CAPRICÓRNIO: 22 de dezembro e 20 de janeiro.
Os nativos de Capricórnio são pessimistas e melancólicos.
Os nativos de Capricórnio têm muitíssimas aptidões para ganhar o pão de cada dia.
Os nativos de Capricórnio são laboriosos e trabalhadores, e têm um alto sentido de sua própria responsabilidade moral. Nunca falta no caminho de suas vidas um Judas que os trai. A todo Capricorniano cabe acontecer uma tragédia no amor... Uma terrível traição amorosa.
As plantas de Capricórnio são frias, secas, flores esverdeadas e de figura esquelética; assemelham-se aos joelhos. Defeitos comuns de Capricórnio: egoísta, pessimista, melancólico, amargo, avarento, apegado, etc.

SATURNO, o planeta da obstrução, se mostra por todas as partes nesta pintura; este planeta se manifesta muito duro em todos os casos.
Os nativos são débeis em sua infância e requerem grandes cuidados para que sobrevivam; porém, uma vez alcançada a etapa adulta, a maturidade, Saturno infundirá suas qualidades de conservação, e tais pessoas podem chegar a ser anciões, chegar à longevidade. São precisamente os anciões os heróis do capricórnio, e os verão de tal maneira como se fossem os avós dos personagens prediletos.
O ANCIÃO DOS DIAS, com sua alfanje, e seu relógio do tempo, preside o vaivém da vida e da morte.
HÉRCULES, nosso Cristo Íntimo, não é outro senão a própria ALMA em processo de CRISTIFICAÇÃO.
HÉRCULES, desde muito pequeno, ainda acabado de nascer, tem que se debater com as SERPENTES DO MAL, as quais destrói, enquanto que de pé sobre o crocodilo da libido sexual, como no Arcano 21 (A TRANSMUTAÇÃO), guarda o equilíbrio e continua sempre a luta. Já crescido, segue pisando a Serpente, enquanto eleva os braços até a CABRA, ao LÚCIFER INTERIOR, a libido sexual processada e transmutada, que faz aparecer ao fundo a Luz do Real Ser Interno que emana por detrás da ROCHA, sobre a qual se edifica a IGREJA-TEMPLO.
Da rocha viva nascem as CRIANÇAS, as várias virtudes da Alma, enquanto que a Cabra do desejo sexual se porta majestosa sobre o Templo como um dardo, enquanto que, permanecendo firme, projeta-se majestosa aos céus.
As rochas lembram, no primeiro plano, à maneira de um portal, uma concavidade que nos mundos onírico-simbológicos representa uma MULHER, a fêmea encantadora sem a qual nenhuma realização é possível; para maior afirmação de tal esclarecimento, aos pés de HÉRCULES-CRIANÇA, no ângulo inferior esquerdo da lâmina (à nossa direita) sobre a rocha aparece o anagrama que a Igreja Católica tomou do GNOSTICISMO: para simbolizar à VIRGEM MARIA, podemos dizer que se trata de um ângulo em forma de V e outro invertido em forma de A, em cujos cruzamentos passa uma outra linha horizontal para formar, assim, a letra M; e acima dela outra letra M invertida (W), que é representativa das Águas da Vida; por isso o signo de Aquário é representado com tal anagrama, repetido duas ou três vezes, de cima abaixo.
Outro mistério que encerra tal símbolo é a fusão de duas letras X, com a linha cruzada, tal como trabalhamos há mais de 300 (trezentos) anos na ORDEM DE SANTO ANDRÉ DO CARDO, com os mistérios da terrível Aniquilação Budista, pois André é o patrono da MORTE-RESSURREIÇÃO (assim assistiu em seu processo ao CRISTO-SAMAEL) e da DESINTEGRAÇÃO; é por tal razão que esse apóstolo é mostrado crucificado com uma Cruz em forma de X, enquanto que, mesmo estando VIVO , é devorado pelos CORVOS.
Os nativos de Capricórnio devem cuidar de seu sistema respiratório já que estão muito sujeitos a se resfriarem; e já que falamos sobre a respiração, convém recordar da estreita relação que há entre EGO e o tipo de respiração; respira-se de forma muito diferente quando mentimos ou quando temos ciúmes ou ira, de maneira tal que controlar a respiração é um modo de também controlar o ego animal.
Os baixos impulsos do cabrito nos recordam também as tempestades psicológicas infraconscientes que se produzem aparentemente por simples atos nos mundos físicos: uma palavra de ira atrai verdadeiras tempestades nos extratos das quarenta e nove (49) regiões infernais do campo psicológico particular; uma palavra de duplo sentido produz verdadeiros “cataclismos orgiásticos” no mais profundo de si, e é aí quando surgem as poluções noturnas e as lamentáveis perdas do licor seminal, ou Rio das Águas Vivas.
Também são vistos dois significados diferentes no simbolismo do CROCODILO, sobre o qual Hércules-Menino se vê vitorioso: por seu poder agressivo, perigoso e destruídos, no Egito, representava ao demônio, graças à fúria e a maldade deste animal, sendo pois representação do ego animal; e, por outro lado, por sua interação como sendo pertencente ao mundo das águas como ao limo e à vegetação, é emblema da potência fecundadora e da força da libido sexual, de maneira então que resulta ser um perfeito símbolo para o mistério do LÚCIFER INTERIOR, pois como libido sexual compele ao mal, porém podendo ser canalizado para dar Luz e roubar o fogo do diabo. Dada sua relação com o Dragão e a Serpente, constitui por extensão um símbolo de sabedoria, ideia que se relaciona com o signo de Capricórnio, cujo metal é o CHUMBO, e seu Regente é o Logos de SATURNO, de tal maneira que, em se visualizando uma densa e profunda aura de cor NEGRA se pode pedir a este Ser ajuda para a aniquilação de seus defeitos, seja nesse ou em outros casos, para quaisquer pessoas durante o período no qual rege o signo em questão ou para os nativos deste signo em qualquer época.
DEFEITOS
(entre eles, achamos)
Timidez, natureza dominadora; são zelosos e perspicazes, de tal maneira que servem para detetives; não esquecem as ofensas; fracassam ante os obstáculos; desistem quando não podem impor sua vontade; melancolia e tristeza; pessimismo; irritação; são dados a desistências.
CAPRICÓRNIO E O AMOR
Sério, estável e profundo, o saturniano capricorniano se apresenta com uma capa externa de grande frieza, reservado em sua ternura, tímido no amor. Demasiado sério para se mostrar extrovertido e confiante. Se se casa jovem, geralmente o faz com uma pessoa muito mais velha, graças à sua admiração pela experiência e a idade. Porém, quando se casa tarde, o faz já bastante entrado na idade. Juntamente com Virgem, graças à sua frieza, dão maior número de solteiros. Dada sua reserva, pode crescer com o sentimento de falta de carinho, o que desequilibra o seu caráter, quando já crescido. Muito teimoso, o qual é o seu principal defeito, será esta a principal causa de desavença com o companheiro, além da sua demasiada seriedade. É reservado na maneira de amar; demonstra tão pouco seu afeto, enquanto não estiver seguro do amor de seu par, o que normalmente desalenta os pretendentes.
Sumamente fiel, está longe da volubilidade de entregar-se a aventuras. Sempre misterioso e distante, pode chegar a ser possessivo, ciumento e exclusivista, sendo ademais intensamente exigente. Gosta de se rodear de intimidade e silencio em seus amores, não se importando distanciar-se da sociedade, de tal maneira que viva intensamente com a pessoa amada.
O HOMEM DE CAPRICÓRNIO
Sério, possessivo e forte, conservador em suas manifestações, circunspecto em seus gostos, é também de forte sensualidade. É demasiado saturniano para se desvanecer em galanteios. Obstinado e teimoso, só por se opor, não admite que outro esteja com razão, ainda que no fundo saiba que está equivocado. Disposto a se sacrificar por uma satisfação, jamais dá um passo precipitado, menos ainda no amor, onde depois de medir muito bem o terreno é que se decide a dar o passo seguinte; escolhe sua companheira de matrimônio com grande calculo e precisão, pois olha para o futuro e o considera coisa séria; parece ser demasiado frio e calculista. No entanto tudo isso está na superfície, porque dentro de si necessita de amor, mesmo que passe a sua vida sem ele, pelo fato de nenhuma mulher amoldar-se ao seu ideal. Sua mulher será sua posse, dar-lhe-á todas as comodidades para que não se sinta prisioneira, porém não irá querer que ela abra suas asas e escape do seu contínuo cuidado. Economizador, quererá melhorar continuamente.
Sua seriedade saturniana necessita ser dosada por uma mulher que saiba entendê-lo e tirá-lo da monotonia cerimonial que o rodeia. Tem uma demasiada tendência a ser rancoroso, dificilmente esquece e tende a estar recordando não raras vezes tais momentos desagradáveis, porém, de todas as maneiras, mesmo que lentamente, para que sua companheira possa escapar do rol de dona-de-casa, precisa permitir que seu esposo “escape” nos seus negócios, a outros lugares. Sua mulher precisa ter paciência, e ele necessita acabar com o eu psicológico da demasiada sobriedade.
A MULHER DE CAPRICÓRNIO
Quando meninas, são velhas, e quando velhas, são meninas, à medida que passam os anos, vão sendo mais formosas e faceiras. Sua frieza externa se conjuga com um atrativo especial: desperta no sexo oposto o mistério do desconhecido e o gosto por descobri-lo, o amor repentino e tempestuoso não são suas características.
Com grande parcimônia, vai deixando penetrar a Eros; logo, depois de longos prelúdios, que podem desconcertar a seu companheiro. No entanto, quando se entrega, o faz sem dúvidas.
Meditativa e calma, dedica-se com tenacidade às tarefas que empreende, escapa definitivamente dos moldes do “comum”, e se envolve no maravilhoso véu do estranho.
Exigente e severa, vive com intensidade o que propõe a si mesma, desde um pequeno trabalho a um amor; porém, não tolera o engano, pois lhe agrada entregar cegamente sua confiança a quem está segura de que lhe corresponda com sinceridade. Com o tempo vão se fazendo menos severas e mais acessíveis.
Verdadeiramente inflexível em suas coisas, chega ao ponto de ir contra tudo, mesmo sabendo que não está certa; quando a afirmação que sustenta é correta, irá levá-la ao êxito, ao contrário irá teimosamente tropeçar contra todo o tipo de sérios obstáculos; porém, persistirá apesar de tudo.
A seriedade de Saturno, uma vez alcançada a base, ou bem-estar material, dá campo às suas especulações filosóficas acerca da vida, das ciências ocultas, etc.
Detalhadamente meticulosos ao cuidar de seu lar, deseja que tudo marche com as normas justas, impulsiona tenazmente a seu marido e filhos à consecução do triunfo; sabe se sacrificar se isso for necessário e pretenderá sempre que todos no lar sigam fielmente suas diretrizes.
CAPRICÓRINIO E OS OUTROS SIGNOS
COM ÁRIES: Difícil dupla, pois um é demasiado móvel, o outro um tanto inerte; para o ariano, Capricórnio não tem “coração no peito”, é frio e calculista. Para o cabrito, o carneiro está inconstante, indisciplinado e imaturo. Se ambos se dedicarem a acabar com seus mútuos defeitos, poderão se entender.
COM TOURO: Boa união, se unirem as várias qualidades; ambos amam o conforto e as várias coisas boas da vida. Touro dará o encanto de Vênus, sua sensualidade e senso artístico. Ambos amam a fidelidade e a estabilidade de um bom lar.
COM GÊMEOS: Boa dupla, sobretudo se se complementarem no Centro Intelectual; Gêmeos dará um pouco de ação e brilho mercuriano ao circunspecto cabrito.
COM CÂNCER: Temos aqui a já famosa ação dos opostos complementares; é melhor dar tempo ao tempo para algo se concretizar: o mistério romântico do caranguejo e o mistério severo do cabrito se harmonizarão maravilhosamente.
COM LEÃO: Difícil união; o fogoso leão é demasiadamente apaixonado e inquieto; poderá sentir-se esquecido e não poderá dar evasão ao seu ego dominador e monopolizador. O amor transbordante e passional não se une ao amor firme e sensual.
COM VIRGEM: Será uma boa união se Virgem renunciar aos seus defeitos característicos, isso para que o cabrito o possa entender: Capricórnio não aceita situações inseguras, novelescas e estranhas.
COM LIBRA: Já aqui é o cabrito que necessita eliminar, ou aniquilar, (no mínimo) parte de seu ego animal, no que concerne à demasiada seriedade sentimental, pois a balança é delicadamente venusiana, como que para equilibrar a falta do delicioso sentimentalismo dos enamorados.
COM ESCORPIÃO: Podem se harmonizar muito bem se cada um tira do que tem e põe no que falta (em relação ao seu ego). Ambos são firmes, ambiciosos, tenazes, disciplinados e decididos a triunfar.
COM SAGITÁRIO: Boa dupla; Sagitário dará mobilidade ao estático Capricórnio e este, por sua vez, dará ao arqueiro a solidez que se requer.
COM CAPRICÓRNIO: São muito estáticos; ambos necessitam se propor a sair do tédio e da frieza que impõe Saturno, para não morrerem de aborrecimento; lograrão o triunfo no futuro.
COM AQUÁRIO: É difícil, pois o aguador resultará demasiado sonhador e projetado ao quase irrealizável, o que o cabrito não poderá suportar, pela insegurança que tanta mobilidade aquariana lhe proporciona.
COM PEIXES: Podem se harmonizar; porém, Capricórnio precisa dar mais afeto e consideração, para não ferir ao susceptível peixinho. Peixes pode chegar a admirar a tenacidade do cabrito e lhe dar um pouco mais de mobilidade; se lograrem a harmonia se transformarão em uma boa união.
Querido discípulo, hoje atingimos o período da constelação de Capricórnio. Essa constelação é casa de Saturno, o Ancião do Tempo. Saturno é o planeta do Sistema Solar mais afastado da Terra. A Lua é o satélite mais próximo da Terra. Mercúrio lhe segue depois em ordem de distância, vindo em seguida Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno em ordenadas escalas de distâncias.
Sobre essa base natural e cósmica, baseia-se o antiquíssimo calendário de segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira, domingo, terça-feira, quinta-feira e sábado. Os católicos romanos adulteraram o legítimo calendário, e, sobre essa falsificação, foi estruturada a Astrologia Moderna de Aritmética. Portanto, é lógico que a Astrologia Moderna, sustentada em bases falsas, seja um verdadeiro fracasso.
Agora compete a nós restaurar a autêntica Astrologia Antiga; por essa razão, é necessário e de imprescindível urgência voltar novamente ao legítimo Calendário Arcaico. Todas as obras astrológicas de Max Heindel e de Alpherat são baseadas em um falso calendário, não têm base fundamental e são equivocadas. Nós, os gnósticos, somos os restauradores da sabedoria esotérica.
Eu, Samael Aun Weor, sou o Grande Avatara de Aquário. Sou o iniciador da Nova Era. Sou o mensageiro dos Mundos Superiores de Consciência e vim trazer a cultura para a Nova Era. Vim formar uma nova
Raça de Deuses, e quero que vocês me escutem. “Pedi e se vos dará, batei e abrir-se-vos-á”, dizem as Sagradas Escrituras. Ensinei a vocês o mistério indizível do Grande Arcano, e quero que aprendam a manipular o cintilar das estrelas para que possam governar a natureza.
Ouçam-me bem: As horas planetárias, tal como estão nos anuários astrológicos e nos textos de Astrologia em geral, são falsas e absurdas, porque o calendário em voga é falso e absurdo. Jamais nenhum povo arcaico usou essas “alardeadas” e curiosas horas planetárias dos astrólogos modernos.
Os velhos sábios antigos consideraram o dia como uma cruz dentro de um círculo perfeito. Esses velhos contempladores das estrelas, com seus olhos perscrutadores, penetraram profundamente nos mistérios das estrelas e receberam a iluminação dos deuses planetários. Esses velhos astrólogos aprenderam dos deuses que o dia é dividido em quatro partes, como uma cruz dentro de um círculo perfeito.
Eles sabiam que o dia só era governado por quatro planetas segundo a velha ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.
O primeiro quarto do dia está governado pelo planeta do dia que leva seu nome; a segunda, a terceira e a quarta partes do dia desenvolvem-se de acordo com a ordem dos planetas: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Por conseguinte, o dia de segunda-feira corresponde ao domingo atual, e o sábado, ao sábado atual, que é o sétimo dia.
O quadro abaixo representa a ordem planetária autêntica:
SEGUNDA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
DOMINGO
TERÇA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SÁBADO
Para aqueles que não conhecem os signos planetários, explicamos da seguinte forma (*):
LUA
MERCÚRIO
VÊNUS
SOL
MARTE
JÚPITER
SATURNO
Desta forma, as doze horas do dia se dividem em quatro partes, sendo de três horas cada uma delas.
Esse sistema simples, fácil e rápido, permite-nos saber, exatamente, qual o planeta que está governando o espaço num momento dado. Esse foi o sistema que os grandes astrólogos antigos conheceram e aprenderam com os Deuses Siderais.
Aqui não são necessários os tão famosos cálculos dos astrólogos de aritmética. Aqui, a única coisa que se requer, é um pouco de prática e de bom senso para se conhecer o tempo sideral.
Esse sistema tão simples e tão sublime, qualquer pessoa pode aprender, pois, aqui, não é preciso tantas complicações, nem tantos “logaritmos”, nem de “tabelas de casas”, nem de volumosas “efemérides” astrológicas, nem desse “jargão” complicado dos pseudossapientes da Astrologia de Aritmética.
Agora nasceu uma nova progênie de astrólogos, os iluminados da “Nova Era”, os paladinos de Aquário. Já não precisamos dos horóscopos de aritmética, pois agora conversamos com os deuses para conhecer o destino dos homens.
Sacudi o pó de vossas cabeças, velhos professores de Astrologia, porque já ressoaram as primeiras badaladas de Aquário, cantando as páscoas da ressurreição. Deixai-nos em paz, astrólogos de Aritmética! Já estamos cansados de vossos erros. Queimai todo esse jargão de logaritmos, efemérides, tabelas de casas, etc.
Agora, só nos interessam os paladinos da Nova Era, os astrólogos iluminados que saibam falar com os Deuses Siderais. Já estamos cansados de tanta teoria, e vamos ao “grão”, ao “efetivo”, ao “real”. Não queremos mais astrólogos cegos, sustentados sobre as muletas dos números! Agora só nos interessam os clarividentes das estrelas, os sacerdotes dos templos siderais, os sábios de Aquário.
O discípulo deverá escolher as horas para trabalhar com as estrelas. Nas horas da Lua, pode trabalhar com a Lua. Nas horas de Mercúrio, pode trabalhar com Mercúrio, etc. Saturno é a morada das hierarquias verdes. Essas hierarquias deram ao homem a “alma-animal” ou o corpo mental.
A mente deve libertar-se de toda classe de “escolas”, religiões, seitas, crenças, etc. Todas essas “jaulas” são entraves que incapacitam a mente de pensar livremente. Há necessidade de que a mente se liberte das ilusões deste mundo, convertendo-se no fino e maravilhoso instrumento do Íntimo.
Há que libertar a mente de toda classe de raciocínios permeados de desejos. É necessária a cristificação da mente, da Mente-Cristo. Necessitamos de uma mente que só saiba pensar com o coração. Necessitamos de uma mente que só saiba escutar a voz do pressentimento, uma mente que não raciocine, quando o coração mande.
A mente que só obedece aos pressentimentos é a Mente-Cristo. A mente que não raciocina e só se move sob as ordens advindas do coração é a Mente-Cristo. A mente que não reage ante os impactos externos é Mente-Cristo. A mente deve converter-se no instrumento do coração.
O que sabe a razão? A razão é um processo doloroso da mente, baseado na ilusão das coisas externas. A razão não faz outra coisa senão dividir a mente entre o batalhar das antíteses. As decisões da razão são filhas da ignorância, e sempre trazem dor.
A nova humanidade será a humanidade da intuição. O intuitivo só se move com a voz do silêncio. A cristificação total da mente só se realiza com a Kundalini do corpo mental. A Kundalini do corpo mental é o quarto grau do Poder do Fogo. Mediante a Kundalini do corpo mental, extraímos da “alma-animal”, a Mente-Cristo. Temos que expulsar do templo mental toda classe de pensamentos terrenos.
A Mestra Blavatsky diz em sua obra “A Voz do Silêncio”, o seguinte:
Tens que alcançar essa tal frieza da mente, em que nenhuma brisa, por forte que seja, possa insuflar nenhum pensamento terreno. Assim, purificado o santuário, este deve ser vazio de toda ação, luz e som terrenos, assim como a borboleta atingida pela geada, cai sem vida no umbral. Dessa forma, todos os pensamentos terrenos devem cair mortos diante o templo. Observas os dizeres: Antes que a chama de ouro possa arder com luz serena, a lâmpada deve estar bem abrigada em um lugar livre de todo vento.
A razão é do “eu animal”, a intuição é a voz do Íntimo. A razão é externa; a intuição é interna.
O quarto grau de Poder do Fogo converte-nos em ARHAT. O corpo mental também tem sua medula e sua serpente. A ascensão da Kundalini da mente realiza-se de acordo com os méritos do coração.
Falamos da mente no período de Capricórnio, porque esse signo é a casa de Saturno. Em Saturno, moram as “Hierarquias Verdes”, que deram ao homem o corpo mental. Capricórnio é a porta do céu, porque é a casa de Saturno.
Quando a Alma desencarna, seguindo os estados post-mortem, chega à esfera ultrassaturnina, submerge-se dentro do infinito e sente a sensação de ter todo o infinito dentro de si mesma. Essa sensação agrada à Alma até que ela se sinta unida a um novo corpo físico, permitindo-lhe voltar, uma vez mais, à dolorosa escola da vida para continuar sua ascensão pela espiral da vida.
Saturno, o Senhor da Morte, encontra sua casa em Capricórnio, atuando sobre os joelhos e sobre o esqueleto humano. As correntes que sobem da Terra, ao chegarem aos joelhos, carregam-se com o chumbo de Saturno. O chumbo dá a essas correntes força e constância.
Os joelhos possuem uma maravilhosa substância que permite o livre movimento a essa tão simples e maravilhosa engrenagem óssea. Essa substância é conhecida como “sinóvia”, que quer dizer (sin) com, e (ovia) ovo. “Substância com ovo”.
O ovo é realmente uma substância maravilhosa. Experimentos esotéricos, altamente científicos em relação ao desdobramento da personalidade humana, provam que a casca do ovo tem certos poderes ocultos que facilitam o desdobramento astral.
A chave consiste em reduzir a casca do ovo a pó para que o discípulo aplique-o no peito e nas axilas. Depois ele se deitará em sua cama e se embrulhará bem com o cobertor. Em seguida, adormecerá pronunciando o mantra FARAON, assim:
FAAAAAAAAA RRRAAAAAAAAA ONNNNNNNN
Este mantra pode ser pronunciado mentalmente, e quando o discípulo sentir o adormecimento, deve levantar-se da cama e se dirigir à Igreja Gnóstica.
A primeira sílaba FA corresponde ao gongo chinês, ou seja, ao “fá” musical que ressoa em toda a criação. É preciso pronunciar essa nota para sintonizar-se com a mãe natureza.
A segunda sílaba RA corresponde a um mantra muito antigo que faz vibrar todos os chacras do corpo astral. Este mantra não se pronuncia com R senão com RR, da seguinte forma:
RRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAA.
Quanto à última sílaba ON, ela corresponde ao mantra hindu OM, mas nesse caso é pronunciado da seguinte forma:ONNNNNNNNNNNNNN.
O mantra FARAON pode ser vocalizado com a mente, ou melhor, com o coração. Portanto, o poderoso mantra egípcio FARAON serve para o “desdobramento em corpo astral”. Durante este período do signo de Capricórnio deve-se praticar o seguinte exercício:
Imagine um ataúde no solo. Você deve caminhar sobre esse ataúde imaginado, porém deixando-o no centro das pernas para caminhar dobrando os joelhos, como se fosse para saltar um obstáculo. Girar os joelhos da esquerda para a direita, com a intenção de que eles se carreguem com o chumbo de Saturno, tal como nos ensina o grande guru “Huiracocha”.
É urgente praticar também, diariamente, os exercícios de meditação interna, rogando a nosso Íntimo para que se translade aos templos siderais, trazendo-nos os gênios principais dessa constelação a fim de que eles despertem os chacras dos joelhos e seus respectivos poderes.
Os nativos de Capricórnio são tão melancólicos como os salgueiros. Têm um grande sentido de sua própria responsabilidade moral. São pessimistas e sempre têm em suas vidas um Judas.
São práticos e se preocupam muito com o amanhã. Sua principal preocupação é com o aspecto econômico da vida. No amor, sofrem muito e sempre têm que passar por uma grande decepção amorosa.
Seu metal é o chumbo, a pedra é o ônix negro e suas cores são o cinza e o preto.
O Ser, o Íntimo, a Mônada, tem duas Almas: a primeira é a Alma espiritual, a Beatriz de Dante, a bela Helena, a Sulamita do sábio Salomão, a inefável esposa adorável, o Budhi da Teosofia. A outra é a Alma humana, o princípio causal, o nobre esposo, o Manas Superior da Teosofia. Ainda que pareça extraordinário e estranho, enquanto a Alma humana trabalha, a Alma espiritual brinca.
Adão e Eva integram-se dentro da Mônada, cujo valor cabalístico é 10. Isso nos recorda IO, quer dizer, as vogais IIIIIII... .OOOOO, a união sacratíssima do eterno masculino com os contrários, dentro da Mônada essencial divina. A divina tríade, Atman-Budhi-Manas, o Ser, já dissemos e voltamos a repetir, nos “animais intelectuais” comuns e correntes, não nasce, não morre e nem se reencarna.
Indubitavelmente, podemos e devemos afirmar que só uma fração da Alma humana vive dentro dos corpos lunares, a Essência, o material psíquico para elaborar e desenvolver a Alma humana e, por transfusão, a Alma espiritual.
A Mônada, o Ser, cria, fabrica e desenvolve suas duas Almas que lhe devem servir e obedecer. Devemos distinguir entre Mônadas e Almas. Uma Mônada ou um Espírito se é; uma Alma se tem. Distinga-se entre a Mônada de um mundo e a Alma de um Mundo; diferencie a Mônada de um homem da Alma de um homem; entre a Mônada de uma formiga e a Alma de uma formiga.
O organismo humano é composto, em última síntese, por bilhões e trilhões de infinitésimas Mônadas. Existem várias classes e ordens de elementos primários de toda existência, de todo organismo, assim como os germens de todos os fenômenos da natureza. A estes, podemos chamá-los de Mônadas, empregando o termo de Leibnitz, por falta de outro mais expressivo, para indicar a simplicidade da mais rudimentar existência. A cada um destes germens ou Mônadas, corresponde-lhe um átomo como veículo de ação.
As Mônadas atraem-se, combinam-se e se transformam. Elas dão forma a todo organismo, a todo mundo, micro-organismo, etc. Entre as Mônadas, há hierarquias. As Mônadas inferiores têm que obedecer às superiores, isso é Lei. As Mônadas inferiores pertencem às superiores. Todos os trilhões de Mônadas que animam o organismo humano têm que obedecer ao seu dono, ao seu chefe, à Mônada principal.
A Mônada reguladora ou primordial permite a atividade de todas as suas subordinadas, dentro do organismo humano, até o tempo assinalado pela Lei do Carma. Quando os bilhões ou trilhões de Mônadas ou germens vitais abandonam o corpo físico, então, a morte é inevitável. As Mônadas são em si mesmas indestrutíveis; abandonam suas antigas conexões para realizar, em breve, novas conexões.
O retorno, reingresso ou reincorporação a esse mundo seria impossível sem o trabalho das Mônadas. Estas, com suas percepções e sensações reconstroem novas células, criando novos organismos. Quando a Mônada primordial está totalmente desenvolvida, pode dar-se ao luxo de utilizar seus trilhões de Mônadas para criar um mundo, um sol ou um cometa, convertendo-se na Mônada reguladora de um astro qualquer. No entanto, isso já é coisa para deuses.
As Mônadas ou germens vitais não são exclusivos do organismo físico. Dentro dos átomos dos corpos internos existem aprisionadas muitas ordens e categorias de Mônadas vivas. A existência de qualquer corpo físico ou suprassensível, angélico ou diabólico, solar ou lunar tem por fundamento os bilhões ou trilhões de Mônadas.
O ego lunar, em si mesmo, é composto de átomos do inimigo secreto. Desafortunadamente, dentro desses átomos estão aprisionadas as Mônadas ou germens vitais. Agora compreenderemos por que a Ciência Oculta diz: O demônio é Deus ao inverso. A cada átomo lhe corresponde um germe vital, uma Mônada. Todas as inumeráveis e infinitas modificações e transformações resultam das variadas combinações das Mônadas.
A natureza deposita nos três cérebros do ser humano certo capital de valores vitais. Quando esses capitais vitais se esgotam, a morte é inevitável. Os três cérebros são:
1.º) O centro intelectual;
2.º) O centro emocional;
3.º) O centro do movimento.
Depois da morte do corpo físico, o ego, vestido com seus corpos lunares, continua no mundo molecular. Três coisas vão para o cemitério ou sepulcro: o corpo físico, o corpo vital e a personalidade. O corpo vital flutua perto do sepulcro e se vai desintegrando. Concomitantemente com a desintegração do corpo físico, a Mônada vai se liberando.
A personalidade fica dentro do sepulcro, mas sai quando alguém leva flores, quando algum doente a visita, então, perambula pelo panteão e depois volta ao seu sepulcro. A personalidade tem um princípio e um fim e, lentamente, vai desintegrando-se no cemitério.
Prosérpina, a Rainha dos Infernos, é também Hékate, a bendita deusa Mãe-Morte, sob cuja direção trabalham os Anjos da Morte. A Mãe-Espaço convertida em Mãe-Morte ama profundamente a seus filhos e por essa razão, os leva.
Os “anjos da morte”, quando estão trabalhando, revestem-se com seus trajes funerais, assumem figuras espectrais, empunhando a foice para cortar o “cordão de prata”, que conecta os corpos internos ao corpo físico. Os Anjos da Morte cortam o “fio da vida” e tiram o ego para fora do corpo físico.
Os Anjos da Morte são muito sábios e se desenvolvem sob o raio de Saturno. Os Anjos da Morte não somente conhecem os aspectos relacionados com a morte do corpo físico como, ademais, esses ministros da morte são profundamente sábios em tudo o que se relaciona com a morte do eu pluralizado.
Depois da morte do corpo, o desencarnado cai num desmaio que dura três dias e meio. O Livro Tibetano dos Mortos diz: Hás permanecido em um estado de desmaio durante os últimos três dias e meio. Logo que te recobres desse desmaio, terás o seguinte pensamento:
“o que aconteceu?” Ocorre que, nesse momento, todo o Samsara (Universo Fenomênico) estará em revolução.
O valor cabalístico do ego é cinquenta e seis; este é o número de Tiphon, a mente sem espiritualidade. O ego leva sua mundanidade para além do sepulcro, do corpo físico, e a visão retrospectiva da vida que acaba de passar é algo muito terrível. Depois do grande desmaio de três dias e meio, os defuntos têm que reviver lentamente, de forma retrospectiva, toda a vida que acaba de passar. O conceito de tempo é algo muito importante neste trabalho de visão retrospectiva da vida que acaba de passar, a visão retrospectiva do Samsara.
Nos mundos infernais, todas as escalas do tempo são minerais, espantosamente lentas, e oscilam em ciclos de 80.000, 8.000, 800 e 80 anos. Nesta região celular em que vivemos, a gestação dura dez meses lunares; já a infância dura cem meses lunares; e a vida, mais ou menos mil meses lunares. No mundo molecular, os acontecimentos podem ser medidos na escala de tempo, que vai de um mês aos quarenta minutos. No mundo eletrônico, a escala de tempo oscila entre quarenta minutos e dois segundos e meio.
Na visão retrospectiva do Samsara (vida que acaba de passar), no instante da morte e durante os três dias e meio subsequentes, temos um processo de tipo eletrônico. Por isso, cada acontecimento pode ser medido com o padrão de tempo eletrônico. A visão retrospectiva do Samsara, no mundo molecular, é menos rápida; razão pela qual, cada acontecimento é medido com o padrão de tempo molecular.
O Íntimo, a Mônada, o Ser com suas duas Almas, antes de nascermos neste vale de lágrimas, vive na Via Láctea, e mesmo durante a vida do corpo físico aqui embaixo, continua vivendo nas estrelas. O fundamental para a Essência depois da morte é atingir o estado búdico relativo e a libertação intermediária. Isto só é possível para o embrião de Alma que temos internamente, ascendendo ao mundo eletrônico. É urgente saber que no mundo eletrônico vive nossa Divina Tríade Imortal, nosso Ser, nosso Buda.
Unir-se ou unificar-se à Tríade Imortal, depois da morte, significa, efetivamente, converter-se em um Buda relativo, conseguir a libertação intermédia e gozar de umas boas férias, antes de voltar a um novo organismo humano.
Se, no momento supremo da morte, a clara luz primordial for devidamente reconhecida pelo defunto, é sinal inequívoco que ele alcançou a libertação intermediária. Porém, se, no momento supremo da morte, o defunto só percebe a clara luz secundária, é sinal de que terá que lutar muito para atingir o estado búdico relativo.
O mais difícil para a Essência é desengarrafar-se, escapar de sua prisão, sair dos corpos lunares e abandonar o eu pluralizado. Nesse aspecto, o carma de cada qual é definitivo.
Quando o defunto revive em forma retrospectiva toda a vida que acaba de passar, então, terá que se apresentar ante os Tribunais do Carma para ser julgado.
A Lenda de Zoroastro diz: Todo aquele cujas boas obras excedam em três gramas os seus pecados, vai ao Céu. Todo aquele cujo pecado é maior, vai para o Inferno. Por outro lado, as pessoas que possuem suas boas e más obras em igualdade, permanecem no Hamistikan até o corpo futuro ou ressurreição.
Hoje em dia, nestes tempos de perversidade e cru materialismo ateu, a maior parte dos desencarnados ingressam, depois do juízo, ao reino mineral submerso, aos mundos infernais. Também são milhares de pessoas que penetram em uma nova matriz, de forma imediata ou mediata, sem se darem ao luxo de umas boas férias nos mundos superiores.
Certamente, o processo de seleção existe em toda a natureza, e são poucos os que conseguem a libertação intermediária e o estado búdico relativo.
Os desencarnados ingressam e saem da eternidade sob as influências da Lua, através de suas portas.
Veremos, na lição de Câncer, que toda a vida de uma pessoa se processa sob as influências da Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno, encerrando com o ciclo lunar.
Realmente, a Lua nos leva e também nos traz. Os sete tipos de vibrações planetárias, em sua ordem clássica indicada, repetem-se também depois da morte, porque: tal como é em cima é embaixo’.
As Essências que, depois de serem julgadas, tiverem o direito à libertação intermediária e ao estado búdico relativo, necessitarão de certo tipo de êxtase muito especial, além de um reto e constante esforço para se desengarrafar e poder escapar dos corpos lunares e do ego.
Afortunadamente, distintos grupos de Mestres assistem aos desencarnados, ajudando-lhes nesse trabalho com os raios da graça.
Assim como, neste mundo celular em que vivemos, existem repúblicas, reinos, presidentes, reis, governadores, etc., assim também, no mundo molecular, existem muitos paraísos, regiões e reinos onde as Essências gozam de estados indescritíveis de felicidade.
Os desencarnados podem entrar nos reinos de felicidade paradisíaca, quais sejam: o da densa concentração; o reino dos cabelos longos (Vajrapani); ou Vihara iluminado da radiação do loto (Padma Sambhava).
Os desencarnados que marcham para a libertação intermediária devem ajudar-se a si mesmos, concentrando a mente em qualquer desses reinos do mundo molecular.
Realmente, é muito doloroso vagar de existência em existência, viver errando através da “cloaca” horrível do Samsara, sem gozar não só do estado búdico como da libertação intermediária.
Existem reinos de inconcebível felicidade, e o desencarnado deve esforçar-se para adentrá-los. Recordemos o reino ditoso do Oeste, governado por Buda Amitaba. Recordemos o Reino de Maitreya, os Céus de Tushita. Nesse reino de suprema dita, também podem ingressar os desencarnados que caminham para o mundo eletrônico.
Os desencarnados devem orar muito ao Grande Compassivo e também à sua Divina Tríade; devem ser firmes em seus propósitos, sem se deixarem desviar por nada. Tudo isso, se é que, de verdade, não querem cair em uma nova matriz, sem terem gozado do estado búdico intermediário no mundo dos elétrons livres.
A felicidade nas regiões eletrônicas, a libertação intermediária, depois de se ter passado pelos paraísos moleculares, é algo impossível de ser descrito com palavras humanas.
Os Budas viajam através do inalterável infinito entre as sinfonias indescritíveis dos mundos que palpitam no seio da Mãe-Espaço.
Porém, todo prêmio ou capital também se esgota. Quando o darma de felicidade se esgota, o retorno a uma nova matriz é, então, inevitável.
A Essência perde o êxtase atraída pelo ego lunar e, já engarrafada novamente entre os corpos lunares, retorna a uma nova matriz. O instante em que a Essência perde o êxtase é aquele em que ela volta a se separar de seu Buda Íntimo para ficar engarrafada nos corpos lunares e no eu pluralizado. O retorno a uma nova matriz realiza-se de acordo com a Lei do Carma.
O ego continua através dos seus descendentes de existências anteriores. As Mônadas de seu corpo físico anterior têm o poder de reunir os átomos e as moléculas para reconstruir células e órgãos. É assim que regressamos a este mundo celular “vestidos” com um novo corpo físico.
O pobre “animal intelectual” começa sua vida, neste mundo, como uma simples célula original, sujeito ao velocíssimo tempo celular, terminando próximo aos setenta, oitenta anos ou um pouco mais, carregado de recordações e experiências de toda índole. É urgente saber que, também, no processo de reingresso ou retorno, ocorre certa seleção.
O eu é uma soma de pequenos eus, e nem todos eles retornam a um novo organismo humano. O eu é uma soma de entidades distintas, diversas, sem ordem de nenhuma espécie. Nem todas essas entidades reingressam a um novo organismo humano. Muitas delas se reincorporam em corpos de cavalos, cachorros, gatos, porcos, etc.
Certa vez, o Mestre Pitágoras passeava com um amigo e observou que ele bateu em um cachorro. O Mestre, então, o repreendeu, dizendo: Não bata no cachorro, porque, em seu latido lastimoso e sofredor, reconheci a voz de um amigo meu que morreu.
É claro que, ao chegar a esta parte deste capítulo, os fanáticos do dogma da evolução lançarão, contra nós, toda a sua baba difamatória e protestarão dizendo que o ego não pode retroceder; dizem, também, que tudo evolui e, por isso, deve-se chegar à perfeição, etc.
Esses fanáticos ignoram que o ego é uma soma de pequenos eus animais e que semelhante atrai semelhante. Esses fanáticos ignoram que o ego nada tem de divinal; que o ego se constitui em uma soma de entidades animais, e que a Lei da Evolução jamais poderá conduzi-los à perfeição.
As entidades animais têm pleno direito de ingressar em matrizes animais de cachorros, cavalos, porcos, etc., e isso não pode ser proibido pelos fanáticos do dogma da evolução, ainda que resmunguem, amaldiçoem, gritem e relampagueiem.
Esta é a Doutrina da Metamorfose ou Metempsicose de Pitágoras e se fundamenta nas mesmas leis da natureza.
Na obra intitulada “O Asno de Ouro” de Apuleio, está completamente documentada a Doutrina de Pitágoras. Apuleio menciona que, na Tessália das feitiçarias, as pedras não eram, senão, homens petrificados; os pássaros, homens com asas; as árvores, homens com folhagens; as fontes, corpos humanos que sangravam a clara linfa.
Que admirável e simbólica forma de representar o que se constitui em um fato indubitável para todo ocultista: o de que as diversas entidades que constituem o eu pluralizado podem reincorporar-se em organismos de bestas ou ingressar no reino mineral, vegetal, etc.
Os místicos cristãos, com justa razão, falam com amor da “irmã planta”, do “irmão lobo”, da “irmã pedra”.
Rudolf Steiner, iniciado alemão, disse que, na época polar, só existia o homem, e que os animais existiram mais tarde; eles estavam dentro do homem e foram eliminados pelo homem.
Esses animais foram as diferentes partes ou entidades do eu pluralizado dos homens originais. Aquelas entidades que foram eliminadas de suas naturezas internas, certamente, devido ao estado protoplasmático da Terra naquela época, seguiram para a cristalização física atual.
Aqueles seres polares ou hiperbóreos necessitaram eliminar essas entidades animais, os eus pluralizados, para se converterem em homens verdadeiros, em homens solares. Algumas pessoas são tão animalescas que, se lhes tirassem todo esse aspecto, não lhes restaria nada.
Saturno é o planeta da morte, e se exalta no signo de Capricórnio. Este signo está simbolizado por um cabrito, recordando-nos a pele de bode, os “animais intelectuais com pele de bode”, ilustrando a necessidade de eliminarmos o que temos de animalidade: as entidades animais que carregamos dentro de nós.
A pedra de Capricórnio é o ônix negro como também, as demais pedras negras em geral. O metal é o chumbo e o seu dia é o sábado. Na Idade Média, no sábado, as bruxas celebravam seus horríveis conciliábulos, mas também o sábado é o sétimo dia, tão sagrado para os judeus. Saturno representa a vida e morte. A senda da vida está formada com “as pegadas dos cascos do cavalo da morte”.
As correntes magnéticas que sobem da Terra, depois de passarem pelas “peneiras dos pés”, continuam através das panturrilhas e, ao chegarem aos joelhos, carregam-se com o chumbo de Saturno, adquirindo solidez, forma e força. Aqui falamos do chumbo em seu estado grosseiro, mas do chumbo no estado coloidal, sutil.
Os joelhos possuem uma maravilhosa substância que permite o livre movimento dessa simples e maravilhosa engrenagem óssea. Essa substância é o famoso líquido sinovial, que vem da raiz, “sin”, que significa com, e “ovia”, ovo. Em síntese, substância com ovo. O ovo é muito utilizado na Ciência-Jinas e já falamos sobre isso no Tratado Esotérico de Teurgia, segunda edição.
PRÁTICA
Durante o signo de Capricórnio, imagine um ataúde ou caixão de defunto no solo. Caminhe sobre esse imaginário ataúde, imaginando-o no centro das pernas; ao caminhar dobre os joelhos, como se fosse saltar um obstáculo, passando as pernas sobre o ataúde, fazendo girar os joelhos da direita para a esquerda. Tudo isso com a mente concentrada nas pernas, mantendo a firme intenção de que elas se carreguem com chumbo de Saturno.
Os mestres-maçons entenderão muito bem essa prática para o período de Saturno, porque são os mesmos passos do mestre-maçom ao entrar na Loja.
O capricorniano tem disposição para a Pedagogia, possui um grande sentido do dever e é prático por natureza. Sofre muito e passa sempre na vida por um grande sofrimento, pois alguém lhe atraiçoa.
As mulheres de Capricórnio são magníficas esposas, sofrem muito, são fiéis até a morte, laboriosas e trabalhadoras. Todavia, apesar de todas essas virtudes, os maridos as atraiçoam, abandonando-as, e, muitas vezes, até contra suas próprias vontades. Lamentavelmente, esse é o carma das capricornianas. Algumas delas envolvem-se com outros homens, mas isso só ocorre depois de serem abandonadas pelo marido e depois de terem sofrido espantosamente.
Os homens e as mulheres de Capricórnio são bastante egoístas, ainda que nem todos. Referimo-nos ao tipo inferior de Capricórnio, que, devido a esse egoísmo, assumem muitos compromissos e também se enchem de inimigos. Os capricornianos se apegam demasiadamente às coisas, ao dinheiro e alguns até se tornam muito avarentos.
Capricórnio é um signo da terra, estável, fixo. No entanto, os nativos de Capricórnio realizam muitas viagens, ainda que sejam curtas. As dores morais dos capricornianos são terríveis e eles sofrem muito. Afortunadamente, o sentido prático que possuem da vida salvam os capricornianos, que logo se sobrepõem às piores amarguras da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário