraudada, ainda que seu marido “seja o mago dos negócios e o rei das finanças”.
LIBRA E OS DEMAIS SIGNOS
COM ÁRIES: Será amor ou ódio à primeira vista; são uma dupla muito boa, pois o fogoso Áries se vê bem assentado pelo equilíbrio da balança.
COM TOURO: Dois venusianos que se unem muito bem. O planeta do amor reina, vitorioso, neste casal, sendo sonhador, delicado e romântico em Libra, o qual dará profunda ternura ao lar, enquanto Touro causará a ação tenaz e a segurança. Sem dúvida, aqui a paixão e o amor triunfarão.
COM GÊMEOS: Boa união, em especial pelas suas aspirações à mudança e ao sair da rotina. Libra dará um pouco de estabilidade ao volúvel geminiano, para que este “pouse” com brilhantez.
COM CÂNCER: Um pouco difícil, já que Libra é extrovertido e Câncer é o contrário, o que poderá provocar conflitos. Câncer com sua constante exigência de não ser esquecido, vai se sentir constantemente abandonado pelo libriano.
COM LEÃO: Bom casal, pois Libra saberá comportar em si todos os elementos que fazem com que Leão se acomode; a paixão de Leão se harmoniza com o refinado sentimentalismo libriano. Leão deve prevenir-se de seu caráter absorvente e muito “mandão”.
COM VIRGEM: As constantes críticas de Virgem podem molestar mais do que a conveniente Libra, que não gosta de ver quebrada sua harmonia. Libra pode passar um pouco de sua beleza ao seu frio e raciocinador par.
COM LIBRA: Boa união; nas dificuldade sabem se equilibrar; na felicidade compartilham afagos e estímulos, para tornarem a vida mais fácil e suportável.
COM ESCORPIÃO: Bom enlace, pois o fogoso Escorpião unirá a ação ao sentimentalismo libriano, e este poderá suavizar a “marcialidade” escorpiônica.
COM SAGITÁRIO: O inovador e inquieto Sagitário complementa o gosto pelo diferente do libriano; ambos humanistas e filantrópicos, gostarão de compartilhar experiências em seu mundo social.
COM CAPRICÓRNIO: Saturno pode trazer a este casal um frio aborrecimento. A balança não pode suportar o perfeccionismo do Cabrito. Necessitam de grande esforço para se complementarem.
COM AQUÁRIO: Boa união; configuram um grande casal pelo seu idealismo e a realização de seus sonhos; compartilham seu gosto pela sociabilidade.
COM PEIXES: Pode indispor a Libra o mistério e a hipocondria do peixe; o pessimismo marcado do Peixes desagradam ao libriano, que não gosta de ver a incidência saturniana em Peixes, o qual necessita controlar sua imaginação misteriosa.
Querido discípulo, hoje entramos no período do signo equilibrante de Libra, que é a casa de Saturno e de Vênus.
Os planetas: Lua (10), Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno vivem e palpitam dentro de “nossa” Consciência. A Alma se desabrocha e se desenvolve dentro deste Sistema Solar, que vive no próprio fundo de nossa Consciência.
Entre a morte e o novo nascimento, as “boas almas” devem desenvolver-se dentro de cada uma das auras planetárias, cujas misturas formam o que todos os livros de Espiritismo denominam de “planos”.
Libra influencia os rins, pois é o signo das forças equilibrantes. Nos rins, as forças de nosso organismo humano devem equilibrar-se de forma total. Todas as forças do Universo vivem procurando equilíbrio, e nós devemos aprender a equilibrar todas as forças.
Não se devem misturar as forças antagônicas porque, dessa mistura, resultam forças terrivelmente destrutivas. Você deve fixar-se bem naqueles que lhe rodeia.
Não viva em uma casa com pessoas cheias de ódio e de superficialidade, porque a mistura de forças antagônicas gera forças destrutivas para você e para os que convivem com você. Portanto, aprenda a força do equilíbrio. Os intelectuais acabam ficando “sem juízo”, loucos, porque atentam contra as forças do equilíbrio.
Imagine um encontro de forças formando um X. Caso vocês fixassem intensamente a atenção no centro das forças que formam o X, então, entorpeceriam a circulação dessas forças que formam o X, resultando na deformação e ruptura do centro ou núcleo do X. Pois bem, levemos este exemplo ao homem. Todo ser humano tem um encadeamento de sete “veículos”, e se convergirmos a atenção para a mente ou corpo mental, o centro de seu X, o resultado será a ruptura do corpo mental.
Os intelectuais que só fixam sua atenção no intelecto terminam rompendo o corpo mental. Quase todos os intelectuais têm suas manias e demências dissimuladas com teorias e “maluquices”.
Antigamente, o homem era mais simples e como não tinha o intelecto da “alma-animal”, percebia o mundo sutil e os Gênios Planetários.
Os homens antigos cresceram espiritualmente sob a influência da “Ursa Maior”. Se os estudantes querem despertar a Consciência, precisam meditar “intensamente” na Ursa Maior. Essa constelação irradia poderosas forças espirituais. O homem deve aprender a conversar com os Gênios Siderais dessa constelação.
Existe uma chave para se transladar a essa constelação, e consiste em meditar profundamente em uma “pedra amarela” que existe no astral. Faça essa prática nos instantes de transição entre a vigília e o sonho e, então, poderá se transladar em corpo astral à estrela de maior grau da Ursa Maior, onde existe uma poderosa e gigantesca civilização.
Desde o século XVII, a Terra entrou em uma nova época de despertamento espiritual. Esse despertar brilhará com todo seu esplendor no signo de Aquário, na presente Era. A causa desse despertar deve-se à influência do grande iluminado “Buda” que, no século XVII, converteu-se no redentor da humanidade marciana e crucificou-se nas forças de Marte. Tudo isso para isentar os marcianos e ajudar à nossa humanidade terrestre com as forças búdico-marcianas que agora irradiam de Marte. Na próxima lição falaremos para vocês detalhadamente sobre “Buda-Marte”.
Miguel, Gabriel, Rafael e Orifiel são os quatros Senhores que regem a balança cármica e os quatro ventos (Norte, Sul, Leste e Oeste). Eles são os quatro anjos dos quatro pontos cardeais da Terra. A Astrologia Esotérica deve viver dentro da Lei do perfeito equilíbrio.
Segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira, domingo, terça-feira, quinta-feira e sábado formam a ordem real e legítima dos dias da semana. Este é o autêntico e legítimo calendário que a seita Católica-Romana adulterou. Cabe a nós a responsabilidade de restaurar a ordem, para viver de acordo com a Lei do Equilíbrio. A semana autêntica está baseada na Lei da verdadeira ordem e do equilíbrio planetário.
Devemos aprender a olhar com indiferença as alternativas do prazer e da dor, do ganho e da perda.
Diz o Bhagavad Gita:
“A Mente que segue aos errantes sentidos torna a Alma tão inválida, como o bote que o vento extravia sobre as águas”.
Ensina a Sutta Nipata: “Mate a sensação. Olhe do mesmo modo o prazer e a dor, o ganho e a perda, a vitória e a derrota”.
Os nativos de Libra deverão viver intensamente estes parágrafos apresentados, para que possam transcender a dor. Os nativos de Libra são muito hábeis em tudo, mas sofrem muito no amor, pois seus amores e suas vidas são tão instáveis como a balança.
PRÁTICA
Coloque-se de pé, na posição de sentido. Com os braços estendidos para os lados em forma de cruz ou de balança, mova-os inclinando a cintura sete vezes para o lado direito e sete vezes para o esquerdo, com a intenção de que todas nossas forças se equilibrem nos rins.
A mente decrépita dos ocidentais, ao criar o dogma intransigente da evolução, esqueceu-se totalmente dos processos destrutivos da natureza. É curioso que a mente degenerada não possa conceber o processo inverso, involutivo, em grande escala.
A mente no estado de decrepitude confunde uma caída com uma descida; nesse caso, o processo de destruição, de degeneração, de dissolução em grande escala, etc., é qualificado como processo de mudança, progresso e evolução.
Tudo evoluciona e involuciona, sobe e baixa, cresce e decresce, vai e vem, flui e reflui. Em tudo, existe uma sístole e uma diástole, de acordo com a Lei do Pêndulo. A Evolução e sua irmã gêmea, a Involução, são duas leis que se desenvolvem e se processam de forma coordenada e harmoniosa em toda a criação. A Evolução e a Involução constituem-se no eixo mecânico da natureza. São duas leis mecânicas da natureza que nada têm que ver com a autorrealização íntima do homem
A autorrealização íntima do homem jamais pode ser o resultado de nenhuma lei mecânica; ao contrário, é o resultado de um trabalho consciente, feito sobre si mesmo e dentro de si mesmo, à base de tremendos superesforços, compreensão profunda, de sofrimentos intencionais e voluntários.
Tudo retorna ao ponto de partida original, e o ego lunar retorna, depois da morte, a uma nova matriz. Está escrito que a todo ser humano são consignadas cento e oito vidas para que se autorrealize. No caso de muitas pessoas, o período está se acabando. Quem não se Autorrealizar dentro do tempo assinalado deixa de renascer, para ingressar nos mundos infernais.
Em apoio à Lei da Involução ou Retrocesso, o Bhagavad Gita diz o seguinte: A eles, os malvados, cruéis e degradados, arrojo-os perpetuamente nos ventres azúricos (demoníacos), para que nasçam nesses mundos (mundos infernais). Oh, Kountreya! Essa gente alucinada vai às matrizes demoníacas durante muitas vidas e segue caindo em corpos cada vez mais inferiores (involução). Tríplice é a porta deste Inferno destruidor, que é constituída de luxúria, ira e cobiça; por causa disso, há que abandoná-la”.
A antessala dos mundos infernais representa o descenso involutivo em corpos cada vez mais inferiores, de acordo com a Lei da Involução.
Quem desce pela espiral da vida cai em matrizes demoníacas durante várias existências, antes de ingressar nos mundos infernais da natureza (situados, segundo Dante, dentro do interior do organismo terrestre). No capítulo segundo, já falamos sobre a Vaca Sagrada e sua profunda significação. É muito curioso que todo brahmán, na Índia, ao rezar com o seu rosário, manipule as suas cento e oito contas.
Certos hindustânicos não dão por cumpridos seus deveres sagrados, enquanto não dão cento e oito voltas em torno da Vaca, com o rosário nas mãos; depois, enchem um copo com água, colocam o rabo da vaca por um momento e bebem o líquido como o mais sagrado e delicioso licor divino. É urgente recordar que o colar de Buda tem cento e oito contas. Tudo isso nos convida a reflexionar sobre as cento e oito vidas que são consignadas ao ser humano. É claro que quem não aproveita essas cento e oito vidas ingressa na involução dos mundos infernais.
A involução infernal é uma queda para trás, até o passado, passando por todos os estados animais, vegetais e minerais, através de sofrimentos espantosos. A última etapa da involução infernal é o estado fóssil, e depois ocorre a desintegração dos perdidos. A única coisa que se salva de toda essa tragédia, a única parte que não se desintegra é a Essência, o Budhata, essa fração de Alma humana que o pobre “animal intelectual” carrega dentro de seus corpos lunares.
A involução nos mundos infernais objetiva, precisamente, liberar o Budhata, a Alma humana, para que, a partir do caos original, reinicie sua ascensão evolutiva pelas escalas mineral, vegetal e animal, até alcançar o nível de “animal intelectual”, equivocadamente chamado homem. É lamentável que muitas Almas reincidam, voltem uma e outra vez aos mundos infernais.
O tempo nos mundos infernais, dentro do reino mineral submerso, é espantosamente lento e aborrecedor. Após cem anos espantosamente longos nesses infernos atômicos da natureza, se paga certa quantidade de carma.
Quem se desintegra totalmente nos mundos infernais fica em paz e livre da Lei do Carma. Depois da morte do corpo físico, todo ser humano, depois de revisar a vida que acaba de passar, é julgado pelos Senhores do Carma. Os perdidos ingressam nos mundos infernais, depois de colocarem as suas obras boas e más na Balança da Justiça Cósmica.
A Lei da Balança, a terrível Lei do Carma, governa toda a criação. Toda causa se converte em efeito e todo efeito se transforma em causa. Modificando-se a causa, modifica-se o efeito. Faz boas obras para que pagues tuas dívidas. Ao leão da Lei se combate com a Balança. Se o prato das más obras pesa mais, aconselho-te a aumentar o peso no prato das boas obras, e, dessa forma, inclinarás a balança a teu favor. Quem tem capital para pagar, paga e sai bem nos negócios; quem não tem capital deve pagar com dor. Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior.
Milhões de pessoas falam sobre as Leis de Reencarnação e do Carma, sem haver experimentado diretamente a sua profunda significação. Realmente, o ego lunar retorna, reincorpora-se, penetra em uma nova matriz, porém isso não pode ser chamado de reencarnação. Falando precisamente, diremos que isso se constitui no processo do Retorno. Reencarnação é outra coisa, é só para Mestres, para indivíduos sagrados, para os “duas-vezes-nascidos”, para aqueles que já possuem o Ser.
O ego lunar retorna e, de acordo com a Lei da Recorrência, repete em cada vida as mesmas ações e os mesmos dramas das vidas pretéritas. A linha espiral é a linha da vida, e cada vida se repete, quer em espiras mais elevadas ou evolutivas, quer em espiras mais baixas ou involutivas. Cada vida é uma repetição da existência passada, acrescida de suas consequências boas ou más, agradáveis ou desagradáveis.
Muitas pessoas, de forma resoluta e definitiva, descendem de vida em vida pela linha espiral involutiva até, finalmente, entrarem nos mundos infernais.
Quem quiser se Autorrealizar profundamente deve libertar-se do círculo vicioso das leis evolutivas e involutivas da natureza. Realmente, quem quiser sair do estado de “animal intelectual” para converter-se em homem de verdade, deve libertar-se das leis mecânicas da natureza.
Todo aquele que quiser se converter em um “duas-vezes-nascido” e se Autorrealizar intimamente deve meter-se no caminho da Revolução da Consciência. Esta é a senda do fio da navalha, cheia de perigos por dentro e por fora.
O Dhammapada afirma: Dentre os homens, poucos são os que alcançam a outra margem. Os demais andam nesta margem, correndo de um lado para outro.
Jesus, o Cristo, disse: De mil que me buscam, um me encontra; de mil que me encontram, um me segue; de mil que me seguem, só um é meu.
O Bhagavad Gita relata: Entre milhares de homens, talvez um tente chegar à perfeição; entre os que tentem, possivelmente, um a consiga; e entre os perfeitos, quiçá um me conheça perfeitamente.
O Divino Rabi de Galileia nunca disse que a Lei da Evolução levaria todos os seres humanos à perfeição. Jesus, nos quatro evangelhos, põe ênfase na dificuldade para se entrar no reino.
Esforçai-vos para entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.
Depois que o pai de família tiver levantado e fechado a porta, logo após, estando fora, começareis a chamar à porta dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos a porta”. O Senhor responderá dizendo: “Não sei de onde sois”.
Então, direis: “Diante de ti temos comido e bebido, e em nossas praças ensinastes”.
Porém Ele dirá: “Digo que não sei de onde sois, apartai-vos todos de mim, fazedores de maldades”.
Então, ali será lugar de pranto e de ranger de dentes, quando virdes a Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no reino de Deus, enquanto vós sereis excluídos.
A Lei da Seleção Natural existe em toda a criação. Nem todos os estudantes que ingressam em uma faculdade tornam-se profissionais.
O Cristo Jesus nunca disse que a Lei da Evolução conduziria todos os seres humanos à meta final. Alguns pseudoesoteristas e pseudo-ocultistas dizem que por muitos caminhos se chega a Deus. Este é um sofisma com o qual querem sempre justificar seus próprios erros. O Grande Hierofante Jesus, o Cristo, só assinalou uma única porta e um só caminho: Apertada é a porta e estreito é o caminho que conduz à Luz, e pouquíssimos o encontram.
A porta e o caminho estão selados por uma grande pedra. Ditosos são aqueles que podem mover essa pedra, porém isso não é coisa desta lição, porque pertence à lição do período de Escorpião. Agora estamos estudando o signo zodiacal da Balança ou Libra.
Necessitamos nos tornar conscientes de nosso próprio carma e isso só é possível mediante o estado de alerta-novidade. Todo efeito da vida ou acontecimento tem sua causa em uma vida anterior, porém necessitamos nos conscientizar disso. Todo momento de alegria ou de dor deve ser continuado e analisado em meditação, com a mente quieta, em profundo silêncio. O resultado vem a ser a experimentação do referido evento em uma vida anterior. Então, tomaremos consciência da causa do evento, seja ele agradável ou desagradável.
Quem desperta a Consciência pode viajar em seus corpos internos fora do corpo físico com plena vontade consciente, e também pode estudar seu próprio livro do destino.
No templo de Anúbis e de seus quarenta e dois Juízes, o iniciado pode estudar seu próprio livro. Anúbis é o supremo regente do carma. O templo de Anúbis encontra-se no mundo molecular, chamado por muitas pessoas de mundo astral. Os iniciados podem negociar diretamente com Anúbis. Podemos cancelar todas as nossas dívidas cármicas com boas obras, mas teremos que negociá-las com Anúbis. A lei do carma ou da balança cósmica, não é uma lei cega. Também podemos solicitar crédito aos Senhores do Carma, mas todo crédito tem que ser pago com boas obras. Quando não se paga, então, a lei cobra o pagamento com dor.
Libra, o signo zodiacal da Balança, governa os rins. É o signo das forças equilibrantes, e, nos rins, as forças de nosso organismo devem equilibrar-se de forma total.
PRÁTICA
Coloque os pés firmes na posição militar de sentido e, depois, com os braços estendidos em forma de cruz, movimente-os em forma de balança inclinando-os sete vezes para a direita e outras sete para a esquerda, com a intenção de que todas suas forças se equilibrem nos rins. O movimento da metade superior da espinha dorsal deve ser como o de uma balança.
As forças que sobem da terra passam por nossos pés como uma peneira, e, ao longo de todo o organismo. Essas forças devem equilibrar-se na cintura, e isso se realiza exitosamente, mediante o movimento de balanceio de Libra. O signo de Libra está governado por Vênus e Saturno. O metal é o cobre e a pedra é o crisólito. Na prática, podemos verificar que os nativos de Libra, em sua maioria, vivem certo desequilíbrio nos relacionamentos, na vida conjugal e no amor. Os nativos de Libra criam muitos problemas por sua maneira de ser franca e justa.
Os librianos bem característicos gostam das coisas retas e justas. As pessoas não entendem bem os librianos, que parecem, às vezes, cruéis e desapiedados. Eles não sabem e nem querem saber de diplomacias, porque a hipocrisia os aborrecem. As doces palavras dos perversos, ao invés de suavizá-los, facilmente os deixam zangados. Os librianos têm o defeito de não saberem perdoar o próximo. Em tudo, querem ver lei e nada mais que lei, esquecendo-se muitas vezes da misericórdia.
Os nativos de Libra gostam muito de viajar e são fiéis cumpridores de seus deveres. Os librianos são o que são e nada mais que isso, francos e justiceiros. As pessoas costumam se aborrecer com os librianos, interpretando-os equivocadamente; por essa forma de ser, e como é natural, falam mal deles, que se enchem de inimigos gratuitos.
Com os librianos não se pode ir com jogo duplo, porque isso não é tolerado e nem perdoado por eles. Com eles se deve ser sempre amável e carinhoso, ou sempre severo, jamais com esse jogo duplo de doçura e dureza, porque isso não é tolerado e nem perdoado pelos librianos.
O tipo superior de Libra possui sempre a castidade total. O tipo inferior de Libra é muito fornicário e adúltero. O tipo superior de Libra tem certa espiritualidade que os espiritualistas não entendem, razão pela qual, julgam-nos equivocadamente. O tipo inferior e negativo de Libra é uma pessoa deslumbrante, loquaz e versátil; gosta de colocar-se sempre em primeiro plano e de chamar a atenção de todos.
O tipo superior de Libra quer viver sempre no anonimato e ser desconhecido. Jamais sente atração alguma pela fama, pelos “louros” ou pelo prestígio. O tipo superior de Libra revela a prudência e o sentido de previsão e poupança. O tipo inferior de Libra é muito superficial e cobiçoso. No tipo médio de Libra, misturam-se muitas qualidades e defeitos, aspectos superiores e inferior deste signo.
Aos librianos, convém casar com os piscianos. Os nativos de Libra gostam de fazer obras de caridade sem esperar recompensa, alardear ou divulgar o serviço prestado. O tipo superior de Libra ama e se diverte com a música seleta, desfrutando-a em um elevado grau. Os librianos também se sentem atraídos pelo bom teatro, pela boa literatura, etc.
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